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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 420

~ MAITÊ ~

— Preciso de ingredientes frescos se vou cozinhar para a Anne e o Nate — disse para Marco enquanto terminava meu café da manhã. — Quero fazer tudo pessoalmente, não apenas pedir delivery, nem deixar para a cozinheira.

Marco sorriu, dobrando o jornal italiano que estava lendo.

— Quer ir ao Mercato Centrale? É o melhor lugar para encontrar ingredientes de qualidade, e fica perto do centro histórico. Podemos aproveitar e dar uma volta pela cidade.

A ideia me animou imediatamente. Há semanas que queríamos fazer esse tipo de passeio mais relaxado, mas sempre havia alguma preocupação ou tensão que nos impedia. Agora, depois do momento mágico de ontem quando sentimos o bebê se mexer pela primeira vez, havia uma leveza diferente entre nós.

— Perfeito — respondi, já me levantando para buscar uma bolsa. — Estou ansiosa para conversar com a Anne sobre a gravidez. Imagina, ela já está na semana 35! Deve ter tantas histórias para contar.

Saímos de casa caminhando pelas ruas de paralelepípedos de Florença. Era uma manhã fria de inverno, mas o céu estava claro e o sol pálido criava uma luz dourada que se refletia nas pedras molhadas da chuva da noite anterior. Eu estava envolvida em um casaco grosso e mesmo assim sentia o ar gelado nas bochechas. O aroma de pão fresco das padarias locais se misturava com o cheiro característico do inverno italiano. Marco conhecia cada esquina, cada atalho, e me guiava com a confiança de quem havia crescido explorando essas ruas em todas as estações.

— Ali era onde eu comprava gelato quando era pequeno — comentou, apontando para uma gelateria antiga com fachada verde desbotada. — A signora Benedetta sempre me dava uma bola extra quando minha mãe não estava olhando.

Observei seu perfil enquanto ele falava, notando como seus olhos se iluminavam ao compartilhar essas memórias. Havia algo profundamente atraente na maneira como ele se movia pelas ruas familiares, uma confiança natural que me fazia sentir segura ao seu lado.

Quando chegamos ao mercado, fiquei maravilhada com a explosão de cores e aromas. Barracas repletas de produtos de inverno - raízes douradas, cogumelos aromáticos, queijos curados dispostos como obras de arte. Marco negociou com os vendedores em italiano fluente, suas mãos gesticulando expressivamente enquanto escolhia os melhores ingredientes.

Havia algo hipnotizante na maneira como ele se movia. Mesmo com o casaco de lã escura que usava contra o frio de janeiro, quando se inclinou sobre uma barraca para examinar os cogumelos porcini, pude imaginar perfeitamente a linha de músculos das costas que conhecia por baixo do tecido. Quando ergueu uma caixa pesada, arregaçando brevemente as mangas, observei a força dos antebraços e me peguei imaginando sentir aquelas mãos segurando meu corpo com a mesma firmeza.

Tentei me concentrar na compra dos ingredientes, mas minha atenção continuava derivando para pensamentos perigosos. A maneira como ele passava a mão pelos cabelos quando estava concentrado me fazia imaginar meus próprios dedos fazendo o mesmo movimento. Como sua mandíbula se tensionava ligeiramente quando provava um queijo - e eu pensando em beijar aquela linha masculina. O sorriso genuíno que oferecia aos vendedores me lembrava de como ele sorria nos momentos mais íntimos entre nós.

— Que tipo de massa você quer fazer? — perguntou, se aproximando com um pacote de farinha tipo 00.

— Bem diferente de São Paulo — ele concordou, seus olhos azuis brilhando com diversão. — Às vezes ainda não acredito que estamos aqui juntos.

A maneira como disse "juntos" fez algo se contrair dentro do meu peito. Havia uma intimidade implícita na palavra que me fez pensar em todas as formas que ainda não havíamos explorado completamente essa união desde que nos casamos.

De volta ao apartamento, enquanto guardávamos as compras na cozinha, percebi que mal conseguia me concentrar na tarefa. Cada movimento dele parecia carregado de uma energia que eu estava absorvendo de uma forma completamente nova. Quando ele se inclinou para guardar uma garrafa de azeite no armário baixo, quando esticou o braço para alcançar uma prateleira alta, quando simplesmente ficou parado organizando os tomates na bancada.

Foi quando ele se virou e me pegou observando-o que a realização me atingiu completamente. Não conseguia parar de pensar nele daquela forma. Meu corpo estava reagindo a cada pequeno gesto, a cada proximidade casual, como se fosse a primeira vez que realmente o estava vendo como homem.

Os hormônios da gravidez estavam me deixando completamente louca, e Marco Bellucci era o foco involuntário de toda essa nova intensidade que eu nem sabia que possuía.

Merda, eu queria muito aquele homem!

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