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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 164

~CHRISTIAN~

O mundo parou no momento em que vi Zoey rolando pelas escadas de mármore. Meu cérebro levou alguns segundos para processar o que estava acontecendo - minha esposa grávida despencando pelos degraus duros, seu corpo se contorcendo em ângulos impossíveis, o som terrível do impacto ecoando pelo pavilhão.

— ZOEY! — gritei, largando tudo que estava na minha mão e correndo em direção às escadas.

O pavilhão inteiro havia parado. Centenas de pessoas olhavam horrorizadas para a cena, mas eu só conseguia ver ela - meu mundo inteiro espalhado no chão de mármore, cercada por uma poça de sangue que crescia a cada segundo.

Cheguei até ela e me ajoelhei no chão, minhas mãos tremendo descontroladamente enquanto tocava seu rosto pálido.

— Zoey, Zoey, fala comigo! — minha voz saía desesperada, quebrada. — Fica comigo, amor!

Ela tentou focar em mim, seus olhos lutando para permanecer abertos. Quando finalmente conseguiu falar, suas palavras me destroçaram completamente:

— Ele não está se mexendo... Matteo não está se mexendo.

E então seus olhos se fecharam.

— NÃO! — gritei, tocando seu pescoço procurando o pulso. Estava lá, fraco, mas estava lá. — Zoey, não faz isso comigo! Fica acordada! Alguém chamou a ambulância? — gritei para as pessoas ao redor, que pareciam paralisadas pelo choque.

— Já está vindo! — alguém respondeu.

Marco se materializou ao meu lado, ajoelhando-se no chão.

— Christian, como isso aconteceu?

— Eu não sei — respondi, minha voz quebrada. — Ela subiu para buscar uns materiais e... não sei o que aconteceu.

Pude ver Elise alguns metros de distância, também caída, aparentemente desacordada. Havia sangue ao redor dela também, mas minha mente não conseguia processar nada além de Zoey.

Voltei minha atenção completamente para minha esposa, tirando meu paletó e colocando sob sua cabeça, tentando estancar o sangramento que vinha de um corte profundo em sua testa.

— Por favor, amor — murmurei, beijando sua mão fria. — Por favor, fica comigo. Eu e Matteo precisamos de você.

Os paramédicos chegaram em um tempo que pareceu uma eternidade, mas que provavelmente foram apenas cinco minutos. Eles imediatamente assumiram o controle, verificando seus sinais vitais, estabilizando sua coluna, preparando-a para o transporte.

— Senhor, o senhor é o marido? — perguntou um dos paramédicos.

— Sim, sou Christian Bellucci.

— Ela está grávida de quantos meses?

— Sete meses — respondi automaticamente.

Vi eles trabalhando com urgência, trocando olhares preocupados entre si. Um deles murmurou algo sobre "trauma abdominal severo" para o colega.

— Vamos levá-la imediatamente para o Hospital São Lucas. É o mais próximo e tem UTI neonatal. O senhor pode vir conosco.

Na ambulância, observei aterrorizado as máquinas que monitoravam os sinais vitais de Zoey. Seu batimento cardíaco estava irregular, sua pressão perigosamente baixa. Um dos paramédicos mantinha uma máscara de oxigênio em seu rosto enquanto outro trabalhava constantemente, verificando seus sinais, ajustando equipamentos.

— Como está o bebê? — perguntei, minha voz saindo rouca.

O paramédico apenas trocou um olhar com o colega.

— Vamos chegar ao hospital em três minutos, senhor. Eles vão cuidar de tudo lá.

Pelo tom da voz dele, entendi que a situação era muito mais grave do que eu queria aceitar.

No hospital, tudo aconteceu em uma velocidade alucinante. Zoey foi imediatamente levada para a sala de emergência, enquanto eu fui direcionado para uma sala onde um médico viria falar comigo.

Tentei acompanhar a maca, mas fui gentilmente impedido por uma enfermeira.

— Senhor, os médicos precisam trabalhar agora. Alguém virá falar com o senhor em breve.

Fiquei na sala de espera, andando de um lado para o outro, as mãos tremendo, o coração batendo tão forte que sentia como se fosse explodir. Cada minuto que passava parecia uma hora.

O médico apareceu na porta alguns minutos depois, ainda colocando o jaleco, sua expressão séria me dizendo tudo que eu não queria ouvir.

— Sr. Bellucci, precisamos levá-la agora — disse uma enfermeira gentilmente.

Assisti eles levarem minha esposa para o centro cirúrgico, sentindo como se estivessem levando meu coração junto. As portas se fecharam atrás dela, e eu fiquei ali parado, completamente perdido.

Giuseppe, Marco, Isabella, Lorenzo e a família de Zoey chegaram ao hospital meia hora depois. Todos estavam desesperados, com expressões de pânico e terror.

— Christian! — Giuseppe veio direto até mim, suas mãos tremendo enquanto segurava meus ombros. — Como ela está?

— Não sei — foi tudo que consegui responder. — Eles estão operando. Não sei de nada.

Regina, a mãe de Zoey, estava visivelmente em choque.

— Como isso aconteceu? — perguntou, sua voz saindo como um sussurro.

— Ela caiu das escadas — consegui dizer. — Eu não sei mais nada. Só vi ela caindo e...

Não consegui terminar a frase. A imagem de Zoey rolando pelas escadas de mármore, o som do impacto, o sangue... tudo voltou de uma vez.

Anne estava chorando silenciosamente, Matheus tinha o rosto completamente pálido, Roberto segurava a esposa como se ela fosse desmoronar a qualquer momento.

Marco se sentou ao meu lado.

— Ela é forte, Christian.

— Mas você não viu o médico! Quando eu perguntei se ela ia ficar bem, ele... ele não conseguiu nem me olhar nos olhos.

A imagem dos olhos do médico não saía da minha cabeça. A gravidade em sua voz quando disse que ela havia perdido muito sangue. A forma como ele evitou me dar qualquer garantia.

Quando me dei conta, estava sentado na cadeira com a cabeça entre as mãos, e lágrimas estavam escorrendo pelo meu rosto. Não conseguia mais segurar. O medo, o desespero, a sensação de impotência absoluta... tudo veio à tona de uma vez.

Chorei como não chorava desde criança. Chorei por Zoey, por Matteo, pela possibilidade terrível de perdê-los, pela vida que havíamos construído juntos e que podia estar chegando ao fim naquele momento.

Giuseppe colocou a mão no meu ombro, mas não disse nada. Porque não havia nada a dizer. Só restava esperar e rezar para que minha família voltasse para mim.

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