~ MAITÊ ~
A escuridão dentro do elevador parecia estar ficando mais densa a cada minuto que passava. Mesmo com a luzinha vermelha piscando no painel, eu conseguia ver muito pouco ao meu redor. Estava sentada no chão, encostada na parede dos fundos, tentando controlar minha respiração como Marco havia me ensinado pelo interfone.
A voz dele tinha me acalmado por alguns minutos, mas agora que ele havia parado de falar para conversar com o técnico, o pânico estava voltando. Cada pequeno ruído do elevador - o zumbido elétrico, o rangido ocasional do cabo - fazia meu coração disparar.
Foi quando ouvi um som diferente vindo de cima.
Um ruído metálico, como se alguém estivesse mexendo na parte superior do elevador. Meu sangue gelou. Em minha mente aterrorizada, todas as possibilidades ruins começaram a se formar: e se o elevador estivesse prestes a cair? E se a estrutura estivesse cedendo?
— Não, não, não — murmurei, me pressionando ainda mais contra a parede.
O barulho continuou, agora claramente como se alguém estivesse abrindo algo acima de mim. Na escuridão quase completa, ouvi o som de metal contra metal, seguido por uma leve corrente de ar que não estava lá antes.
Comecei a gritar.
— HELP! AIUTO! — gritei em inglês e italiano, as únicas palavras que consegui formar. — POR FAVOR! ALGUÉM!
— Maitê! — a voz de Marco veio de cima, clara e próxima. — Calma, sou eu! Fica calma!
— Marco? — murmurei, ainda tremendo.
— Sim, sou eu. Vou descer aí com você, ok?
Ouvi movimentos acima, e então vi uma silhueta descendo pela abertura que havia sido criada no teto do elevador. Em segundos, Marco estava ali comigo, no chão do elevador, puxando-me imediatamente para seus braços.
Enterrei o rosto no peito dele, sentindo seu perfume familiar. Seus braços me envolveram completamente, uma mão acariciando meus cabelos enquanto a outra me segurava firmemente contra ele.
— O que você está fazendo? — perguntei contra seu peito, minha voz ainda tremula.
— Se você tem medo de ficar aqui sozinha — ele respondeu simplesmente — então eu vou ficar com você.
— Mas... eles não vão me tirar daqui?
— Estão trabalhando nisso — disse, ajustando nossa posição para que eu ficasse mais confortável encostada nele. — Mas agora você só precisa se acalmar. Não está mais sozinha.
— É difícil — admiti, tentando controlar a respiração irregular. — Eu sei que é só um elevador, eu sei que é temporário, mas...
— Mas te lembra do armário — ele completou gentilmente.
Assenti contra seu peito.
— Meu pai bebia muito numa época — comecei, surpresa comigo mesma por continuar falando sobre isso. — Quando os parques começaram a declinar muito e o dinheiro já não era mais como antes. Ele e minha mãe viviam brigando porque ele também a traía, então eram sempre gritarias pela casa.
Marco não disse nada, apenas continuou acariciando meus cabelos, me dando espaço para falar.
— Eu me escondia no armário do meu quarto porque tinha medo — continuei. — Qualquer coisa que eu fizesse, até mesmo respirar mais alto, podia ser motivo para atrair a raiva dele. E quando ele bebia... ele batia em mim.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Cadê o restante do livro? Parou no capítulo 449....
Estava lendo sem pedir para comprar com moedas, e desde o capítulo 430 já não consigo mais. Fiquei bem chateada!...
A melhor foi a história da Zoey e Christian mesmo. Foi a mais emocionante....
Site tá uma porcaria cheio de propagandas que não tinha antes, atrapalhando a leitura....
21984019417...
Alguém mais está dando erro nos capitulos 426, 427 e 428?...
Cadê o capítulo 85 🥲...
Queria o final. Como faço?...
O meu travou no 406, mais as moedas estão sumindo...
O meu travou no 325...