~ VIVIANNE ~
A estrada serpenteava pelas colinas da Serra Gaúcha, e eu observava a paisagem de vinhedos que se estendia até onde a vista alcançava. Era irônico estar indo visitar uma propriedade vinícola quando nossa vida havia se tornado um completo caos por causa de outra família do mesmo ramo. Mas Dominic insistira que essa viagem era essencial para seus planos, embora se recusasse a explicar exatamente quais eram esses planos.
— Por que você quer comprar uma vinícola? — perguntei finalmente, quebrando o silêncio que dominava nosso carro há quilômetros. — Você nunca demonstrou interesse por vinho além de beber nas festas. E prefere whisky, até onde sei.
Dominic manteve os olhos fixos na estrada, mas pude ver um sorriso satisfeito brincando nos cantos de sua boca.
— Faz parte do meu plano — respondeu simplesmente, como se isso esclarecesse alguma coisa.
— Que plano, Dominic? — insisti, minha paciência começando a se esgotar. — Você tem me arrastado para reuniões misteriosas, encontros estranhos, e agora estamos indo visitar uma mulher em prisão domiciliar para falar sobre comprar uma propriedade que não faz o menos sentido para os seus negócios adquirir.
Ele finalmente me olhou, e havia algo frio em seus olhos que me fez engolir as próximas palavras de protesto.
— O problema com você, Vivianne, é que não consegue enxergar as coisas a longo prazo — disse com um tom condescendente que me irritou profundamente. — Você está sempre focada no imediato, no que pode resolver hoje. Mas os grandes movimentos levam tempo para se desenvolver.
Antes que eu pudesse responder, chegamos ao portão da propriedade Monteiro. Era impressionante, devo admitir - uma mansão de estilo colonial cercada por hectares de vinhedos bem cuidados. Difícil acreditar que a dona estava enfrentando problemas legais tão sérios.
Fomos recebidos por uma mulher de meia-idade que se apresentou como a governanta e nos conduziu até um elegante escritório onde duas pessoas nos aguardavam. Reconheci Francesca Monteiro imediatamente - mesmo usando roupas casuais e sem a maquiagem elaborada que costumava usar em eventos sociais, ela mantinha aquela postura altiva que sempre fazia os outros se sentirem menosprezados.
Ao seu lado estava um homem de terno que claramente era seu advogado, carregando uma pasta cheia de documentos e uma expressão séria.
— Senhores — o advogado disse assim que entramos — como a senhora Monteiro está cumprindo prisão domiciliar com monitoramento eletrônico, preciso informá-los de que esta visita está sendo registrada para fins legais. Qualquer conversa sobre atividades ilegais resultará no encerramento imediato desta reunião.
— Claro — Dominic concordou facilmente, assumindo uma expressão completamente inocente que eu sabia ser falsa.
O advogado precisava dizer isso, é claro. Mas estava sendo muito bem pago para que qualquer coisa que fosse conversada ali, permanecesse ali.
Francesca nos estudou com olhos calculistas antes de falar.
— Então — disse, recostando-se na cadeira de couro — você disse estar interessado em comprar a vinícola. Acontece que eu não estou interessada em vender.
Ela deixou a frase no ar, esperando que ele completasse.
— Destruir a Bellucci — Dominic disse sem hesitação, e o sorriso em seu rosto era absolutamente predatório. — Sim. E é por isso que eu quero você como sócia. Porque você odeia tanto aquela família quanto eu.
O silêncio que se seguiu foi tenso. O advogado mudou de posição desconfortavelmente, claramente tentando ignorar a direção que a conversa estava tomando. Mas Francesca... Francesca estava completamente absorta.
— Odiar aquela família foi o que me fez parar aqui — ela disse finalmente, levantando a barra da saia ligeiramente para exibir a tornozeleira eletrônica que circundava seu tornozelo. O dispositivo piscava discretamente, lembrando a todos de sua situação legal.
— Dessa vez você vai ter um aliado importante — Dominic insistiu.
— Da outra vez eu também tinha — Francesca replicou com amargura. — Eles estão piores do que eu agora. Pelo menos estou presa em casa. Uma delas está presa em uma cadeira de rodas e o outro em uma cela da prisão precária.
Dominic se inclinou ainda mais para frente, e quando falou, sua voz carregava uma promessa sombria.
— E talvez você vá continuar aí por alguns anos. Mas... não vai ser muito mais satisfatório sabendo que você teve sua vingança?

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...