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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 172

~ANNELISE~

Descobri que Elise ainda estava no hospital por acaso, quando ouvi duas enfermeiras conversando no corredor sobre uma paciente loira que estava sendo "difícil" no quarto 304. Uma delas mencionou o nome Elise, e meu sangue ferveu imediatamente.

Enquanto Zoey estava conhecendo Matteo pela primeira vez - um momento que deveria ter acontecido no momento em que ele nascesse se não fosse por aquela víbora -, ela estava ali, no mesmo hospital, provavelmente fingindo ser vítima.

Não consegui me conter. Precisava vê-la, precisava olhar nos olhos dela e descobrir a verdade.

Subi até o terceiro andar durante o período de visitas, quando os corredores estavam mais movimentados e eu passaria despercebida. O quarto 304 ficava no final do corredor, isolado dos outros. Perfeito.

Bati de leve na porta e entrei sem esperar resposta.

Elise estava recostada na cama, mexendo no celular, com um curativo no braço e alguns arranhões no rosto, mas visivelmente bem melhor do que minha irmã havia ficado. Quando me viu, sua expressão mudou imediatamente para uma máscara de falsa simpatia.

— Anne! — disse, tentando soar surpresa e cordial. — Que bom te ver. Como está a Zoey?

— Fingindo se preocupar agora? — respondi, fechando a porta atrás de mim e me encostando nela. — Que tocante.

— Não sei do que você está falando — Elise disse, tentando manter o tom inocente. — Foi um acidente terrível. Eu também me machuquei, como pode ver.

— Claro que se machucou — disse, me aproximando da cama. — Afinal, você também rolou as escadas. A diferença é que você empurrou minha irmã primeiro.

A máscara de Elise escorregou por uma fração de segundo antes de voltar ao lugar.

— Isso é uma acusação muito grave, Anne. Eu jamais faria uma coisa dessas.

— Você jamais faria? — ri sem humor. — A mesma pessoa que sabotou os negócios da Bellucci? Que roubou informações confidenciais? Que passou meses tentando destruir o casamento da minha irmã?

— Não sei do que você está falando.

Sentei na cadeira ao lado da cama, me acomodando como se fosse ficar ali um bom tempo.

— Elise, querida — disse, minha voz doce mas carregada de veneno. — Estamos sozinhas aqui. Pode parar de fingir. Por que você empurrou minha irmã?

— Eu não empurrei ninguém — Elise insistiu, mas havia algo nervoso em sua voz agora.

— Queria matá-la, não queria? — perguntei diretamente, observando cada micro expressão em seu rosto. — Queria se livrar dela de uma vez por todas.

— Você está louca! — Elise exclamou, mas seus olhos fugiam dos meus.

— Minha irmã lembra de você lá em cima, brava com ela. Lembra de você dizendo que ela não podia contar o que tinha visto — me inclinei para frente. — O que foi que Zoey viu, Elise?

Por um momento, Elise ficou em silêncio, claramente processando a informação.

— Ela... ela lembra? — perguntou cuidadosamente.

— Lembra de tudo — menti descaradamente, observando a reação dela.

Mas então Elise sorriu, um sorriso cínico e cruel que me deu arrepios.

— Não, ela não lembra — disse com certeza. — Se lembrasse, vocês não estariam aqui fazendo perguntas.

— Ela está bem agora — Elise disse com desdém. — Vocês estão fazendo drama à toa.

— Drama? — minha voz subiu um tom. — Ela quase morreu! O bebê quase morreu! Você destruiu um dos momentos mais importantes da vida dela!

— Acidentes acontecem — Elise deu de ombros.

A frieza dela me deixou com ainda mais raiva.

— Eu não vou contar pra Zoey — ri. — Vou deixar que ela tenha o doce sabor de ver com os próprios olhos. Mas sabe do que mais tenho certeza? — disse, minha voz voltando para aquele tom doce e venenoso. — Que você vai pagar por isso durante cada dia do resto da sua vida. E espero que seja uma vida muito, muito longa. Para que você tenha bastante tempo para se arrepender.

— Você está me ameaçando?

— Estou fazendo uma promessa — sorri angelicalmente. — Carma é uma coisa linda, Elise.

Levantei-me, mas parei, olhando bem para Elise. Em um impulso, arranquei o celular de sua mão. Ela tentou protestar, mas eu já estava caminhando em direção a porta de saída.

— Vou deixar bem aqui o seu celular. Vem pegar — disse, abrindo a porta com um sorriso no rosto.

— Anne! — Elise gritou, claramente frustrada.

— Tchau, querida — acenei alegremente. — Melhoras! Ou não. Tanto faz.

Saí do quarto rindo baixinho, sentindo uma satisfação imensa. Era petulância? Talvez. Mas depois de tudo que aquela mulher havia feito com minha família, ela merecia cada segundo de inconveniência.

E aquilo era só o começo. Se Elise achava que ia sair impune do que fez com Zoey, não conhecia a família Aguilar. Nós protegíamos os nossos.

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