Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 242

~ Nathaniel ~

O clima no terraço permanecia carregado mesmo depois de Anne e Zoey terem desaparecido. Um silêncio constrangedor havia se instalado entre nós, quebrado apenas pelo som distante da música que vinha do salão principal. Alessandra estava ali parada com aquele sorriso satisfeito nos lábios, como se tivesse acabado de ganhar uma batalha importante. Era evidente que ela achava ter conseguido "me colocar no meu lugar" com aquele comentário venenoso.

Bianca e Matheus trocavam olhares desconfortáveis, claramente sem saber como reagir à situação. Henri parecia genuinamente confuso, tentando processar as implicações do que havia acabado de ouvir sem entender completamente o contexto por trás das palavras de Alessandra.

Foi quando Christian deu um passo na minha direção. Sua expressão era neutra, mas eu conhecia aquele olhar. Era o olhar de CEO, de líder, de alguém que precisava tomar uma decisão importante.

— Nate — disse em tom controlado, mas firme —, uma palavra.

Não era um pedido. Era uma ordem educada.

Nos afastamos para o canto mais escuro e silencioso do terraço, onde as luzes suaves das cordas de LED criavam uma iluminação parcial que nos dava um pouco mais de privacidade. Alessandra nos observava de longe, a sobrancelha arqueada, claramente convencida de que Christian estava prestes a me dar uma bronca formal por ter me envolvido com uma funcionária.

Se ela soubesse o que realmente estava para acontecer, talvez não estivesse tão satisfeita.

— Então — Christian disse assim que estávamos suficientemente afastados, indo direto ao ponto como sempre fazia —, é verdade? O que Alessandra jogou no ar?

Passei a mão pela nuca, sentindo a tensão acumular nos músculos do pescoço. Não havia pensado em mentir ou tentar minimizar a situação. Christian merecia honestidade, especialmente considerando que Anne era cunhada dele.

— Sim — respondi simplesmente. — Aconteceu. Mas foi antes de Anne entrar oficialmente na Bellucci. Mas eu não vou mentir dizendo que não sabia quem ela era, porque eu sabia. Descobri durante nossa conversa. O que aconteceu foi... impulsivo.

Fiz uma pausa, escolhendo cuidadosamente as próximas palavras.

— Mas desde então, eu tenho feito de tudo para manter as coisas profissionais e respeitosas. Conseguimos estabelecer uma amizade, uma dinâmica de trabalho que funciona para ambos.

Christian cruzou os braços e manteve o tom sério, mas não hostil.

— Alessandra tem contatos em todo lugar, então não me surpreende que tenha descoberto sobre isso — disse. — Mas isso não é o que mais me preocupa.

Ele me encarou com aquela firmeza que eu conhecia bem dos nossos anos de universidade.

— O problema não é Anne ser funcionária, Nate. Não há regra na empresa que proíba relacionamentos entre funcionários, desde que tudo seja discreto e consensual. Você sabe disso.

— Então qual é o problema? — perguntei, embora já tivesse uma ideia da resposta.

— O problema é que ela é minha cunhada — Christian disse sem hesitação. — Irmã da Zoey. E eu não vou permitir que você brinque com ela ou a trate como só mais uma aventura passageira. Anne parece durona, mas não é bem assim.

A declaração me atingiu como um soco no estômago, não porque fosse inesperada, mas porque era absolutamente justa.

Soltei um suspiro pesado e encarei o chão por um momento, tentando organizar meus pensamentos antes de falar.

— Eu sei — disse finalmente. — E é justamente por isso que tenho mantido distância. Porque sei que não posso simplesmente... brincar com isso. Mas está ficando impossível, Chris.