Resumo de Capítulo 44 – Uma virada em Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário de GoodNovel
Capítulo 44 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário, escrito por GoodNovel. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
As palavras de Giuseppe ficaram suspensas no ar enquanto eu tentava manter a compostura. Minha mente corria freneticamente, buscando uma resposta apropriada que não soasse como uma mentira descarada nem revelasse a verdade dolorosa.
— Espero que tenha tido uma boa viagem — comentei, optando por mudar de assunto. — Espero que tenha tido uma boa viagem.
Giuseppe ofereceu seu braço, guiando-me em direção à sala de estar. Notei que seus passos eram mais vagarosos do que me lembrava, como se cada movimento exigisse um esforço calculado.
— A viagem foi... produtiva — respondeu ele, sua voz carregando uma nuance que não consegui interpretar. — Por favor, sente-se. Vou pedir que nos tragam um pouco daquele chá que você gostou da última vez.
Acomodei-me no sofá enquanto Giuseppe fazia um sinal discreto para uma das empregadas. A familiaridade com que me tratava, como se eu já fosse parte da família, apertava meu coração. Ele se lembrava do chá que eu havia gostado. Um detalhe tão pequeno, mas tão significativo.
— Você e Christian já começaram a pensar nas datas? — perguntou após se recompor, como se a tosse não tivesse acontecido. — Para o casamento, quero dizer. Sinto muito que minha viagem tenha atrasado tudo.
Meu estômago afundou. Como Christian pôde deixar seu avô acreditar nessa mentira por tanto tempo? O que ele estava esperando?
— Nós... ainda estamos conversando sobre isso — respondi cuidadosamente. — Há muitas considerações.
— Claro, claro. — Ele assentiu, compreensivo. — Mas não demorem muito. A vida é preciosa demais para desperdiçarmos com indecisões, não concorda?
Havia algo em seu tom, uma urgência velada que me fez observá-lo mais atentamente. As olheiras pronunciadas, a palidez sutil, a forma como ocasionalmente levava a mão ao peito, como se para acalmar uma dor. Giuseppe Bellucci não estava bem.
— O senhor está se sentindo bem? — perguntei suavemente.
Um sorriso cansado cruzou seu rosto.
— Apenas o peso dos anos, minha querida. Nada com que se preocupar.
A empregada retornou com o chá, salvando-nos temporariamente da conversa delicada. Enquanto ela servia, notei Giuseppe discretamente retirando um pequeno frasco de comprimidos do bolso interno do paletó. Ele tomou um rapidamente, tentando esconder o movimento atrás da xícara.
Era hora de mudar de assunto.
— Como foram os negócios na Itália? — perguntei quando finalmente ficamos sozinhos novamente. — Christian mencionou que era uma viagem importante.
Giuseppe ergueu uma sobrancelha, estudando-me por um momento que pareceu se estender infinitamente.
— Christian não contou a você a verdade, não é?
— Aparentemente Christian esconde muitas verdades — murmurei, incapaz de conter a ponta de amargura.
Para minha surpresa, Giuseppe riu. Um riso breve, quase amargo, que terminou em outra tosse disfarçada.
— Não fique brava com ele — disse ele, recuperando o fôlego. — O segredo foi a meu pedido. Achei que quanto menos pessoas soubessem, melhor seria para todos.
Franzi o cenho, confusa. De que segredo estávamos falando?
— Não entendo...
— A Itália tem alguns dos melhores especialistas do mundo — continuou ele, sua voz mais baixa agora. — Fui para uma consulta com um cardiologista renomado. Os médicos aqui já tinham esgotado as opções e...
Ele parou abruptamente, levando a mão ao peito novamente. Desta vez, porém, o gesto foi mais brusco, seus dedos agarrando o tecido da camisa com força.
— Senhor Bellucci? — chamei, alarmada.
Seu rosto, antes apenas pálido, agora adquiria um tom acinzentado. A respiração, antes tranquila, tornou-se entrecortada, difícil. Os olhos, tão vivos momentos antes, agora estavam arregalados, uma expressão de pânico substituindo a calma habitual.
— Meu... remédio — ele conseguiu dizer, sua voz quase um sussurro. A mão livre apontou fracamente para o paletó que havia sido cuidadosamente dobrado sobre o braço do sofá.
Saltei do meu lugar, revirando os bolsos até encontrar outro frasco, diferente do que ele havia tomado antes. As letras no rótulo confundiram-se diante dos meus olhos enquanto tentava entender a dosagem.
Giuseppe tentou dizer algo, seus lábios se movendo sem produzir som. Sua respiração ficava mais superficial a cada segundo.
— Por favor, vovô — implorou Christian, segurando a mão do idoso entre as suas. — Aguente firme. Por favor.
O desespero em sua voz, a vulnerabilidade crua em seu olhar enquanto segurava a mão do avô... Nesse momento, entendi. Christian não estava apenas preocupado com a herança ou com o legado da vinícola. Seu avô era genuinamente a pessoa mais importante em sua vida, o único que havia estado lá quando todos os outros haviam partido.
— Os paramédicos! — anunciou a empregada, correndo para guiá-los até a sala.
Afastei-me para dar espaço aos profissionais, observando em silêncio enquanto eles rapidamente avaliavam Giuseppe, conectando-o a aparelhos portáteis, administrando medicamentos por via intravenosa.
Christian permaneceu ao lado do avô, recusando-se a soltar sua mão mesmo quando os paramédicos começaram a transferi-lo para a maca. Seu rosto estava transformado pela angústia, qualquer traço de sua máscara habitual completamente ausente.
— Vou com ele na ambulância — disse Christian, já seguindo a equipe para fora.
Apenas então ele pareceu se lembrar de minha presença. Virou-se brevemente, seus olhos encontrando os meus em meio ao caos.
— Zoey... — começou, mas as palavras pareceram falhar.
— Vá — disse firmemente. — Ele precisa de você agora.
Ele assentiu, gratidão evidente em seu olhar, antes de desaparecer pela porta, seguindo a maca que carregava seu avô.
Fiquei ali, sozinha na sala, o chá esquecido esfriando sobre a mesa, enquanto o som da sirene da ambulância se afastava pela estrada da propriedade.
Naquele momento, as palavras duras que havia ouvido pela manhã pareciam distantes, quase pertencentes a outro mundo. A imagem de Christian ajoelhado diante do avô, todas as suas defesas desmoronadas, havia mudado algo fundamental dentro de mim.
Talvez houvesse mais em Christian Bellucci do que eu jamais havia imaginado. E talvez houvesse uma história muito mais complexa por trás daquele acordo que havíamos feito.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário
Já estou no capítulo 279 e o 280 não abre de jeito nenhum, já estou desanimada...
Como faço para comprar e ler o capítulo inteiro...
Não abre mais capítulos nem pagando deprimente...
Quem comprou,todos os capítulos custam 3 moedas ou vai aumentando o valor?...
Eu comprei mas agora dá erro pra acessar alguns capítulos. Desconta as moedas do saldo e mesmo assim não mostra. Não adiantou nada. Só gastei à toa....
Onde compro os capítulos bloqueados??...
Decepcionada, tem pagar pra continuar a ler....
Agora tem que pagar eita...
Sério que tem que pegar??...
Antes esse site era grátis agora tem q pagar,decepcionada...