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Romance Proibido romance Capítulo 71

O rosto dele exibe uma angústia que corta meu coração como uma lâmina invisível. Okan parece carregar o peso de uma batalha interna, cada músculo tenso, como se seu corpo inteiro lutasse contra o que é impossível de controlar.

——pergunto, observando cada nuance de sua expressão, avaliando suas intenções.

Ele faz que sim com a cabeça, um movimento lento, quase resignado. Seus olhos encontram os meus, refletindo uma mistura de cansaço e determinação. Há algo de sombrio em sua postura, como se estivesse à beira de um precipício.

—Tudo bem. Mas faremos tudo do meu jeito.

Seus ombros enrijecem, e a tensão em seu semblante se acentua. Seus olhos parecem ainda mais escuros, um mar de tempestades prestes a se romper. A força de suas emoções é palpável. Ele solta um sorriso, mas não há humor ali. É um sorriso amargo, desprovido de alegria.

—Que condições são essas? O que você quer dizer com isso?

Minha voz sai firme, mas por dentro meu coração pulsa descompassado.

—Não vou mudar minhas roupas para agradar ninguém. Vou continuar falando o que penso.

Okan exala profundamente, como se as palavras fossem uma afronta ao seu orgulho inato, mas sua expressão não muda.

—Posso conviver com isso, desde que use o meio-termo. Nada de decotes exagerados ou vestidos muito curtos. Hoje, por exemplo, você está linda com essa parka vermelha e essa calça preta.

Meu coração aperta. Apesar da guerra velada entre nós, há algo em sua forma de me observar que me enfraquece. Porém, mantenho meu queixo erguido, determinada a fazê-lo baixar a crista.

—Vou ser boazinha e usar roupas que uma juíza e uma repórter usariam. Está bom assim? Mas não vou usar longos, nem cores escuras como Kayra, muito menos o lenço quando sair de casa.

Okan exala novamente, mas desta vez, seu rosto suaviza levemente.

—Tudo bem. Eu já esperava por isso. Você não é uma mulher turca para mudar completamente seu jeito de agir e seu guarda-roupa. E, sendo franca, eu gostei da ideia de você se vestir como uma mulher séria.

Um sorriso ilumina seu rosto, e por um momento, ele parece mais jovem, quase despreocupado. Meu coração vacila, mas ainda mantenho uma fachada dura.

—E vamos devagar. Nada de sexo. Se formos sair, será para nos conhecermos melhor, pois pulamos essa etapa. Fizemos o inverso.

O silêncio que segue minhas palavras é pesado, como uma neblina envolvendo a sala. Seus olhos, antes carregados de determinação, agora mostram algo mais profundo, uma hesitação. É como se o peso da minha exigência fosse algo que ele não soubesse como carregar.

Ele finalmente assente, mas sua voz sai em um murmúrio:

—Tudo bem. E quanto ao casamento?

Engulo em seco, lutando para manter minha firmeza.

—Não nos casaremos até sentirmos que é isso mesmo que queremos, que daremos certo juntos. O motivo não será essa criança.

Okan absorve minhas palavras, cada uma delas uma pedra lançada contra sua armadura. O silêncio se prolonga, mas há uma aceitação em seu olhar.

—Tudo bem. Acho justo isso. Posso te provar que te farei feliz. Que unidos nos sentiremos completos.

Minhas entranhas tremem com suas palavras, mas meu rosto permanece impassível. Ainda assim, sei que ele lê nos meus olhos o impacto do que disse.

Ele se levanta lentamente e me estende a mão. O gesto é simples, mas repleto de significado. Eu o observo por um segundo, meu coração hesitando, antes de aceitar.

Ao toque de sua mão, um arrepio percorre meu corpo. Ele me puxa delicadamente, mas firme, envolvendo-me em um abraço que me faz estremecer. Seus braços ao redor de mim são um porto seguro, e sua proximidade é tão intensa que minha respiração se mistura com a dele.

Seus olhos negros mergulham nos meus quando ele finalmente fala:

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