~ MARCO ~
Acordei antes de Maitê, o que havia se tornado um hábito nos últimos dias. O silêncio da manhã nas montanhas era absoluto, quebrado apenas pelo som distante de pássaros e o crepitar baixo das brasas na lareira. Ela estava aninhada contra meu peito, uma das mãos apoiada sobre minha pele, respirando com a tranquilidade de quem havia dormido profundamente.
Fiquei ali por alguns minutos, apenas observando-a dormir, processando tudo que havia acontecido na noite anterior. Havia algo diferente no ar entre nós, uma intimidade que ia além do físico - embora isso também tivesse sido... intenso. Era como se alguma barreira invisível finalmente tivesse caído.
Cuidadosamente, para não acordá-la, me levantei e fui até o banheiro. O chuveiro quente foi revigorante depois da noite intensa, e me vesti silenciosamente, decidindo fazer algo especial para ela.
Saí da cabana no ar fresco da manhã e caminhei até o refeitório principal. A equipe já estava preparando o café da manhã, e consegui convencer um dos funcionários a me deixar montar uma bandeja especial – café forte, frutas frescas, pães ainda mornos, geleias artesanais e algumas das especialidades locais que sabia que ela apreciaria.
Quando voltei para a cabana, Maitê ainda dormia na mesma posição, seus cabelos escuros espalhados pelo travesseiro, o rosto relaxado e sereno. Coloquei a bandeja cuidadosamente sobre a mesa de cabeceira e me sentei na borda da cama, tocando suavemente seu ombro.
— Bom dia — murmurei quando ela começou a se mexer.
Maitê se espreguiçou, seus olhos ainda sonolentos mas com um brilho que fez meu coração acelerar.
— Bom dia — ela respondeu, sua voz ainda rouca de sono. — Você já está vestido?
— Fui buscar café da manhã — expliquei, gesticulando para a bandeja. — Pensei que você poderia querer comer aqui mesmo, sem pressa.
Ela se sentou, ajeitando os travesseiros atrás das costas, e notei como o lençol deslizou ligeiramente, revelando a curva delicada de seu ombro. Era difícil não me distrair com essas pequenas visões de sua pele.
— Você foi até o refeitório? — perguntou, pegando uma xícara de café e inalando o aroma com satisfação. — Não deveríamos ter ido comer com todos lá?
— Você tem privilégios por estar grávida — respondi casualmente, me servindo também.
Maitê riu, um som genuíno e descontraído que me fez sorrir.
— Não quero privilégios — protestou. — Posso fazer as mesmas coisas que todos os outros. Exceto as mais radicais, claro.
— Tarde demais — declarei, me inclinando para depositar um beijo suave em sua testa. — Vou mimá-la sim, e você vai ter que aceitar.
— Marco... — ela começou, mas eu a interrompi com um beijo mais prolongado nos lábios, saboreando o gosto suave de café em sua boca.
— Sem discussão — murmurei contra seus lábios. — É uma das poucas áreas onde sou inflexível.
Ela riu novamente, mas desta vez havia algo mais tímido em sua expressão. Comemos em silêncio confortável por alguns minutos, eu observando as pequenas expressões que passavam por seu rosto - satisfação com a comida, contentamento com o momento íntimo, e algo mais que parecia pensativo.
— Posso te perguntar uma coisa? — disse finalmente, brincando nervosamente com um pedaço de pão.
— Claro.
— Em que você está pensando? — Maitê perguntou suavemente, me tirando de meus devaneios.
Olhei para ela, notando como o calor da lareira realçava os tons dourados em seus olhos cor de mel, como seus lábios ainda estavam ligeiramente inchados dos beijos da noite anterior.
— Em como você foi corajosa ontem — respondi, desviando de pensamentos mais complexos. — Quebrar aquela garrafa na frente de todo mundo... foi impressionante.
— Ainda não acredito que fiz isso — ela riu baixinho, se aconchegando mais contra mim. — Devo ter parecido completamente louca. Corajosa é sinônimo pra louca.
— Pareceu uma Bellucci defendendo sua família — corrigi, depositando um beijo suave em seus cabelos.
Ela ficou quieta por um momento, e pude sentir que havia algo mais que queria dizer, mas não disse. Talvez fosse melhor assim. Algumas coisas não precisavam ser analisadas ou definidas - podiam simplesmente existir.
— Deve estar na hora de nos prepararmos para a próxima atividade — murmurei, embora a última coisa que eu quisesse fosse sair daquela cama.
— Provavelmente — ela concordou, mas se aproximou ainda mais. — Só mais alguns minutos?
E naquele momento, percebi que não precisávamos de grandes declarações. O que estávamos construindo falava por si só.
— Só mais alguns minutos — concordei.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...