O quarto estava um caos organizado, com duas malas grandes abertas sobre nossa cama king-size e roupas espalhadas por toda parte enquanto tentávamos decidir o que levar para nossa viagem ao Brasil. Era aniversário de um ano de Matteo, e Nate seria pessoalmente apresentado aos meus pais.
O processo de fazer malas, que normalmente era simples para mim, havia se tornado uma operação complexa agora que precisávamos considerar não apenas nossas necessidades, mas também as de nossa nova companheira de quatro patas.
Ginger estava deitada bem no meio da bagunça, ocasionalmente pegando uma meia ou peça de roupa que caía no chão e transformando-a em seu brinquedo pessoal, completamente alheia às nossas tentativas sérias de organização. Seus pelos dourados contrastavam lindamente com o edredom azul-marinho, e ela parecia perfeitamente satisfeita sendo o centro de atenção enquanto organizávamos nossa vida ao redor dela.
— Tem certeza absoluta de que Ginger pode voar? — perguntei pela décima vez em duas horas, parando de dobrar uma blusa de seda para olhar Nate com a preocupação estampada no rosto. — Ela ainda é tão pequena, e são tantas horas de voo... E se ela ficar traumatizada? E se algo der errado?
Nate riu baixinho, aquela risada paciente e carinhosa que já havia se tornado familiar sempre que eu entrava no que ele carinhosamente chamava de "modo mãe coruja". Era uma expressão que ele usava com frequência crescente desde que Ginger havia chegado em nossas vidas, especialmente quando eu ficava preocupada com cada pequeno aspecto do bem-estar dela.
— Anne, amor — disse, parando completamente de organizar suas camisas sociais para me olhar diretamente, suas mãos pousando nos meus ombros — Oliver aprovou a viagem pessoalmente e nos deu toda a documentação necessária. Ele é veterinário, lembra? Se alguém no mundo sabe se ela está pronta para voar, é ele. Além disso, ele examinou ela três vezes só para ter certeza.
— Mas e se ela ficar enjoada durante a decolagem? E se ela se assustar com o barulho dos motores? E se a pressão da cabine afetar os ouvidinhos pequenos dela? E se...
— Além do mais — Nate interrompeu gentilmente, vindo até onde eu estava e passando os braços ao redor da minha cintura, me puxando para mais perto — vamos no jatinho da empresa. Isso significa muito espaço para Ginger correr de lá para cá quando ela quiser se exercitar, e muita coisa para ela derrubar abanando aquele rabinho hiperativo.
A imagem mental de nossa pequena golden retriever causando um caos adorável em um jato particular de vários milhões de libras me fez rir apesar da ansiedade que havia estado me consumindo desde que confirmamos a viagem. Me abaixei para pegar Ginger no colo, que imediatamente começou a lamber meu rosto com o entusiasmo característico que demonstrava sempre que recebia atenção.
— Não precisa ter medo de voar, Ginger — disse para ela, usando aquela voz bobinha e melosa que Nate sempre provocava quando eu falava com nossa cachorrinha como se ela fosse um bebê humano. — Você vai bem direitinho, minha linda.
Isso fez Nate rir ainda mais alto, seus olhos verdes brilhando com diversão pura enquanto me observava ter uma conversa séria com um filhote de cachorro.
— Eu não me lembro de você sendo tão corajosa assim da última vez — provocou, se referindo obviamente ao meu comportamento pouco heroico no voo para Londres quando nos conhecemos pela primeira vez.
Peguei uma camiseta polo que estava cuidadosamente dobrada ao lado da minha mala e atirei nele com força, acertando-o bem no peito e fazendo-o rir ainda mais.
— Você não sabe — rebati com falsa indignação, tentando manter uma expressão séria apesar da vontade de rir. — Talvez tenha sido meu plano desde o começo para chamar sua atenção. Talvez eu tenha calculado exatamente o nível certo de vulnerabilidade para despertar seus instintos protetores.
Nate riu, pegando a camiseta que havia caído no chão e jogando-a de volta para mim com aquele sorriso maroto que sempre conseguia me fazer corar independentemente de quantas vezes eu já havia visto.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário
Ameiiii, lindo , nunca pensei que choraria enquanto lia um livro, que historiA, poderia virar filme!!!...
A mais alguém acontece de comprar o capítulo e faltarem partes...?...
Gostaria de saber se tem um forma de comprar e ler tudo de uma vez só. pois td hora fica aparecendo pra comprar cada capitulo. quero comprar td. muito mais facil. Quero terminar de lerrrrrrrrrrrrr...
Cheguei no capítulo 164 e só lê comprando moedas... vou desistir...
Não abre a parte escrita em azul, já está em 5 moedas pra desbloquear e não presta....
Gente são quantos capítulos?...
A compra do capítulo não dura nem 24h? É isso mesmo. Vc sai e bloqueia de novo????...
Porque depois do capítulo 300 estão liberando só 3 capítulos por dia?...
Os capitolos acabam no 312 , mas o livro nao acaba , e agora faz o que ?...
Já estou no capítulo 279 e o 280 não abre de jeito nenhum, já estou desanimada...