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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 307

— Sou cunhada do Christian Bellucci — expliquei simplesmente, observando Tori quase derrubar o cartão que segurava. Seus olhos se arregalaram, a boca se abriu ligeiramente, e ela piscou várias vezes como se estivesse tentando processar uma informação impossível.

— Você é... o quê? — perguntou, dando um passo para trás e balançando a cabeça em incredulidade. — Nate nunca mencionou isso! E olha que ele e Christian são melhores amigos desde a faculdade.

Massageei discretamente a têmpora, sentindo uma leve dor de cabeça começando a se formar. O barulho da festa parecia estar ficando mais alto, e a luz dos lustres começava a me incomodar.

— É — concordei, me apoiando ligeiramente no balcão próximo. — Minha irmã Zoey é casada com ele.

Tori passou a mão pelos cabelos, ainda processando a revelação.

— Não posso acreditar que você nunca mencionou isso... e que Nate nunca disse nada também — murmurou, olhando para mim com nova perspectiva.

— Por que você mesma não pediu para Nate fazer essa ponte com Christian? — perguntei, curiosa sobre a dinâmica entre os irmãos, enquanto discretamente me apoiava mais firmemente no balcão.

Tori fez uma careta e desviou o olhar, seus dedos brincando nervosamente com a borda do cartão.

— Nate não gosta muito dos meus... planos — admitiu com um suspiro, seus ombros caindo ligeiramente.

— Seus planos de trabalhar perto de onde estão os bilionários? — perguntei com um meio sorriso, observando como ela corou. — Especialmente os jovens e solteiros?

As bochechas de Tori ficaram visivelmente rosadas, mas ela ergueu o queixo num gesto defensivo.

— Tenho que pensar no meu futuro — defendeu-se, cruzando os braços.

Me recostei mais no balcão, sentindo uma leve tontura que atribuí ao vinho com o estômago vazio. Tori estava gesticulando enquanto falava, claramente se sentindo julgada.

— Não estou te julgando — disse honestamente, levantando uma mão num gesto pacificador. — Se estivesse, não teria ajudado. Mas no dia que você se apaixonar de verdade, vai perceber que existem outras coisas que valem mais do que dinheiro ou... pedigree.

Tori parou de gesticular e me olhou com uma expressão mais suave, seus braços se descruzando lentamente.

— Obrigada — disse finalmente, sua voz perdendo o tom defensivo. Ela olhou para o cartão da Christie's em suas mãos, virando-o entre os dedos. — Nem acredito que você fez isso por mim. A propósito, por que fez isso? Eu só te dei um gift card de Natal. O que você quer de volta?

— Nada — respondi, passando a mão pela testa onde a dor de cabeça estava se intensificando. — Gosto de você. Amizades não são baseadas em troca de favores. Se Alessandra ensinou isso para você, então deveria pensar duas vezes sobre aceitar conselhos dela.

Notei que Tori franziu a testa ao ouvir o nome de Alessandra, mas minha atenção estava sendo cada vez mais dominada pela sensação crescente de mal-estar. A música alta do salão parecia amplificada, e senti necessidade de me apoiar mais firmemente no balcão.

Tentei me concentrar na respiração, mas percebi que minha consciência estava começando a ficar nebulosa. As luzes do hall pareciam estar piscando, embora eu soubesse que era minha visão que estava falhando.

Meus pensamentos se tornaram confusos e lentos. Sabia que deveria voltar para o salão, procurar ajuda, ou pelo menos ligar para alguém, mas meu corpo não estava cooperando. Era como se estivesse assistindo a tudo acontecer de longe, sem conseguir reagir adequadamente.

Foi então que ouvi passos se aproximando. Através da névoa que havia se instalado em minha mente, vi uma figura masculina caminhando em minha direção. Por um momento de esperança confusa, pensei que poderia ser Nate, que talvez tivesse notado minha ausência e vindo procurar por mim.

— Vem comigo — disse uma voz que não consegui identificar completamente através da minha consciência alterada.

Senti mãos me ajudando a levantar do sofá, apoiando meu peso quando minhas pernas falharam em sustentar meu corpo adequadamente. Parte de mim ficou aliviada - alguém havia encontrado e estava me ajudando. Provavelmente me levaria de volta para o salão, ou para a recepção onde poderiam chamar assistência médica.

Mas conforme caminhávamos, através da névoa em minha mente, percebi que não estávamos indo na direção do salão ou da recepção. Em vez disso, meu acompanhante me guiou para uma área diferente do hotel, e pude ouvir o som característico de portas de elevador se abrindo.

— Não — tentei protestar novamente, uma sensação de alarme penetrando através da confusão, mas já era tarde demais.

Senti meu corpo sendo guiado para dentro do elevador, e quando tentei resistir, descobri que estava fraca demais para oferecer qualquer oposição real.

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