O jantar foi exatamente o que eu precisava - caótico, barulhento e cheio de amor. A grande mesa de jantar de Nate tinha espaço mais do que suficiente para todos os nove, mas ainda assim todos escolheram se sentar próximos uns dos outros, criando uma atmosfera íntima e aconchegante. Caixas de pizza se espalhavam pelo centro da mesa junto com garrafas de vinho abertas, pratos com restos de entrada italiana que Nate havia pedido, e taças meio vazias que eram constantemente reenchidas.
As conversas se sobrepunham numa sinfonia familiar de vozes animadas. Matheus contava uma história hilariante sobre um mal-entendido cultural que havia vivido em Pequim, gesticulando tanto que quase derrubou seu copo de vinho duas vezes. Oliver e Sarah riam até as lágrimas de algo que Christian havia dito sobre as peculiaridades de administrar negócios no Brasil. Zoey e Bianca sussurravam sobre alguma fofoca que provavelmente envolvia alguém da alta sociedade italiana.
Tori estava em seu elemento, fazendo perguntas sobre a vida de cada um e absorvendo cada detalhe como se estivesse catalogando informações para uso futuro. Nate circulava pela mesa como um anfitrião nato, garantindo que todos tivessem comida suficiente e que as conversas fluíssem naturalmente.
Eu me encontrei observando tudo com uma sensação de contentamento profundo. Havia algo mágico em ver mundos diferentes se misturando tão naturalmente - minha família brasileira calorosa e barulhenta, os ingleses mais reservados mas igualmente carinhosos, e Bianca trazendo toda aquela elegância italiana descontraída. Era como se todas essas pessoas de culturas tão diferentes sempre tivessem feito parte da minha vida.
— Anne, você está muito quieta — Zoey observou em certo momento, me cutucando suavemente. — Está tudo bem?
— Estou apenas... absorvendo tudo isso — respondi honestamente, gesticulando para a mesa cheia de pessoas queridas. — É surreal, de uma forma boa.
Christian levantou sua taça de vinho.
— Um brinde — anunciou, e todos gradualmente pararam de conversar para prestar atenção. — À família. Sangue ou não, todos aqui provaram hoje que família é sobre aparecer quando alguém precisa.
— À família — todos ecoaram, e brindamos numa cacofonia de taças se tocando e risos.
Conforme a noite avançou, as despedidas inevitáveis começaram. Oliver foi o primeiro a mencionar que precisavam partir.
— Infelizmente, temos uma longa viagem de carro até Bath pela frente — disse, consultando o relógio.
— Posso pegar carona? — Tori perguntou imediatamente. — Seria perfeito.
— Claro — Sarah respondeu calorosamente. — Quanto mais, melhor.
Tori se levantou e deu um beijo carinhoso no rosto de Nate.
— Não esquece que no dia seis eu estou de volta para Londres — disse com um sorriso travesso. — Vou fazer a entrevista que Anne conseguiu para mim.
Nate revirou os olhos dramaticamente.
— Claro. Nem preciso dizer para você ficar em casa quando vier, você já fica mesmo — provocou com aquele tom de irmão mais velho que conhecia bem.
— Pelo menos eu aviso quando vou invadir sua casa — Tori rebateu. — Diferente de quando você aparecia no meu apartamento comendo toda minha comida.
— Eu levava comida também! — Nate protestou, rindo.
— Sanduíches prontos do supermercado não contam como comida, Nathaniel — Tori disse com falsa solenidade.
Os três saíram em meio a risadas e promessas de manter contato. A casa imediatamente pareceu mais silenciosa sem a energia vibrante de Oliver e Sarah e a presença naturalmente animada de Tori.
— Pelo menos temos a noite inteira sozinhos! — ela disse para mim com uma piscadinha quando se separaram.
— Divirtam-se com cuidado — brinquei. — Matteo está muito novo para ganhar um irmãozinho já.
Zoey corou e Christian riu alto, claramente não se importando nem um pouco com a provocação.
Quando finalmente ficamos sozinhos e fechamos a porta atrás do último convidado, a casa pareceu estranhamente silenciosa após horas de risadas e conversas animadas.
— Que loucura! — Nate comentou, se encostando na porta fechada. — Sua família te ama de verdade.
— Eu sei — respondi, sentindo meus olhos brilharem com emoção. — E a sua não fica atrás.
— Eu sei — ele concordou com um sorriso.
Fiquei parada ali por um momento, absorvendo a sensação de estar em casa. Não apenas na casa de Nate, mas em casa no sentido mais profundo da palavra. Cercada por amor, protegida, valorizada. Era isso que eu queria - não apenas para ocasiões especiais ou emergências, mas para a vida cotidiana normal.
Olhei bem nos olhos de Nate, vendo ali todo o carinho e esperança que eu sabia que estava refletido nos meus próprios olhos.
— Quero fazer isso — disse com convicção absoluta. — Quero ter um lugar para a gente... receber essa loucura sempre que eles quiserem vir nos visitar. Quero morar com você.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...