~ MAITÊ ~
Signora Margherita havia feito milagres. Quando Anne e Nate chegaram às oito da noite, o apartamento estava impecável e um aroma delicioso de risotto com cogumelos porcini perfumava todo o ambiente. Marco e eu estávamos arrumados - ele com uma camisa social azul escura que realçava seus olhos, e eu com um vestido preto que acomodava discretamente minha barriga.
— Maitê! — Anne exclamou assim que a porta se abriu, me envolvendo em um abraço caloroso que teve que ser cuidadosamente calculado para acomodar nossas duas barrigas.
Ver Anne pessoalmente depois de meses foi surpreendente. Ela estava radiante, com aquele brilho característico da gravidez, mas também visivelmente maior do que eu lembrava. Com 35 semanas, sua barriga era impressionante, e ela se movia com aquela graciosidade cuidadosa de quem está acostumada a carregar peso extra.
Nate a seguia de perto, uma das mãos sempre posicionada de forma protetora em suas costas ou oferecendo apoio quando ela se sentava. Havia algo profundamente tocante na maneira como ele antecipava cada movimento dela, como conhecia instintivamente quando ela precisava de um travesseiro para as costas ou quando deveria buscar um copo d'água.
— Você está linda — Anne disse, me examinando com aprovação. — A gravidez te favorece muito.
— Obrigada — respondi, observando enquanto Nate ajudava Anne a se acomodar no sofá com uma naturalidade que falava de meses de prática. — Vocês dois parecem... perfeitos juntos.
E era verdade. Havia uma sincronia entre Anne e Nate que me fez perceber o quanto Marco e eu ainda estávamos aprendendo a navegar nossa própria dinâmica. Eles se comunicavam através de olhares, pequenos gestos, toques casuais que demonstravam uma intimidade desenvolvida ao longo do tempo. Marco e eu, por outro lado, ainda estávamos descobrindo os ritmos um do outro, ainda negociando espaços e expectativas.
Durante o jantar, a conversa fluiu naturalmente entre tópicos variados. Nate contou sobre os projetos da Bellucci Europa, Anne compartilhou histórias sobre sua cachorrinha Ginger, e Marco os atualizou sobre a situação da empresa no Brasil após toda a confusão midiática.
— E falando em confusão — Marco disse, tomando um gole de vinho — Christian teve uma ideia absolutamente maluca para levantar o moral da equipe.
— Oh não — Anne riu. — Conheço esse tom. O que ele quer fazer agora?
— — Um acampamento corporativo nas montanhas da Toscana. Em pleno janeiro, com frio e chuva — Marco balançou a cabeça com diversão. — Ele acha que se todo mundo sobreviver ao frio e a neve juntos, vai criar um vínculo inquebrantável entre os funcionários.
Nate quase engasgou com o vinho.
— Vocês realmente vão fazer isso?
— Christian está determinado — Marco suspirou. — Acha que vai ser uma experiência transformadora para todos.
Anne colocou uma das mãos sobre sua barriga enorme e riu.
— Bem, graças a Deus que 35 semanas de gravidez serve perfeitamente como atestado médico para pular fora dessa. Imagina eu tentando entrar numa barraca do tamanho que estou.
— Você não perderia muita coisa — comentei. — Nunca fui muito de acampamento mesmo.
— Nem eu — Anne concordou. — Prefiro muito mais um hotel com serviço de quarto e banheiro privativo.
A conversa derivou naturalmente para tópicos relacionados à gravidez. Anne e eu comparamos sintomas - ela já havia passado pela fase dos enjoos, mas agora lidava com azia constante e dificuldade para dormir. Eu ainda tinha episódios ocasionais de enjoo, mas principalmente lidava com os desejos alimentares estranhos.
— Ontem eu acordei às duas da manhã querendo desesperadamente comer sorvete de coco com picles — contei, fazendo Anne rir.
— Quer ver aqueles projetos de expansão que te mencionei? — perguntou. — Estão no meu escritório.
— Claro — Nate respondeu, se levantando também.
Marco passou por trás da minha cadeira, colocando brevemente a mão no meu ombro antes de se dirigir para o corredor. Era um gesto simples, mas o toque de seus dedos através do tecido do meu vestido fez meu corpo inteiro reagir imediatamente.
Observei-o caminhando em direção ao escritório, notando a linha elegante de seus ombros, a maneira como sua calça social se ajustava perfeitamente às suas pernas. A memoria da tarde - suas mãos em mim, seus lábios no meu pescoço, a promessa de que "isto não havia acabado" - voltou com força total, fazendo meu pulso acelerar.
Sem perceber, mordi o lábio inferior enquanto meus olhos seguiam cada movimento dele até ele desaparecer no corredor.
— É uma fase bem difícil, não é? — a voz divertida de Anne me fez voltar abruptamente à realidade.
Virei para encontrá-la me observando com um sorriso conhecedor e olhos brilhando de diversão.
— O quê? — perguntei, sentindo meu rosto esquentar.
— O segundo trimestre — ela explicou, ainda sorrindo. — Quando os hormônios ficam completamente loucos e você não consegue parar de pensar em... bem, você sabe.
Eu sabia. Não conseguia parar de pensar em Marco.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...