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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 324

~ Nathaniel ~

— Quero dizer, não que eu esteja planejando isso para amanhã ou queira colocar qualquer pressão — Anne disse, suas palavras saindo em uma cadência ligeiramente nervosa. — Mas acho que essas coisas precisam ficar claras logo no começo para saber... se estamos na mesma página.

Ela estava olhando para o jardim abaixo do terraço, evitando meu olhar de uma forma que me fez perceber o quanto essa conversa era importante para ela.

— É claro que quero ter filhos — respondi imediatamente, sentindo meu coração se aquecer com a perspectiva de um futuro que havia pintado em minha mente inúmeras ao lado de Anne.

Anne me abraçou com uma força que me surpreendeu, seu alívio sendo quase tangível através da intensidade do seu toque. Senti seus braços se apertarem ao redor do meu pescoço, seu corpo relaxando contra o meu de uma forma que me disse que havia estado mais tensa sobre essa questão do que havia deixado transparecer.

Mas eu sabia que precisava ser honesto com ela, mesmo que isso significasse potencialmente estragar o momento perfeito que estávamos compartilhando no terraço daquela casa que ela havia declarado perfeita para nossa futura família.

— Podemos adotar um dia — acrescentei cuidadosamente, sentindo as palavras pesarem na minha língua de uma forma que me fez perceber o quanto havia estado evitando essa conversa específica.

Anne se afastou ligeiramente do abraço, me olhando com uma expressão de confusão que gradualmente se transformou em algo que parecia preocupação mal contida.

— Adotar? — perguntou, sua voz carregada de uma perplexidade que me fez perceber que eu havia comunicado muito mal minha intenção. — Por que especificamente adotar?

Respirei fundo, sabendo que havia chegado o momento de contar para ela algo que havia moldado discretamente todas as minhas decisões românticas durante toda a minha vida adulta. Era uma conversa que eu sabia que eventualmente teria que ter.

— Quando eu tinha nove anos, peguei caxumba — comecei, me apoiando na grade do terraço e olhando para o pequeno jardim onde ela havia imaginado nossos filhos brincando. — Foi um caso particularmente severo, e desenvolveu complicações. Orquite, especificamente.

Anne franziu ligeiramente a testa, claramente tentando conectar os pontos entre uma doença da infância e nossa conversa sobre ter filhos. Pude ver o momento exato em que a compreensão chegou, sua expressão se suavizando com um misto de surpresa e compaixão.

— Os médicos na época foram bem diretos sobre as consequências — continuei, sentindo o peso familiar dessa revelação. — Disseram aos meus pais que eu seria infértil. Que não conseguiria ter filhos biológicos quando adulto.

Anne assentiu lentamente, processando a informação. Pude ver várias emoções passando por seu rosto.

— Não precisa ser algo para mexer agora — disse rapidamente, não querendo que ela se sentisse pressionada a tentar "consertar" algo que eu havia aceito como parte da minha realidade há décadas. — Sempre soube que, quando chegasse a hora certa, quando encontrasse a pessoa certa, adotaria. E adoção pode ser uma experiência incrível. Existem tantas crianças que precisam de lares amorosos.

Pausei, estudando sua expressão cuidadosamente, tentando ler em seus olhos como ela estava realmente processando essa informação.

— Você se sente bem com isso? — perguntei, tentando manter minha voz neutra mas sabendo que havia vulnerabilidade transparecendo. — Com a possibilidade de que nossos filhos sejam adotados ao invés de biológicos?

Anne me olhou por um longo momento, seus olhos mostrando uma profundidade de pensamento que me fez perceber o quanto essa informação estava impactando sua visão do nosso futuro juntos. Quando finalmente falou, sua voz carregava uma convicção que me surpreendeu.

— Claro — disse, se aproximando de mim novamente. — Pais são quem cuidam, quem amam, quem estão presentes todos os dias. A genética é secundária a isso. Sempre foi.

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