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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 319

~ Nathaniel ~

O jardim de inverno da minha casa era o meu refúgio favorito durante os meses mais frios de Londres. As paredes de vidro proporcionavam uma vista deslumbrante do jardim externo, mesmo quando o tempo não permitia que realmente aproveitássemos o espaço ao ar livre. Esta noite, a iluminação suave criava uma atmosfera íntima e acolhedora, contrastando com as risadas animadas que ecoavam da sala principal onde os outros estavam reunidos.

Christian e eu havíamos nos afastado naturalmente do grupo principal, carregando nossas taças de vinho e buscando um momento de tranquilidade para conversar. Era raro termos a oportunidade de nos relacionar apenas como amigos, sem as pressões das responsabilidades profissionais que normalmente dominavam nossas interações.

Sentei-me numa das poltronas confortáveis de vime, observando Christian se acomodar do outro lado da pequena mesa de centro onde havia deixado sua taça. Por alguns minutos, permanecemos em silêncio companheiro, apenas apreciando a paz relativa e o som abafado das conversas vindas de dentro de casa.

— Parando para pensar na nossa época da faculdade — Christian disse eventualmente, quebrando o silêncio contemplativo — você imaginaria que estaríamos aqui hoje?

Ri, tomando um gole do vinho tinto e refletindo sobre a pergunta. As memórias da faculdade pareciam pertencer a uma vida completamente diferente - quando éramos apenas dois jovens ambiciosos e mulherengos tentando descobrir nossos lugares no mundo, sem fazer ideia de onde os caminhos da vida nos levariam.

— Improvavelmente apaixonados por irmãs brasileiras extremamente lindas, mas teimosas? — respondi, ainda rindo. — Eu não imaginaria isso nem há dois anos atrás. Na verdade, achei que Christian Bellucci seria um eterno solteirão.

Christian riu alto, balançando a cabeça com diversão.

— Talvez fossem meus planos mesmo, se não fosse pelo nonno — admitiu. — O velho não poderia ter feito coisa melhor quando insistiu que eu precisava arrumar uma noiva.

Sua expressão se tornou mais séria e carinhosa quando continuou:

— E agora... você e Anne. Fico grato que você esteja cuidando dela, que tenha conseguido chegar a tempo ontem. Zoey ficou tão desesperada quando soube o que havia acontecido.

A menção aos eventos me trouxe de volta a realidade das consequências que ainda precisavam ser enfrentadas.

— Preciso saber o que você quer que eu faça com relação à Alessandra — disse Christian, sua voz assumindo um tom mais sério e empresarial. — Posso expulsá-la do conselho, podemos comprar essa briga, mas...

— Mas mantenha seus amigos por perto e seus inimigos mais perto ainda — completei, a frase que nós dois costumávamos usar em um cenário empresarial, saindo mais pessoal do que nunca. — Ela não vai pagar pelo que fez com Anne se simplesmente desaparecer.

Christian me estudou com atenção renovada.

— Tem certeza?

— Absoluta — respondi sem hesitação. — Só ser expulsa da Bellucci é pouco para ela.

— E se ela tentar algo contra Anne novamente?

— Não vou deixar. Sempre vou cuidar dela — disse com convicção absoluta. — Só queria... oficializar isso, sabe? Você acha muito cedo?

Pela primeira vez, realmente entendi a diferença entre tudo que havia sentido antes e o que sentia por Anne. Não era obsessão, embora certamente pensasse nela constantemente. Não era apenas atração física, apesar da química inegável entre nós. Não era nem mesmo paixão no sentido tradicional, com toda sua intensidade volátil e potencialmente destrutiva.

Era amor. Amor verdadeiro, profundo e duradouro. O tipo de amor que me fazia querer ser uma pessoa melhor, que me inspirava a pensar em termos de "nós" em vez de "eu", que me dava força para enfrentar qualquer desafio se significasse proteger e cuidar dela. Era o amor que fazia eu querer acordar ao lado dela todos os dias pelos próximos cinquenta anos, que me fazia imaginar ensinando nossos filhos a andar de bicicleta, que me fazia querer envelhecer ao lado dela e ainda achar cada ruga no seu rosto a coisa mais linda do mundo.

A campainha da porta tocou naquele momento exato, interrompendo minha revelação interna e me trazendo de volta ao presente.

— Deve ser a comida — disse, me levantando e tentando disse, me levantando e tentando reorganizar meus pensamentos. — Vou avisar os Aguilar.

— Ótimo — Christian respondeu, também se levantando e esticando os braços. — E eu vou esconder aqueles jogos. Não aguento mais levar uma surra da Zoey no Banco Imobiliário. Cara, eu sou o CEO de uma multinacional multibilionária e... nunca me senti tão pobre na minha vida!

Ri alto com sua confissão, pesando em Zoey dominando o jogo com sua natureza competitiva característica, deixando Christian completamente derrotado enquanto ela construía um império imobiliário monopolístico.

Era exatamente isso que eu queria para minha vida. Não apenas os momentos grandiosos e românticos, mas também as pequenas derrotas humilhantes em jogos de tabuleiro. As risadas compartilhadas com amigos sobre como nossas parceiras conseguiam nos deixar completamente indefesos em situações que deveriam ser simples. As noites tranquilas com conversas sinceras e vinho. A sensação de pertencer a algo maior do que eu mesmo.

Queria construir memórias bobas com Anne, queria que ela me derrotasse em jogos enquanto eu fingia estar irritado mas na verdade me sentia orgulhoso da sua inteligência estratégica. Queria que nossos amigos zombassem de mim por estar completamente enfeitiçado por ela. Queria a vida cotidiana normal e maravilhosa que vem depois de todas as grandes declarações românticas.

Enquanto caminhava em direção à sala de música para chamar Anne e seus irmãos para o jantar, carregava comigo a certeza absoluta de que faria qualquer coisa necessária para transformar essa visão em realidade.

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