Ele entorta o nariz, a expressão carregada de curiosidade e provocação.
— Isso explica aquela bebedeira que presenciei na festa? Tem certeza que não gostava dele? Você não ficou magoada nem um pouquinho?
— Sim, de certa forma fiquei. Mas, como disse, me embebedei com raiva de mim e pelas coisas que ouvi dele. Dei-me conta de que teria poupado tudo isso se não tivesse me acomodado na relação. Precisei ser traída e ouvir que eu era fria, um iceberg, para finalmente terminarmos.
Okan, que me observa sério e carrancudo, suaviza a expressão ao assimilar minhas palavras. Como se o peso que eu carrego se transformasse em um alívio para ele. Ele gostou de ouvir isso, adorou saber que eu não gostava tanto assim do meu ex como ele temia.
E então, ele exibe aquele sorriso arrogante.
— Allah! Fria? Iceberg? Você?
Assinto lentamente, vendo o brilho de satisfação no olhar dele, quase como se ele estivesse comemorando internamente. O homem turco à minha frente não consegue esconder a felicidade que minhas palavras lhe proporcionam.
— Sim. Comecei até a acreditar que fosse verdade... mas isso foi antes de conhecer você.
Ele avança um pouco mais, segurando meu queixo entre o polegar e o indicador, seus olhos prendendo os meus em uma corrente invisível.
— Sabe o que acontece quando duas placas tectônicas se aproximam? — pergunta com a voz grave e sedutora. — Elas provocam altas chamas, vulcões, terremotos, maremotos, tsunamis. É isso que provocamos juntos, minha doce Emily.
Um arrepio percorre minha espinha. Sua voz é um convite perigoso, uma promessa envolta em doçura e caos.
— E você, Okan? Quantos corações já quebrou por aí? — pergunto, forçando um tom leve, tentando recuperar algum controle na conversa que escapa das minhas mãos.
Ele ri, uma risada baixa e rouca que reverbera no ambiente, carregada de mistério e algo que não consigo definir.
—Mais do que gostaria de admitir. Mas nenhum deles era o certo. Nenhum deles era você.
Meu rosto se aquece com suas palavras, meus olhos brilham nos dele. Ele ri e seus lábios mordiscam os meus. Uma de minhas mãos, como se tivesse vontade própria, alisa o peito dele. Okan a captura e a leva aos lábios, depois de depositar um beijo nela, diz rouco:
—Não me provoque Emily. Eu fico fora de mim e você sabe disso.
Eu dou-lhe um meio sorriso não muito preocupada com seu alerta. Estamos na rede, na minha casa, o que pode acontecer?
Meus olhos focam os lábios entreabertos dele com sua respiração agitada, seus olhos também focam os meus. Seu rosto então desce e ele me dá um beijo lento, exploratório, aos poucos vai aumentando seu vigor, se transformando em selvagem, apaixonado.
Eu posso sentir o tamanho do seu desejo quando sua mão se move para a minha nuca, agarrando um puxando dos meus cabelos forçando uma resposta maior dos meus lábios e qualquer outro pensamento fica difícil, e eu começo a corresponder com todo meu amor. Os meus lábios se movem sobre os dele apaixonadamente. Mais do que nunca adorando provar a maciez deles, o calor e a umidade maravilhosa de sua boca.
Sua mão quente passa pelas minhas costas, me fazendo me deitar me inclinar mais em sua direção, ajustando o meu corpo contra o dele.
Os lábios dele se afastam dos meus e, quando penso que ele parou, ele toma a minha mandíbula e desce até encontrar o meu pescoço. Ele o mordisca, lambe, me provoca. Fecho os olhos com força com o desejo intenso que ele me provoca.
Deus! Esse homem é fogo puro!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Romance Proibido
Fiz a compra e não desbloqueia para ler , falta de respeito com o leitor!!!...