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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 414

~ MAITÊ ~

Estava sentada na cama observando Lívia escolher roupas no armário quando senti uma necessidade súbita de compartilhar o que estava passando pela minha cabeça nos últimos dias.

— Lívia — comecei hesitante — sinto que estou vivendo um sonho adolescente.

Ela parou de mexer nas roupas e se virou para me olhar, uma sobrancelha erguida com curiosidade.

— Como assim?

— É que... — tentei organizar os pensamentos — com Dominic, mesmo quando eu ainda acreditava que nós nos amávamos genuinamente, sempre foi algo mais... prático.

— Prático? — Lívia repetiu, vindo sentar-se na beirada da cama.

Suspirei, tentando encontrar as palavras certas para explicar algo que eu mesma estava apenas começando a entender.

— É como se fosse um relacionamento... adulto. Não que isso fosse necessariamente ruim, mas era aquela coisa de dividir responsabilidades a ponto delas tomarem conta de toda a nossa vida, sabe? Conversas sobre investimentos, sobre quais eventos sociais comparecer, sobre quando seria o momento certo para ter filhos baseado em nossas agendas. Tudo calculado, planejado, estruturado.

Lívia acenou, me encorajando a continuar.

— Com Marco é diferente — continuei, sentindo meu rosto esquentar ligeiramente. — É como se eu tivesse caído dentro de um romance italiano. Como Romeu e Julieta.

Lívia riu, um som genuinamente divertido que encheu o quarto.

— Foi uma péssima escolha de exemplo, Maitê. Eles morrem no final!

Ri de volta, balançando a cabeça pela minha própria falta de tato.

— É verdade! Não consegui pensar em nenhum outro romance italiano no momento.

— Que tal... — Lívia começou, mas foi interrompida por batidas na porta.

— Maitê? — a voz de Marco soou do corredor. — Você está pronta?

— Estou sim! — respondi, levantando da cama e pegando um casaco leve que havia deixado sobre uma cadeira.

Marco havia planejado um piquenique para nós dois em uma parte mais isolada da propriedade, longe da casa principal e da movimentação da família. Ele carregava uma cesta de vime e uma toalha xadrez debaixo do braço. Estava vestindo uma camisa azul clara que realçava perfeitamente seus olhos, e quando me viu, seu rosto se iluminou com aquele sorriso que sempre fazia meu estômago dar cambalhotas.

Caminhamos pelos olivais até chegarmos a uma pequena colina que oferecia uma vista deslumbrante de toda a propriedade e das montanhas ao fundo. Marco estendeu o cobertor na grama macia debaixo de uma oliveira antiga, e começamos a tirar coisas da cesta.

Havia pão italiano fresco, queijos locais, frutas coloridas, e até mesmo uma garrafa de suco de uva espumante para mim - Marco havia pensado em cada detalhe, incluindo o fato de que eu não podia beber álcool.

Mas quando começamos a comer, percebi que estava fazendo combinações absolutamente estranhas. Peguei uma fatia de pêssego, coloquei queijo gorgonzola por cima e finalizei com um pouco de mel, antes de dar uma mordida satisfeita.

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