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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 436

~ MARCO ~

O Range Rover estava perfeitamente equipado para nossa pequena expedição às montanhas toscanas. Quando Christian sugeriu esse acampamento competitivo, imaginei que seria um desastre completo, mas olhando pelo retrovisor para o grupo que levava comigo, talvez não fosse tão terrível assim.

— Marco, você tem certeza de que esse GPS está funcionando? — Mia perguntou do banco de trás, olhando desconfiadamente para a tela. — Porque parece que estamos indo para o meio do nada.

— É exatamente para o meio do nada que vamos — respondi, ajustando o retrovisor para ver melhor a estrada serpenteante que se erguia pelas colinas. — Christian acha que uma competição isolada nas montanhas vai fazer a equipe Bellucci Itália se unir como nunca.

Maitê riu baixinho ao meu lado, uma mão apoiada discretamente sobre a barriga.

— Pelo menos o carro tem aquecimento — comentou, observando a paisagem coberta por uma fina camada de geada matinal. — E não estamos de barraca como alguns grupos corporativos fazem.

— Obrigado por isso — Lívia disse do banco de trás, claramente aliviada. — Quando Luca mencionou acampamento competitivo, imaginei que teria que dormir no chão gelado comendo comida de campanha.

— Você ainda vai comer ao ar livre — Luca observou, consultando algumas anotações no celular. — Mas pelo menos será comida preparada por chefs especializados em atividades outdoor.

Notei pelo retrovisor como Lívia prestava atenção quando meu irmão falava, embora de forma discreta.

— Desde quando você sabe os detalhes do acampamento? — Mia perguntou para Luca com uma sobrancelha erguida.

— Desde que Christian me ligou ontem à noite para confirmar equipamentos — Luca respondeu casualmente. — Aparentemente, algumas atividades envolvem rappel e escalada.

— Rappel?! — Maitê se virou para me olhar com alarme. — Ninguém mencionou rappel quando vocês me convenceram a vir!

— Você não vai fazer rappel — assegurei rapidamente, tocando sua mão. — Christian pode ser obcecado com competição, mas ele não é maluco o suficiente para colocar uma mulher grávida numa corda pendurada numa montanha.

— Enquanto todo mundo está se arriscando nas montanhas, Maitê e eu vamos estar supervisionando de uma posição segura — Mia declarou alegremente.

— Que conveniente da sua parte — comentei, conhecendo bem as táticas de fuga da minha irmã.

— Alguém precisa garantir que nossa equipe não perca pontos por imprudência — ela respondeu com falsa seriedade.

— Muito nobre — Luca comentou com ironia sutil.

— Eu sou uma pessoa estratégica — Mia retrucou, fazendo Lívia sorrir discretamente.

— Quanto tempo ainda? — Maitê perguntou, olhando pela janela para a paisagem cada vez mais selvagem.

— Uns quarenta minutos — respondi, verificando o GPS. — Estamos quase chegando na região do parque.

— E quanto tempo vamos ficar competindo? — ela continuou, com um tom que sugeria apreensão sobre a intensidade.

— Três dias — respondi. — Chegamos hoje, check-in e primeira atividade. Sábado e domingo são os dias principais de competição. Voltamos domingo no final da tarde.

— Três dias competindo nas montanhas em janeiro — Mia suspirou. — Christian realmente perdeu o juízo.

— As acomodações são aquecidas — Luca assegurou. — Cabanas com banheiros privativos.

— Como você sabe tanto? — Lívia perguntou com curiosidade genuína.

— Porque eu ajudei Christian a escolher o local — Luca admitiu. — Ele queria algo desafiador, mas não queria que ninguém morresse de hipotermia no processo.

— Então você é parcialmente responsável por essa loucura — acusei meu irmão.

— Parcialmente responsável por garantir que vocês não durmam em barracas geladas — ele corrigiu. — De nada.

— Pelo menos alguém pensou na logística básica — Maitê disse, visivelmente aliviada.

— Na verdade — Lívia disse, puxando algumas folhas de papel da bolsa — eu consegui algumas informações sobre o formato da competição. Querem ouvir?

— Isso soa menos físico — Maitê disse, aliviada.

— E provavelmente mais estratégico — acrescentei. — O tipo de coisa onde nossa experiência pode fazer diferença.

— Exatamente — Luca concordou. — Eles dividiram bem as atividades. Não é só sobre resistência física.

— Ainda assim — Lívia disse pensativamente — vai ser interessante competir contra outras vinícolas. Imagino quem sejam.

— Menos de meia hora e descobrimos — respondi, notando como a estrada estava ficando mais estreita e selvagem.

A paisagem ao redor havia mudado completamente. Saímos das colinas cultivadas para um terreno mais acidentado, com pinheiros cobrindo encostas íngremes e pequenos riachos correndo entre as pedras. Era bonito, mas definitivamente isolado.

— Ali — Mia apontou para frente. — Tem uma placa.

Diminui a velocidade quando nos aproximamos de uma bifurcação na estrada. Uma grande placa de madeira rústica indicava três direções diferentes, cada uma com o nome de uma empresa.

Seta para a esquerda: "ACAMPAMENTO BELLUCCI" Seta para o centro: "ACAMPAMENTO ROSSINI" Seta para a direita: "ACAMPAMENTO MONTEIRO"

Senti meu sangue gelar quando li o terceiro nome.

— Monteiro — murmurei, minha voz carregada de uma tensão que não consegui disfarçar.

— Você conhece essa vinícola? — Maitê perguntou, notando imediatamente minha mudança de humor.

Olhei fixamente para a placa, processando as implicações. Francesca Monteiro. A mulher que havia tentado destruir Christian e Zoey. E agora estávamos prestes a passar três dias competindo diretamente contra eles nas montanhas isoladas da Toscana.

— Sim — respondi secamente, pegando a direção à esquerda. — Eu conheço os Monteiro.

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