~ MARCO ~
Caminhei até a porta com passos pesados, cada músculo do meu corpo ainda tenso de frustração sexual. Minha mente estava dividida entre a irritação de ter sido interrompido no pior momento possível e a determinação de me livrar rapidamente de quem quer que fosse para poder voltar para Maitê.
Quando abri a porta, encontrei Signora Margherita parada no corredor, carregando sua bolsa de trabalho habitual e uma expressão de determinação inabalável no rosto enrugado.
— Buongiorno, Signore Marco — disse em italiano rápido, empurrando-se para dentro antes mesmo que eu pudesse processar completamente sua presença.
— Signora Margherita — respondi, ainda atordoado. — Mas eu desmarquei hoje. Falei que íamos cozinhar nós mesmos.
Ela balançou a cabeça energicamente, suas mãos pequenas já removendo o casaco como se a discussão já estivesse encerrada.
— No, no, no. Oggi è martedì. Terça é meu dia. Io lavoro sempre il martedì — disse, misturando italiano com português da forma peculiar que sempre fazia quando queria deixar algo absolutamente claro.
— Mas Signora...
— Niente ma! — interrompeu, erguendo uma das mãos pequenas mas autoritárias. — Io sono qui per lavorare. Você me paga terça, eu trabalho terça. È semplice!
Antes que pudesse argumentar mais, ouvi passos atrás de mim. Maitê apareceu no hall, completamente vestida novamente - havia colocado uma blusa limpa e arrumado o cabelo como se nada tivesse acontecido. Mas eu podia ver nos seus olhos a mesma frustração sexual que estava sentindo.
— O que está acontecendo? — perguntou, olhando entre mim e a empregada idosa.
— A Signora Margherita insiste que hoje é dia de trabalho dela — expliquei, passando uma das mãos pelos cabelos. — Mesmo eu tendo desmarcado.
Maitê olhou para a empregada, que havia começado a caminhar determinadamente em direção à cozinha, e depois de volta para mim. Por um momento, vi uma expressão pensativa passar pelo seu rosto.
— Bem — disse finalmente, um pequeno sorriso aparecendo no canto da boca — depois da confusão que fizemos na cozinha, não seria nada mal ter alguém experiente para limpar e fazer o jantar. Ainda mais com esse cheiro de queimado.
Foi então que percebi. No calor do momento, havíamos completamente esquecido das panelas no fogo. O aroma de molho queimado estava começando a se espalhar pelo apartamento, misturado com o cheiro de farinha espalhada e ovos derramados.
— Merda — murmurei, correndo em direção à cozinha atrás de Signora Margherita.
Quando chegamos, a empregada já estava parada no meio do que parecia um campo de batalha culinário. Panelas fumegando no fogão, farinha espalhada por toda a bancada, ovos quebrados no chão, molho de tomate salpicado por todo lado. A blusa manchada de Maitê ainda estava jogada sobre uma cadeira como evidência incriminatória do que havia acontecido ali.
Signora Margherita se virou para nós com uma expressão que conseguia ser simultaneamente divertida e exasperada.
— Madonna mia! — exclamou, gesticulando dramaticamente para o caos ao nosso redor. — Che cosa è successo qui? Parece um tornado!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Cadê o restante do livro? Parou no capítulo 449....
Estava lendo sem pedir para comprar com moedas, e desde o capítulo 430 já não consigo mais. Fiquei bem chateada!...
A melhor foi a história da Zoey e Christian mesmo. Foi a mais emocionante....
Site tá uma porcaria cheio de propagandas que não tinha antes, atrapalhando a leitura....
21984019417...
Alguém mais está dando erro nos capitulos 426, 427 e 428?...
Cadê o capítulo 85 🥲...
Queria o final. Como faço?...
O meu travou no 406, mais as moedas estão sumindo...
O meu travou no 325...