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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 255

~Nathaniel~

As palavras de Christian ainda ecoavam na minha cabeça enquanto eu saía do prédio da Bellucci: "Então o que diabos você está fazendo que ainda não foi atrás dela?"

Ele estava certo. Completamente certo. Enquanto eu ficava remoendo protocolos corporativos e me preocupando com consequências profissionais, Anne estava sozinha, lidando com uma situação orquestrada pela manipulação cruel de Alessandra. Se eu realmente me importava com ela — e eu me importava mais do que estava disposto a admitir até recentemente — deveria ter ido atrás dela muito antes.

O trânsito londirino estava particularmente congestionado, mas isso me deu tempo para pensar no que exatamente eu ia dizer quando chegasse ao apartamento dela. Como explicar que havia falhado em protegê-la no Conselho? Como pedir desculpas por ter que ser o portador das piores notícias? Como, de alguma forma, demonstrar que ela importava para mim mais do que qualquer protocolo empresarial?

Foi quando passei pela floricultura na esquina da Regent Street que tive uma ideia.

Era um estabelecimento discreto que eu usava ocasionalmente para presentes corporativos, dirigido por uma senhora italiana que sempre conseguia arranjos elegantes e sofisticados. Estacionei rapidamente e entrei, sendo recebido pelo aroma familiar de flores frescas e o sorriso caloroso da proprietária.

— Sr. Carter! — ela exclamou, vindo ao meu encontro. — Que surpresa vê-lo aqui hoje.

— Boa tarde, Signora Martelli. Preciso de um arranjo especial. Rosas vermelhas clássicas, talvez com algumas flores brancas de preenchimento. Algo elegante, mas não exagerado.

Ela assentiu com entusiasmo, já se dirigindo para a seção das rosas.

— Ocasião especial?

— Poderia dizer que sim — respondi, observando-a selecionar cuidadosamente cada rosa. — É importante que seja perfeito.

Enquanto ela preparava o buquê, não consegui evitar pensar na estratégia por trás da minha escolha. Estava escolhendo propositalmente exatamente o mesmo tipo de arranjo que Wanderer havia descrito para Anne. Rosas vermelhas clássicas com flores brancas delicadas. Se ela fizesse a conexão... bem, talvez fosse melhor assim. Talvez fosse uma forma menos traumática de ela descobrir a verdade do que ter que encontrar as palavras certas para contar.

A ideia de que ela pudesse descobrir sozinha, de que as flores pudessem servir como uma ponte entre Nathaniel e Wanderer, era estranhamente reconfortante.

— Pronto — Signora Martelli apresentou o buquê com orgulho. — Ficou lindo, não ficou?

Era perfeito. Elegante, romântico, mas não excessivamente dramático.

Vinte minutos depois, estava parado em frente ao prédio de Anne. Era um edifício moderno em Kensington, com aquela arquitetura elegante que caracterizava os desenvolvimentos residenciais mais novos da região. Conhecia o lugar bem — havia morado em um apartamento do mesmo complexo alguns anos atrás.

O porteiro, um homem de meia-idade com sotaque irlandês, me reconheceu imediatamente.

— Sr. Carter! — ele sorriu amplamente. — Que surpresa vê-lo por aqui. Visitando os antigos domínios?

— Algo assim, Thompson — respondi, retribuindo o sorriso. Na verdade, eu ainda mantinha dois apartamentos alugados no complexo como investimento, então minha presença ali não era completamente incomum. — Na verdade, vim visitar a Senhorita Aguilar, do 12º andar.

— Ah, a moça brasileira — Thompson assentiu. — Simpática, aquela. Surpresa para ela? — ele gesticulou para o buquê.

— Exatamente. Posso subir sem ser anunciado? Quero surpreendê-la.

Thompson me estudou por um momento, mas a confiança que tínhamos desenvolvido ao longo dos anos pesou a meu favor.

Não era o interfone do prédio. Era a campainha interna do apartamento, o que significava que alguém já estava lá em cima, diante da minha porta. Provavelmente algum vizinho ou alguém da manutenção — embora fosse estranho não ter sido avisada pelo porteiro.

Senti um alívio genuíno por ter uma desculpa para interromper aquela conversa desconfortável com Marco. Precisava de um momento para recobrar a compostura, para pensar em como lidar com a situação que havia se criado.

— Um momento — murmurei, passando rapidamente as mãos pelos cabelos numa tentativa de me arrumar um pouco.

Caminhei até a porta, respirando fundo para tentar acalmar meu coração ainda acelerado. Quem quer que fosse, eu lidaria rapidamente e depois voltaria para resolver as coisas com Marco de uma vez por todas.

Abri a porta e senti como se o chão tivesse desaparecido sob meus pés.

Nate estava ali, impecável em seu casaco escuro, o cabelo ligeiramente desarrumado como se tivesse passado as mãos por ele várias vezes em um gesto de nervosismo. Mas o que realmente me fez perder a capacidade de falar foi o buquê que ele segurava — rosas vermelhas clássicas com flores brancas delicadas.

Nate deu um passo na minha direção, e pude ver algo vulnerável em seus olhos, uma sinceridade crua que raramente ele permitia que as pessoas vissem.

— Anne, eu sinto muito — ele começou, sua voz baixa e carregada de uma emoção que eu não conseguia identificar completamente. — Estive pensando muito no que aconteceu e...

Antes que ele pudesse continuar, a voz de Marco ecoou do interior do meu apartamento, cortando suas palavras como uma lâmina:

— O que você está fazendo aqui?

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