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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 423

~ MARCO ~

Caminhei até a porta com passos pesados, cada músculo do meu corpo ainda tenso de frustração sexual. Minha mente estava dividida entre a irritação de ter sido interrompido no pior momento possível e a determinação de me livrar rapidamente de quem quer que fosse para poder voltar para Maitê.

Quando abri a porta, encontrei Signora Margherita parada no corredor, carregando sua bolsa de trabalho habitual e uma expressão de determinação inabalável no rosto enrugado.

— Buongiorno, Signore Marco — disse em italiano rápido, empurrando-se para dentro antes mesmo que eu pudesse processar completamente sua presença.

— Signora Margherita — respondi, ainda atordoado. — Mas eu desmarquei hoje. Falei que íamos cozinhar nós mesmos.

Ela balançou a cabeça energicamente, suas mãos pequenas já removendo o casaco como se a discussão já estivesse encerrada.

— No, no, no. Oggi è martedì. Terça é meu dia. Io lavoro sempre il martedì — disse, misturando italiano com português da forma peculiar que sempre fazia quando queria deixar algo absolutamente claro.

— Mas Signora...

— Niente ma! — interrompeu, erguendo uma das mãos pequenas mas autoritárias. — Io sono qui per lavorare. Você me paga terça, eu trabalho terça. È semplice!

Antes que pudesse argumentar mais, ouvi passos atrás de mim. Maitê apareceu no hall, completamente vestida novamente - havia colocado uma blusa limpa e arrumado o cabelo como se nada tivesse acontecido. Mas eu podia ver nos seus olhos a mesma frustração sexual que estava sentindo.

— O que está acontecendo? — perguntou, olhando entre mim e a empregada idosa.

— A Signora Margherita insiste que hoje é dia de trabalho dela — expliquei, passando uma das mãos pelos cabelos. — Mesmo eu tendo desmarcado.

Maitê olhou para a empregada, que havia começado a caminhar determinadamente em direção à cozinha, e depois de volta para mim. Por um momento, vi uma expressão pensativa passar pelo seu rosto.

— Bem — disse finalmente, um pequeno sorriso aparecendo no canto da boca — depois da confusão que fizemos na cozinha, não seria nada mal ter alguém experiente para limpar e fazer o jantar. Ainda mais com esse cheiro de queimado.

Foi então que percebi. No calor do momento, havíamos completamente esquecido das panelas no fogo. O aroma de molho queimado estava começando a se espalhar pelo apartamento, misturado com o cheiro de farinha espalhada e ovos derramados.

— Merda — murmurei, correndo em direção à cozinha atrás de Signora Margherita.

Quando chegamos, a empregada já estava parada no meio do que parecia um campo de batalha culinário. Panelas fumegando no fogão, farinha espalhada por toda a bancada, ovos quebrados no chão, molho de tomate salpicado por todo lado. A blusa manchada de Maitê ainda estava jogada sobre uma cadeira como evidência incriminatória do que havia acontecido ali.

Signora Margherita se virou para nós com uma expressão que conseguia ser simultaneamente divertida e exasperada.

— Madonna mia! — exclamou, gesticulando dramaticamente para o caos ao nosso redor. — Che cosa è successo qui? Parece um tornado!

Ela riu, colocando uma das mãos no meu peito para me manter à distância.

— É estranho com outra pessoa na casa — disse, suas bochechas corando ligeiramente.

Me inclinei e beijei seu pescoço, exatamente no ponto que sabia que a afetava mais.

— Deixamos para depois então — murmurei contra sua pele, sentindo-a estremecer.

— Marco — meu nome saiu como um suspiro.

— Hmm?

— Depois — confirmou, mas sua voz não soava nem um pouco convincente.

Naquele momento, ouvimos outra exclamação vinda da cozinha, seguida pelo som de panelas sendo energicamente esfregadas. Signora Margherita claramente havia descoberto mais evidências do nosso... episódio culinário.

— Acho que ela vai precisar de um aumento depois de hoje — comentei.

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