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Romance Proibido romance Capítulo 73

Alguns minutos depois, todos estamos sentados ao redor da mesa, comendo em um silêncio que para mim é desconfortável, mas que Okan parece não se importar. Talvez seus costumes o façam enxergar isso de outra maneira. Meu pai mantém uma postura distante, embora não hostil, enquanto minha mãe, mesmo querendo agradar, evita fazê-lo abertamente, provavelmente para não causar desavenças mais tarde.

Quando o café chega ao fim, convido Okan para a sala novamente. Sentamos lado a lado no sofá, mas com um leve desconforto. Minha mãe, ainda terminando de arrumar a mesa, nos lança olhares frequentes. Quando meu pai finalmente pede licença e se retira, sinto um peso sair de meus ombros.

Okan pega minha mão, seus dedos quentes contra os meus, e a beija suavemente. Seus olhos estão fixos no meu rosto, ternos e brilhantes.

—Estou feliz. Finalmente, me sinto feliz.

Não consigo responder; ainda é cedo para abrir meu coração.

—E Kayra? Como ela reagiu ao saber de nós?

Seu sorriso vacila por um instante, e ele entorta os lábios em hesitação.

—Os costumes são mais enraizados nas mulheres do que nos homens. Essa é a verdade. Somado a isso, a ignorância dela sobre desejo arrebatador e amor pesou no julgamento. Ela me evitou essa semana. Viu isso como uma traição. Tanto minha quanto sua.

Assinto, absorvendo cada palavra.

—Mas ontem conversei com ela, abri meu coração. Disse a verdade sobre meus sentimentos por você. Hoje falamos pouco, mas deixei claro, mais uma vez, que minhas intenções são sinceras.

—E ela?

—Reagiu bem. Acho que finalmente aceitou. Não sei se entendeu, mas aceitou.

Seus olhos brilham com sinceridade, e minhas barreiras começam a ruir.

—Você me surpreende às vezes, Emily. Apesar da sua tenra idade, demonstra uma maturidade que me deixa admirado.

Sorrio timidamente.

—Você também, Okan. Está sendo sincero, e suas atitudes têm me surpreendido.

Okan sorri, aproximando o rosto do meu, mas em respeito à presença da minha mãe, ele apenas me beija demoradamente na testa.

—Sim, tudo às claras agora. E quanto às surpresas... você ainda não viu nada, aşkım.

—Aşkım?

—Significa “meu amor”. —Ele sorri. —Logo, você conhecerá cada expressão que eu disser com carinho.

Sorrio, contendo a onda de emoção que suas palavras despertam.

Esse é o mesmo Okan arrogante e seguro de si de antes?

Ele pega minhas mãos e as beija novamente.

—Agora fale-me de você. Quero saber tudo.

—Aqui não. Vem comigo! —Levanto-me, tentando esconder o quanto ele mexe comigo. —Tem uma área de descanso atrás da casa. Teremos mais privacidade.

Ele me segue com um sorriso lento e predador, enquanto eu finjo ignorar o brilho em seus olhos.

Sentados na rede, com o céu tingido de vermelho pelo pôr do sol, sinto esperança brotar em meu coração. A estrada é longa, mas com Okan ao meu lado, sei que enfrentaremos tudo juntos.

Na rede, o balanço suave acompanhava o ritmo do vento, que trazia um frescor acolhedor da noite que se aproximava. O céu, tingido por nuances de laranja e púrpura, parecia um quadro pintado à mão, refletindo a intensidade do momento. Okan me envolveu com o braço, mantendo-me próxima ao seu corpo quente, enquanto sua outra mão repousava sobre a minha, um gesto de proteção que parecia natural para ele.

—Allah! Este lugar é ainda melhor do que imaginei — ele comentou, olhando ao redor com admiração, os olhos brilhando com uma suavidade que raramente vi antes. Ele beijou o topo da minha cabeça, seu gesto carregado de ternura. —Bom, agora me conte tudo sobre você. Quero saber cada detalhe.

Soltei um suspiro leve, um misto de nervosismo e aceitação. Sua atenção era quase avassaladora, mas no fundo, eu gostava da ideia de me abrir para ele. Sorri e comecei a falar, dividindo pedaços da minha vida, dos meus gostos, das lembranças de infância que mais marcaram meu coração. Ele me ouvia com uma intensidade que me desconcertava, como se cada palavra que eu dissesse fosse um segredo precioso a ser guardado.

Quando mencionei brevemente sobre um antigo relacionamento, seus olhos escureceram, e ele se virou para mim, fazendo a rede balançar ligeiramente.

—Você... já teve alguém? Já namorou alguma vez?

Seu tom era neutro, mas a pergunta trazia uma carga emocional subentendida.

—Sim — respondi, mantendo o olhar firme no dele.

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