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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 415

~ MARCO ~

Acordei com Maitê se mexendo inquietamente ao meu lado. O relógio digital na mesa de cabeceira marcava duas e quarenta e cinco da madrugada, e ela estava claramente lutando para encontrar uma posição confortável na cama. Se virava para um lado, depois para o outro, suspirava, ajeitava o travesseiro, e recomeçava todo o ciclo.

— Está tudo bem? — perguntei baixinho, me virando para encará-la na penumbra do quarto.

— Sim — respondeu rapidamente, mas continuou se remexendo sem conseguir ficar parada.

Observei por mais alguns minutos enquanto ela mudava de posição repetidamente, claramente agitada por algo. Era óbvio que não estava conseguindo dormir, e isso me preocupava. Depois de tudo que ela havia passado nas últimas semanas, o descanso era essencial.

— Maitê — disse suavemente, colocando uma das mãos no braço dela para tentar acalmá-la. — Você não deve se preocupar tanto. Estamos cuidando de tudo, ninguém pode te machucar aqui. Você está segura, o bebê está seguro...

— Não é isso — ela me interrompeu, sua voz carregada de uma frustração que me pegou desprevenido.

— O que é então? — perguntei, me apoiando no cotovelo para olhá-la melhor. — Pode desabafar comigo. O que está te incomodando?

Houve uma pausa longa, e mesmo na escuridão pude ver que ela estava constrangida.

— É que... — começou hesitante — estou com uma vontade incontrolável de comer algo completamente bizarro e potencialmente difícil de achar na Toscana. E isso não me deixa dormir. É como se meu cérebro simplesmente não conseguisse pensar em outra coisa.

Não consegui segurar uma risada baixa. Desejos de grávida. Claro.

Me levantei da cama procurando por roupas no escuro.

— O que você está fazendo? — ela perguntou, se sentando na cama e me observando pegar uma calça jeans.

— Vou buscar — respondi simplesmente, vestindo a calça e procurando por uma camisa.

— Buscar? — sua voz subiu uma oitava. — Essa hora? Marco, isso é impossível. São quase três da manhã!

— Volta a dormir — disse, já me dirigindo para a porta. — Logo eu volto.

— Mas Marco, eu nem te disse o que eu quero!

Parei na porta e me virei para ela.

— Então me diz.

— Tapioca com sorvete de coco e goiabada — ela disse rapidamente, como se as palavras tivessem saído antes que pudesse mudar de ideia. — Eu sei que soa maluco, mas é exatamente isso que eu preciso comer agora.

— Não soa maluco — menti, tentando não demonstrar o quão peculiar aquela combinação realmente era. — Volto já.

A verdade era que soara completamente maluco, mas também era verdade que eu faria qualquer coisa para vê-la dormir tranquila. Se ela queria tapioca com sorvete de coco e goiabada às três da manhã, então era isso que ela teria.

Saí da casa silenciosamente, tomando cuidado para não acordar ninguém, e entrei no meu carro. A viagem até Florença levaria cerca de uma hora, mas conhecia pessoas que poderiam me ajudar mesmo no meio da madrugada.

Durante o trajeto pelas estradas vazias da Toscana, liguei para Roberto, um chef que trabalhava em um dos restaurantes que frequentávamos e que me devia alguns favores. Demorou vários toques para ele atender, e quando finalmente o fez, sua voz estava claramente sonolenta.

— Marco? Que merda, são três e meia da manhã...

— Roberto, preciso de um favor urgente — interrompi. — Preciso de polvilho doce, leite de coco, sorvete de coco e goiabada brasileira. Agora.

Capítulo 415 1

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