~ MARCO ~
A pergunta dela ficou suspensa no ar entre nós, carregada de toda a vulnerabilidade que havíamos compartilhado nos últimos minutos. Quando finalmente respondi, minha voz saiu mais suave do que eu esperava.
— Você não entende? — perguntei, ajustando minha posição para poder olhá-la melhor na penumbra do elevador. — O tempo de me afastar de você já passou.
Senti ela ficar mais tensa em meus braços, como se estivesse se preparando para uma resposta que não queria ouvir.
— Eu tive duas chances — continuei, deixando que a honestidade brutal tomasse conta das minhas palavras. — Uma naquela cama de hotel, depois da primeira noite que passamos juntos. Lembra? Uma quando você me chamou para ir para as Maldivas. Lembra? Você estava desesperada, precisando fugir de tudo, e me pediu para ir contigo para sua lua de mel. Eu deveria ter dito não. Deveria ter deixado você seguir a sua vida e seguido a minha.
A memória era tão vívida que quase conseguia sentir novamente a textura dos lençóis do hotel, o som da respiração dela ao meu lado, o conflito interno que tomou conta de mim.
— Mas eu pensei: tá, o sexo foi incrível e eu quero ela novamente — admiti, fazendo Maitê rir.
— Então você não me deixou ir — Maitê murmurou.
— E depois tive uma segunda chance quando voltamos das Maldivas — continuei. — Quando tudo estava caótico, quando você estava lidando com toda a pressão da sua família e do Dominic. Eu poderia ter simplesmente desaparecido, como havíamos combinado de realmente fazer. Não ter me metido nisso.
Fiz uma pausa, lembrando como essa opção realmente passou pela minha mente por alguns momentos, especialmente depois das fotos ameaçadoras.
— Ao invés disso, eu te pedi em casamento.
Maitê riu.
— O que mudou? — ela perguntou, sua voz curiosa mas sem julgamento.
— Não sei exatamente — respondi com honestidade total. — Só não consegui. Não consegui deixar você ir. Cada vez que pensava em me afastar, em fingir que você não significava nada para mim, algo dentro de mim se recusava completamente.
Passei a mão pelos cabelos dela, um gesto que havia se tornado automático sempre que precisava me acalmar.
— Acho que depois de tantos anos me protegendo de sentir qualquer coisa real por alguém — continuei — quando finalmente aconteceu, foi impossível de ignorar. E eu... eu não quero perder a chance de ser feliz.
— Eu te faço feliz? — a pergunta dela veio baixinho, carregada de uma insegurança que me partiu o coração.
Não pude evitar rir, o som ecoando estranhamente no espaço confinado do elevador.
— Você me deixa irritado a maior parte do tempo — brinquei, sentindo ela se mexer para me dar um tapa de brincadeira. — Teimosa, impulsiva, tem mania de tomar decisões perigosas sem pensar nas consequências...
— Marco! — ela protestou, mas podia ouvir o sorriso em sua voz.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Cadê o restante do livro? Parou no capítulo 449....
Estava lendo sem pedir para comprar com moedas, e desde o capítulo 430 já não consigo mais. Fiquei bem chateada!...
A melhor foi a história da Zoey e Christian mesmo. Foi a mais emocionante....
Site tá uma porcaria cheio de propagandas que não tinha antes, atrapalhando a leitura....
21984019417...
Alguém mais está dando erro nos capitulos 426, 427 e 428?...
Cadê o capítulo 85 🥲...
Queria o final. Como faço?...
O meu travou no 406, mais as moedas estão sumindo...
O meu travou no 325...