Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 45

Resumo de Capítulo 45: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário

Resumo do capítulo Capítulo 45 do livro Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário de GoodNovel

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 45, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário. Com a escrita envolvente de GoodNovel, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

A iluminação do hospital era implacável, aquele branco azulado que parecia extrair toda a vida e cor das pessoas. Caminhei pelo corredor estéril, carregando uma pequena sacola térmica com um sanduíche cuidadosamente embrulhado e uma garrafa térmica que pesava na minha mão.

As horas que se seguiram à partida da ambulância haviam sido um borrão. Depois do choque inicial, minha mente entrou em modo automático. Liguei para a recepção do hospital, consegui confirmar que Giuseppe havia sido internado, e decidi que ficar na mansão sozinha, remoendo pensamentos, não ajudaria ninguém.

Encontrei Christian exatamente onde a recepcionista havia indicado - na sala de espera do setor de cardiologia. Sentado sozinho em uma das cadeiras de plástico, os cotovelos apoiados nos joelhos, as mãos enterradas nos cabelos que agora estavam completamente desalinhados. Seu terno impecável estava amarrotado, a gravata ausente, os primeiros botões da camisa abertos.

Ele parecia tão... humano.

Aproximei-me silenciosamente, sentando ao seu lado sem anunciar minha presença. Christian ergueu a cabeça lentamente, os olhos vermelhos e cansados revelando surpresa ao me ver.

— Zoey — murmurou, a voz rouca como se não falasse há horas. — O que você está fazendo aqui?

Coloquei a sacola no espaço entre nós.

— Trouxe algo para você comer. — Tirei o sanduíche embrulhado. — Imaginei que você não sairia daqui nem para buscar comida.

Um sorriso frágil, quase imperceptível, passou pelos seus lábios.

— Obrigado, mas não estou com fome.

— Você precisa se alimentar — insisti gentilmente, abrindo o embrulho. — Não vai ajudar seu avô se desmaiar de fome.

Christian pegou o sanduíche, olhando-o sem realmente ver.

— Como ele está? — perguntei, mantendo a voz baixa.

— Não sei ao certo. — Ele respirou fundo, passando a mão pelo rosto. — Estão fazendo mais exames. Aparentemente foi um episódio de angina severa.

Tirei a garrafa térmica da sacola.

— Trouxe isso também. Achei que precisaria.

Ele encarou a garrafa, mas fez um gesto negativo com a cabeça.

— Nem mesmo o café desce neste momento. Obrigado mesmo assim.

Um pequeno sorriso escapou dos meus lábios enquanto desenroscava a tampa.

— E quem disse que é café?

O olhar de surpresa que Christian me lançou valeu cada segundo do trabalho que tive para encontrar aquela garrafa térmica na cozinha da mansão.

Ele aceitou, o aroma do whisky de qualidade escapando sutilmente quando o levou aos lábios. Um gole longo, a bebida descendo queimando, exatamente o que ele parecia precisar naquele momento.

— É contra as regras do hospital — comentou, mas tomou outro gole mesmo assim.

— Então é bom que eu tenha disfarçado bem.

Permanecemos em silêncio por alguns minutos, Christian alternando entre pequenas mordidas no sanduíche e goles do whisky. A tensão em seus ombros parecia diminuir gradualmente, embora a preocupação permanecesse evidente em cada linha de seu rosto.

— Seu avô mencionou algo sobre a Itália — disse finalmente, quebrando o silêncio. — Sobre médicos. Foi por isso que ele viajou, não foi? Não por negócios.

Christian fechou os olhos brevemente, como se decidindo quanto poderia revelar.

— Sim — admitiu finalmente. — Ele foi consultar um especialista em Roma. Um dos melhores cardiologistas do mundo. — Passou a mão pelo cabelo. — Estamos lidando com isso há quase um ano. No início eram apenas episódios leves, tratáveis com medicação. Mas estão piorando.

— Por que manter em segredo? — perguntei suavemente.

— E se algo acontecer com ele antes disso?

O olhar que Christian me lançou estava carregado de algo que nunca havia visto antes — um medo genuíno.

— O controle passa automaticamente para meu primo Antônio, que é casado há cinco anos. — Sua voz baixou. — Ele nunca se interessou pela vinícola, nunca trabalhou um dia sequer nas vinhas. Mas é casado, então aos olhos do meu bisavô, que estabeleceu essas regras, ele é "estável".

— O que ele faria com a vinícola?

— Venderia. — A palavra saiu como uma sentença de morte. — Imediatamente e pelo maior lance. Já recebemos ofertas de grandes conglomerados internacionais que transformariam a Bellucci em apenas mais uma marca em seu portfólio.

Agora entendia a gravidade da situação. Não era apenas sobre Christian perder sua herança. Era sobre todas as pessoas cujas vidas estavam entrelaçadas com a vinícola.

— Não é só sobre mim — ele continuou, como se lesse meus pensamentos. — São famílias que trabalham conosco há gerações. Pessoas cujos pais e avós ajudaram a construir o que somos hoje. Se Antônio vender, serão centenas de empregos perdidos, tradições desaparecidas, conhecimentos que levaram décadas para serem desenvolvidos... tudo descartado em nome do lucro rápido.

A emoção em sua voz era evidente. Pela primeira vez, vi claramente que, para Christian, a vinícola não era apenas um negócio ou um símbolo de status. Era responsabilidade, era legado, era família no sentido mais amplo da palavra.

— Nunca imaginei... — comecei, mas parei, sem saber exatamente o que dizer.

— Que eu me importasse tanto? — Um sorriso cansado surgiu em seus lábios. — A maioria das pessoas não imagina.

Abri a boca para dizer algo, qualquer coisa que pudesse expressar essa nova compreensão, mas fui interrompida pela chegada de um médico de meia-idade, o jaleco impecavelmente branco contrastando com o cansaço evidente em seu rosto.

— Sr. Bellucci? — chamou ele, aproximando-se de nós.

Christian levantou-se imediatamente, a postura tensa novamente.

— Dr. Mendes. Como ele está?

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário