~Nathaniel~
Quando vi Anne subindo em direção ao terraço com Henri, senti uma pontada de ciúme que tentei racionalizar como preocupação profissional. Afinal, Henri era um cliente importante, e Anne era uma funcionária valiosa. Era natural que eu quisesse garantir que tudo estivesse correndo bem.
Pelo menos era isso que eu tentava me convencer.
— Os vinhos da Épure estão sendo muito bem recebidos — Alessandra comentou ao meu lado, seguindo meu olhar. — Christian tem bom gosto para essas coisas.
— Hmm — murmurei, apenas meio atento ao que ela estava dizendo.
— Acho que vou dar uma olhada no terraço — disse, tentando soar casual. — Ver como está a organização dos drinks lá fora.
— Ótima ideia — Alessandra concordou imediatamente. — Vou com você. Quero garantir que tudo esteja perfeito.
Claramente, eu não teria como ir sozinho.
O terraço estava elegantemente decorado com luzes pequenas entrelaçadas na vegetação, criando uma atmosfera íntima e acolhedora. Henri e Anne conversavam próximos ao parapeito, ela segurando uma taça de vinho tinto e rindo de algo que ele havia dito. A risada dela era genuína, natural, e por um momento me questionei se eu estava sendo ridículo ao me incomodar.
— Henri! — Alessandra chamou, se aproximando com aquele sorriso social perfeito. — Como estão aproveitando a festa?
— Magnificamente — Henri respondeu, se virando para cumprimentar a ambos. — Alessandra, você superou todas as expectativas. E o terraço está espetacular.
— Obrigada — ela respondeu, claramente satisfeita com o elogio. — E Anne, você está radiante esta noite. Que vestido lindo.
— Obrigada — Anne disse, mas notei como ela evitou meu olhar quando cumprimentou a ambos.
Poucos minutos depois, Zoey e Christian também chegaram ao terraço, seguidos de perto por Matheus e Bianca. O que havia começado como uma conversa íntima entre Henri e Anne rapidamente se transformou num pequeno encontro social.
— Ah, que bom encontrar vocês aqui — Zoey disse, se aproximando com Christian. — Lá dentro estava ficando um pouco abafado.
— O terraço está perfeito para conversas — Christian concordou, aceitando uma taça de vinho de um garçom que passava.
A conversa fluiu naturalmente. Falamos sobre viagens, sobre as diferenças entre os mercados europeu e brasileiro, sobre vinhos e sobre a própria festa. Anne parecia à vontade, participando da conversa com seu humor natural, embora eu percebesse que ela cuidadosamente evitava olhar muito na minha direção.
— Vocês não vão acreditar no que aconteceu comigo na Coreia — Matheus disse, assumindo aquele tom de quem estava prestes a contar uma história divertida. — Fui confundido com um astro de K-pop.
— Não é possível — Bianca riu. — Você não tem nem um pouco de cara de coreano.
— Pois é! Mas aparentemente ter cabelo escuro e estar bem vestido num aeroporto de Seul é o suficiente — Matheus continuou, gesticulando dramaticamente. — De repente tinha um grupo de fãs correndo atrás de mim, gritando em coreano, tentando tirar fotos...
A frase caiu como uma bomba no meio da conversa.
O silêncio que se seguiu foi constrangedor e absoluto. Zoey e Christian trocaram olhares imediatos, claramente chocados. Henri parecia confuso, sem entender completamente a insinuação, mas percebendo que algo muito sério havia acabado de acontecer. Matheus parou a meio caminho de levar a taça aos lábios, a risada morrendo rapidamente.
Anne congelou. Vi toda a cor sumir do rosto dela, a vergonha e a raiva se misturando numa expressão que me partiu o coração. Ela tentou dizer alguma coisa, abriu a boca, mas nenhuma palavra saiu.
— Com licença — ela murmurou finalmente, sua voz mal audível.
E então saiu correndo do terraço, quase tropeçando nos próprios pés na pressa de escapar daquela situação.
— Anne! — Zoey chamou, mas Anne já havia desaparecido.
Zoey olhou para mim com uma expressão que misturava preocupação e uma pergunta não formulada, depois saiu atrás da irmã sem hesitar.
O terraço ficou em silêncio mortal. Christian me olhava com uma expressão que eu não conseguia decifrar. Henri parecia completamente perdido. Bianca e Matheus trocavam olhares desconfortáveis.
E eu fiquei ali, imóvel, lutando contra o impulso de seguir Anne e confrontando a raiva que sentia por Alessandra ter exposto algo tão íntimo e inapropriado na frente de todos. Ela não havia usado palavras claras ou explícitas, mas todos compreenderam muito bem o que estava sendo insinuado - é claro que compreenderam.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...