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Romance Proibido romance Capítulo 45

Emily

Estou na cozinha, tomando meu café da manhã sozinha. A cadeira ao meu lado ainda está empurrada para trás, a lembrança silenciosa de Kayra, que até minutos atrás me fazia companhia. Ela foi ver o pai assim que o médico chegou, deixando no ar o rastro pesado de nossa conversa.

Falávamos sobre a cultura turca e sobre os homens de lá. Palavras que soaram quase como advertências, mas que, de alguma forma, ecoaram dentro de mim com um sabor amargo.

“Na Turquia, o sexo é tabu. As mulheres se cobrem da cabeça aos pés. Os homens olham para estrangeiras como diversão passageira, mas para casar, escolhem uma turca.”

As frases ainda ressoam, como uma flecha cravada onde mais dói. Kayra falava com naturalidade, mas o peso das palavras me atingiu. Não é para você, Emily, ecoava uma voz fria na minha mente. Você sabia disso desde o início.

Mas isso me fez bem? Não. Eu me sinto miserável, e não sei por quê. Meu coração o escolheu mesmo quando a lógica dizia não. Escolheu alguém que carrega um mundo dentro de si que não combina com o meu.

Me encolho sobre a xícara de café, como se pudesse escapar dessa tristeza. A verdade é que já não sei o que estou tentando esquecer mais: as palavras de Kayra ou a sombra de Okan que se recusa a sair de mim.

Okan

A mão do meu pai está fraca na minha, mas o olhar dele carrega o peso de anos e tradições.

— Resolva isso com Kayra — murmuro, a voz mais baixa do que pretendia. — Não cabe a mim fazer essa promessa, não sem ela concordar. Ela tem o direito de decidir, como eu tive quando fiz a minha.

Ele assente lentamente, os olhos cansados, mas satisfeitos.

— Conversarei com ela. Estou feliz que esteja honrando sua palavra, oğul.

Honrando minha palavra... Allah, por que essas palavras me causam tanta tristeza? Parece que estou enterrando algo dentro de mim a cada promessa que faço.

Kayra entra de repente, com a voz leve demais para o peso do ambiente.

— O que vocês dois estão tramando, hein? Que segredos são esses?

— Converse com o papai. — Minha voz sai mais ríspida do que gostaria. — E o doutor Braun?

— Está aí.

O som da porta se abrindo me traz alívio. O médico entra, conduzido por Ômer, e pela primeira vez em horas, sinto que a angústia recua um pouco.

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