~ MAITÊ ~
A propriedade dos pais de Marco era ainda mais impressionante do que eu havia imaginado durante o voo. Quando finalmente chegamos, depois de uma viagem de carro serpenteando por colinas cobertas de olivais centenários, me deparei com uma construção que parecia saída diretamente de um filme sobre a Toscana. A casa principal era construída em pedra dourada que brilhava suavemente sob o sol do final da tarde, cercada por jardins perfeitamente cuidados e terraços que se estendiam pelas encostas suaves.
Giovanni nos recebeu na entrada com os braços abertos, um sorriso genuíno iluminando seu rosto maduro. Era reconfortante vê-lo novamente depois do casamento - sua presença tinha algo de tranquilizador, muito diferente da tensão que eu havia sentido naquela ocasião.
— Benvenuti! — ele disse calorosamente, abraçando Marco antes de se voltar para mim com gentileza evidente. — Maitê, que bom te ver novamente, embora em circunstâncias bem diferentes.
Beatrice apareceu logo em seguida, elegante como sempre, mas com uma expressão maternal preocupada que não havia mostrado durante o casamento. Agora, vendo-me claramente em uma situação vulnerável, toda sua sofisticação aristocrática deu lugar a um instinto genuinamente protetor.
— Minha cara — disse ela, me envolvendo em um abraço caloroso — você está muito magra. Vamos cuidar disso imediatamente.
Marco explicou brevemente nossa situação - que precisávamos ficar ali por alguns dias até que as coisas se acalmassem no Brasil e pudéssemos avaliar como proceder. Giovanni acenou compreensivamente, como se receber fugitivos internacionais fosse algo perfeitamente normal na rotina familiar.
— A casa é sua — disse simplesmente. — Pelo tempo que precisarem.
Luca e Mia apareceram logo em seguida. Luca, com seus vinte e tantos anos e um sorriso que lembrava muito Marco, me cumprimentou com um aceno amigável. Mia me deu um abraço rápido como se fôssemos antigas conhecidas.
— Que aventura vocês tiveram, né? — comentou Mia com uma animação que me fez sorrir pela primeira vez em dias.
Lívia, que havia ficado um pouco tímida durante nossa chegada, rapidamente se enturmou com os irmãos de Marco. Havia algo na personalidade calorosa dos Bellucci que tornava impossível permanecer distante por muito tempo. Logo ela estava rindo de piadas de Luca e ajudando Mia a comprar sapatos pela internet.
Eu, por outro lado, me senti estranhamente recolhida. Talvez fosse o peso de tudo que havia acontecido nas últimas horas, ou talvez fosse a percepção gradual da magnitude da situação em que nos encontrávamos. Enquanto os outros conversavam animadamente durante o jantar, eu me peguei observando tudo como se estivesse assistindo a uma peça de teatro da qual não fazia parte completamente.
Durante a refeição, Beatrice me serviu porções generosas de pasta caseira e não parou de me oferecer mais vinho, mais pão, mais tudo. Era claro que ela havia notado minha aparência abatida e estava determinada a me "engordar" de volta à saúde. Giovanni, por sua vez, mantinha conversas leves e descontraídas, evitando cuidadosamente qualquer tópico que pudesse me causar ansiedade.
Depois do jantar, Marco me mostrou o quarto que compartiríamos. Era espaçoso e aconchegante, com móveis antigos de madeira escura e janelas que davam para os olivais iluminados pela lua. A cama era grande o suficiente para que pudéssemos dormir sem necessariamente nos tocar, o que me tranquilizou - nossa situação já era complicada o suficiente sem adicionar tensão física à mistura.
Dormi profundamente pela primeira vez em semanas, sem sedativos forçados ou o medo constante de ser acordada por procedimentos médicos não consensuais. Quando abri os olhos na manhã seguinte, Marco já estava acordado, sentado em uma poltrona perto da janela com uma xícara de café nas mãos, observando os jardins lá fora.
— Bom dia — disse suavemente quando percebeu que eu havia acordado.
— Bom dia — respondi, me esticando na cama. — Quanto tempo você está acordado?
— Um tempo. Trouxe café da manhã para o quarto. — Ele gesticulou para uma bandeja na mesinha de centro, cheia de cornetti, frutas frescas e um bule de café que cheirava divinamente. — Achei que poderíamos conversar com mais privacidade aqui.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Cadê o restante do livro? Parou no capítulo 449....
Estava lendo sem pedir para comprar com moedas, e desde o capítulo 430 já não consigo mais. Fiquei bem chateada!...
A melhor foi a história da Zoey e Christian mesmo. Foi a mais emocionante....
Site tá uma porcaria cheio de propagandas que não tinha antes, atrapalhando a leitura....
21984019417...
Alguém mais está dando erro nos capitulos 426, 427 e 428?...
Cadê o capítulo 85 🥲...
Queria o final. Como faço?...
O meu travou no 406, mais as moedas estão sumindo...
O meu travou no 325...