Entrar Via

Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 317

Antes que qualquer um de nós pudesse se mover para atender a campainha, Tori passou correndo pela cozinha gritando alegremente:

— Eu atendo! Reforço familiar!

Nate e eu trocamos olhares confusos, mas o som de vozes familiares e risadas vindas da entrada logo esclareceu o mistério. Poucos minutos depois, Oliver e Sarah apareceram na cozinha, carregando sorrisos radiantes e uma caixa de pizza que tinha claramente sobrevivido a uma longa viagem.

— Surpresa! — Oliver anunciou, colocando as caixas sobre o balcão. — Trouxemos pizza fria de alcachofra com limão siciliano, cortesia da viagem de três horas de Bath.

Sarah riu, ajeitando uma mecha de cabelo que havia escapado do rabo de cavalo.

— Desculpem pelo estado da pizza. Achamos que seria uma boa ideia trazer a favorita do Nate, mas não contávamos com o trânsito de Londres.

— Como vocês...? — comecei, mas Tori apareceu atrás deles com uma expressão ligeiramente culpada.

— Eu liguei para eles — admitiu, brincando nervosamente com as mãos. — Achei que vocês estavam precisando de uma boa distração. E família sempre ajuda, não é?

Senti meu coração se aquecer com o gesto. Apesar de todos os problemas que Tori havia causado involuntariamente na noite anterior, ela estava genuinamente tentando fazer as coisas melhorarem.

Oliver se aproximou de mim e me deu um abraço carinhoso.

— Como você está se sentindo, cunhadinha? — perguntou baixinho, e pude ver nos seus olhos que Tori havia compartilhado pelo menos parte do que havia acontecido.

— Melhor — respondi honestamente. — Muito melhor.

O que mais me tocou foi que nem Oliver nem Sarah fizeram perguntas sobre os detalhes do ocorrido. Havia uma delicadeza em sua abordagem que me fez perceber que eles entendiam que eu não estava pronta para revisar tudo novamente, mas queriam mostrar apoio de qualquer forma.

Sarah se aproximou e me deu um abraço igualmente caloroso.

— Trouxemos alguns jogos de tabuleiro também — disse com um sorriso conspiratório. — Pensei que uma tarde de competição amigável poderia ser exatamente o que vocês precisavam.

E foi exatamente isso que aconteceu. Passamos a tarde toda na sala de estar de Nate, jogando Monopoly, Scrabble e Uno, rindo e comendo fatias de pizza fria que, surpreendentemente, estava deliciosa mesmo depois da viagem. Nate havia aberto algumas garrafas de vinho, e a atmosfera gradualmente se tornou leve e descontraída.

Era incrível como a presença de Oliver e Sarah transformou completamente o clima. Oliver tinha aquele dom natural de fazer todos rirem com suas histórias engraçadas sobre pacientes veterinários, enquanto Sarah compartilhava anedotas sobre seus alunos que nos deixavam em lágrimas de tanto rir.

Por volta das quatro da tarde, quando estávamos no meio de uma partida particularmente competitiva de Scrabble, a campainha tocou novamente. Desta vez, o som foi mais insistente, quase desesperado.

Nate franziu a testa.

— Não estou esperando ninguém — murmurou, se levantando para atender.

Poucos segundos depois, ouvimos vozes altas vindas da entrada, e meu coração disparou quando reconheci uma delas imediatamente.

— Cadê minha irmã? — A voz de Zoey ecoou pela casa enquanto ela praticamente invadia a sala de estar, seguida de perto por Christian, que parecia ligeiramente sem fôlego.

— Nos encontramos no aeroporto — Bianca respondeu, tomando uma longa golada de vinho como se estivesse tentando dar tempo para alguém mudar de assunto.

Mas Zoey não mudou. Em vez disso, sua expressão se tornou ainda mais travessa.

— Engraçado, porque vimos um voo chegando da Itália quase no mesmo horário que o nosso, mas nada da Ásia...

Ela piscou para mim de forma exagerada, me fazendo rir alto, enquanto Bianca corava visivelmente.

— Vamos continuar jogando — interrompi, ainda rindo. — Quero Zoey no meu time. Ela é competitiva e sempre parece prestes a arrancar o olho de alguém quando está perdendo.

Todos riram, e gradualmente se ajeitaram pelo sofá e tapete da sala, reorganizando-se para incluir os novos jogadores. Senti Nate passar o braço pelos meus ombros enquanto me aconchegava contra ele, e uma onda de emoção me atingiu inesperadamente.

Era impossível não pensar em como me senti sozinha e vulnerável na noite anterior - drogada, assustada, completamente à mercê de alguém que queria me machucar. E agora, menos de vinte e quatro horas depois, estava ali cercada por todas as pessoas que mais amava no mundo. Minha família havia atravessado oceanos para estar comigo. Os irmãos de Nate haviam dirigido horas para nos apoiar. Bianca havia deixado suas férias na Itália.

Olhei ao redor da sala - Zoey distribuindo cartas com a precisão competitiva que eu conhecia tão bem, Christian conversando baixinho com Oliver sobre algo que os fazia rir, Matheus tentando explicar para Sarah as regras de um jogo chinês que havia trazido, Tori e Bianca sussurrando sobre algo que provavelmente envolvia fofocas, e Nate me observando com aquele olhar cheio de amor que ainda me fazia corar.

Era isso que significava ter uma família. Não apenas pessoas ligadas por sangue ou por lei, mas pessoas que apareciam quando você mais precisava, que entendiam sem que você precisasse pedir, que transformavam os piores momentos em lembranças preciosas simplesmente por estarem presentes.

Aconcheguei-me ainda mais contra Nate, sentindo sua mão acariciar suavemente meu braço, e sorri. Cercada de tanto amor, era impossível não me sentir a pessoa mais sortuda do mundo.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )