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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 229

~Nathaniel~

Estava no meu escritório revisando alguns contratos quando decidi enviar minha próxima pergunta para Anne. Já eram quase dez da manhã e ela ainda não havia comentado nada sobre as flores. Talvez ainda não tivesse tido tempo de processar o presente, ou talvez estivesse ocupada demais com trabalho.

Abri o aplicativo e digitei:

"Quarta pergunta: O que mais te atrai numa pessoa - alguém que te desafia ou alguém que te complementa?"

Enviei e coloquei o telefone de lado, tentando me concentrar nos documentos à minha frente. Mas era difícil focar quando parte da minha mente estava imaginando a reação de Anne ao ver as rosas. Esperava que ela tivesse gostado, que tivesse entendido a referência à nossa conversa da noite anterior.

Uma batida firme na porta me tirou dos pensamentos.

— Entre — disse, e Bianca apareceu com uma expressão séria.

— Nate, preciso falar com você sobre uma situação de segurança.

— Claro, sente-se. O que aconteceu?

— Alguém entrou na nossa sala esta manhã e deixou flores na mesa da Anne.

Tentei assumir uma expressão de surpresa, arqueando as sobrancelhas.

— Flores? Que tipo de flores?

— Um buquê enorme de rosas. Com um cartão sem assinatura.

— Interessante. — Peguei uma caneta e comecei a brincar com ela, tentando parecer apenas moderadamente interessado. — Alguma ideia de quem pode ter sido?

— É exatamente isso que me preocupa — Bianca se inclinou para frente na cadeira. — Anne está conversando com um cara de um aplicativo de relacionamento há alguns dias. Um perfil completamente anônimo. E agora, de repente, ele sabe onde ela trabalha e consegue acesso ao nosso escritório.

— Hmm — murmurei, ainda brincando com a caneta. — Você tem certeza de que foi esse cara do aplicativo?

— Quem mais seria? — Bianca me olhou como se a pergunta fosse óbvia. — Nate, isso é sério. Um homem que ela conheceu na internet tendo acesso físico ao local de trabalho dela? Ele pode ser um stalker.

— Ou pode ser alguém que trabalha aqui no prédio — sugeri casualmente. — Ou talvez tenham deixado na recepção e Margaret trouxe para cima?

— Não, já perguntei para Margaret. Ela não recebeu nenhuma entrega para Anne hoje de manhã.

— E quanto aos outros funcionários? Você perguntou se alguém viu alguma coisa?

— Nate — Bianca suspirou impaciente —, estou falando de um possível risco de segurança. Este homem conseguiu entrar no nosso andar, localizar exatamente onde Anne senta, e deixar flores sem que ninguém notasse. Isso indica planejamento, reconhecimento do ambiente...

— Bianca, você não acha que está exagerando um pouco? — interrompi, tentando soar razoável. — Foram apenas flores.

— Apenas flores? — ela repetiu, incrédula. — Nate, comportamento stalker sempre começa com gestos que parecem românticos. Flores hoje, que mais amanhã?

— Mas você disse que Anne está conversando com esse cara há dias. Se fosse realmente perigoso, não teria dado outros sinais?

— Perfis anônimos são uma red flag gigante — Bianca insistiu. — Homens normais não se escondem atrás de identidades falsas. E agora ele escalou para comportamento invasivo.

Senti uma pontada de culpa. Posto dessa forma, meu comportamento realmente soava questionável.

— O que você sugere que façamos? — perguntei, esperando que a resposta não fosse o que eu achava que seria.

— Quero acesso às câmeras de segurança para investigar como ele conseguiu entrar e quando deixou as flores.

O silêncio se estendeu entre nós, pesado e incômodo. Bianca me observava como se estivesse resolvendo um quebra-cabeça, e eu podia quase ver as peças se encaixando na mente dela.

— E por que você está tão relutante em investigar? — ela perguntou finalmente. — Normalmente você levaria questões de segurança muito a sério.

— Estou levando a sério. Só acho que você está saltando para conclusões.

— Estou? — Bianca se inclinou para trás na cadeira, cruzando os braços. — Deixa eu recapitular: um homem anônimo da internet manda flores para uma funcionária nossa, conseguindo acesso ao escritório sem que ninguém note. Quando sugiro investigar através das câmeras de segurança, você se recusa. E quando menciono que foram rosas, você automaticamente assume que eram vermelhas e fica preocupado se Anne gostou delas.

Senti minha mandíbula se contrair involuntariamente.

— Bianca...

— E você chegou muito cedo hoje, não foi? — ela continuou, sua voz ficando mais firme. — Margaret comentou que seu carro já estava na garagem quando ela chegou às sete e meia.

— Eu sempre chego cedo quando tenho muito trabalho.

— É mesmo? — Bianca me olhou diretamente nos olhos. — Nate, você conhece Anne há meses. Sabe exatamente onde ela senta, tem acesso total ao prédio, e chegou suspeitosamente cedo hoje de manhã.

Meu coração estava acelerando, mas tentei manter a expressão neutra.

— Aonde você quer chegar, Bianca?

Ela me encarou por mais alguns segundos, e pude ver o momento exato em que a realização atingiu seus olhos.

— Foi você, não foi? — ela disse lentamente.

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