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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 170

~CHRISTIAN~

Nossa conversa foi interrompida quando a porta se abriu e toda a família de Zoey entrou na sala em um turbilhão de emoção. Roberto e Regina vinham à frente, seguidos por Anne, Matheus e Giuseppe, todos falando ao mesmo tempo, com lágrimas nos olhos e sorrisos aliviados.

Dr. Portella havia feito uma exceção especial, permitindo que toda a família visitasse Zoey ao mesmo tempo por alguns minutos, considerando que era seu primeiro dia totalmente consciente após despertar do coma. "São apenas quinze minutos", havia alertado. "Ela ainda precisa de muito descanso, mas entendo que este momento é importante para a recuperação emocional dela."

— Minha filha! — Regina exclamou, correndo até a cama e abraçando Zoey cuidadosamente, como se ela fosse feita de cristal. — Graças a Deus você acordou! Não conseguíamos mais dormir direito.

— Mãe — Zoey sussurrou, sua voz embargada de emoção ao ser envolvida pelo abraço materno que havia tanto tempo não sentia.

Roberto se aproximou do outro lado da cama, suas mãos grandes e calejadas tremendo ligeiramente enquanto tocava suavemente o rosto da filha.

— Minha princesa — disse, sua voz tremula de emoção contida. — Você nos deu o maior susto das nossas vidas. Pensei que ia perder minha menina.

— Pai — Zoey sorriu através das lágrimas, segurando a mão dele. — Desculpa por ter preocupado vocês. Sei que deve ter sido terrível.

— Terrível é pouco — Roberto respondeu, beijando sua testa. — Mas agora você está aqui, acordada, falando conosco. É tudo que importa.

Giuseppe se aproximou devagar, apoiado na bengala, mas seus olhos brilhavam de felicidade genuína.

— Minha querida — disse, sua voz carregada de alívio. — Nunca mais nos faça passar por isso. Meu coração de velho não aguenta mais sustos desses.

— Nonno, esse foi um belo teste para a sua cirurgia — Zoey sorriu para ele. — Como você está? E seu coração? Não quero que tenha se estressado por minha causa.

— Io sto bene, cara mia. Agora que você voltou para nós, estou perfeitamente bem.

Anne e Matheus esperaram pacientemente sua vez, ambos visivelmente emocionados mas tentando manter a compostura. Anne segurou a mão da irmã com extremo cuidado.

— Como você está se sentindo? — perguntou, estudando cada detalhe do rosto de Zoey em busca de sinais de dor ou desconforto. — Dói muito?

— Estou melhor agora — Zoey respondeu, apertando a mão da irmã. — A cabeça ainda dói um pouco, mas estar acordada, vendo vocês... estou muito melhor.

Matheus se aproximou e beijou a testa da irmã com carinho fraternal.

— Você nos deu um baita susto, sabia? — disse, tentando manter o tom leve mas com a voz claramente embargada. — Anne não parava de chorar, mamãe quase enlouqueceu, e eu... bem, eu também chorei um pouquinho.

— Só um pouquinho? — Zoey provocou, conseguindo um sorriso pequeno.

— Talvez um pouco mais que isso — Matheus admitiu, rindo baixinho.

Regina se sentou cuidadosamente na beirada da cama, suas mãos maternais automaticamente verificando se Zoey estava confortável, ajustando o travesseiro, alisando seu cabelo.

— Trouxe uma coisa muito especial para você, entrei com isso escondido — admitiu, tirando o celular da bolsa com mãos ainda trêmulas de emoção. — São fotos do Matteo. Ele está crescendo e se fortalecendo a cada dia que passa.

Os olhos de Zoey se iluminaram imediatamente, uma mistura de alegria e ansiedade maternal tomando conta de sua expressão.

— Posso ver? — perguntou ansiosa.

Regina passou o celular para as mãos da filha, que olhou para as fotos na tela pequena e imediatamente começou a chorar.

— Ele é tão pequeno — sussurrou, tocando delicadamente a tela como se pudesse tocar o filho através da imagem. — Mas tão perfeito. Olha esses dedinhos minúsculos.

— Está ganhando peso todos os dias — Regina disse orgulhosamente, passando pelas fotos. — Olha aqui, esse é ele ontem à tarde. E essa aqui é de hoje de manhã. Dra. Santos disse que ele é um verdadeiro guerreiro, igual à mãe.

— E os olhos? — Zoey perguntou ansiosa. — Conseguem ver a cor?

— Azuis como do papai — Giuseppe respondeu com um sorriso. — Mas tem sua teimosia, isso é certo.

Zoey continuou passando pelas fotos, cada uma arrancando mais lágrimas de seus olhos.

— Aquela mulher maldita — murmurou baixinho, mais para si mesma do que para os outros, mas alta o suficiente para ser ouvida. — Não é justo ela ter tirado até esse momento especial de você. Elise precisa pagar pelo que fez.

O nome ecoou no quarto como uma bomba explodindo. Zoey ouviu claramente e seus olhos se arregalaram com reconhecimento e horror.

— Foi ela, não foi? — perguntou diretamente, olhando de Anne para mim, depois para os outros. — Elise me empurrou. Não foi acidente.

Um silêncio pesado e desconfortável se instalou no quarto. Roberto e Regina trocaram olhares profundamente preocupados, claramente não querendo que a filha se estressasse com essas questões tão cedo na recuperação.

— Filha, você ainda está se recuperando — Roberto disse gentilmente, sua voz paternal tentando acalmá-la. — Não precisa se preocupar com essas coisas agora. O importante é você ficar bem.

— Seu pai tem razão — Regina acrescentou, voltando a acariciar o cabelo da filha com gestos maternais protetivos. — É melhor focar na sua recuperação e em conhecer seu filho. O resto pode esperar.

Giuseppe concordou vigorosamente, tentando desviar o assunto para águas mais tranquilas.

— Sì, mia cara. O importante é que você está bem agora, está de volta para nós. Matteo precisa da mamma forte e saudável para quando vocês se conhecerem.

Mas Zoey não se deixou distrair facilmente. Havia uma determinação crescente em seus olhos que eu reconhecia bem.

— Não — disse firmemente. — Quero entender o que aconteceu. Se ela me empurrou deliberadamente, se foi proposital, se tentou me machucar... isso não pode ficar assim.

Me inclinei discretamente e murmurei baixinho para Matheus, tentando não alarmar Zoey:

— Você pode pedir para Marco solicitar as câmeras de segurança da ExpoVinho? Precisamos de evidências.

Matheus olhou para mim com uma expressão sombria e balançou a cabeça negativamente.

— Marco já fez isso — respondeu em voz baixa, quase um sussurro. — Alguém chegou antes. As gravações desapareceram.

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