Entrar Via

Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 452

~ MAITÊ ~

A manhã estava gelada, com uma névoa baixa pairando sobre o rio onde aconteceria a atividade de rafting. Eu estava enrolada num casaco grosso e mesmo assim sentia o frio penetrando até os ossos. Zoey estava ao meu lado na área de observação, igualmente agasalhada, mas visivelmente irritada por não poder participar.

— Isso é uma tortura — resmungou, ajeitando a botinha ortopédica. — Ficar aqui parada assistindo enquanto todos se divertem.

— Eu sei como é frustrante — respondi, observando as equipes se preparando. — Mas pelo menos nos mantemos quentinhas.

— Você não está nem um pouco tentada a participar? — Zoey perguntou.

Olhei para o rio, onde pequenas ondas batiam contra as pedras e vapor subia da água gelada.

— Sinceramente? — admiti — estou ligeiramente grata por não participar. Está muito frio, e a ideia de cair nessa água me dá arrepios só de pensar.

Zoey riu, mas negou com a cabeça, claramente desejando estar lá.

— Pelo menos temos entretenimento garantido — disse, apontando para onde Dante estava ajudando a carregar um dos botes. — Se depender do seu reserva ali, ele vai seduzir todas as mulheres da Rossini para fazer com que elas fiquem distraídas demais nesses barcos e esqueçam de remar.

Zoey riu alto, observando como Dante já havia conseguido fazer pelo menos três mulheres da equipe adversária rirem de algo que havia dito.

— Ele é eficiente, admito — comentou.

Ficamos observando os preparativos, mas logo percebi uma dinâmica interessante se desenrolando. Luca estava ajudando Lívia com seu colete salva-vidas, suas mãos demorando mais tempo que o necessário ao redor da cintura dela enquanto ajustava as correias.

— Parece que Dante não é o único sedutor — Zoey observou, tendo notado a mesma coisa. — Luca está sendo bem... solícito.

— É mesmo — concordei, observando como Lívia sorria para Luca de uma forma que definitivamente passava de agradecimento profissional.

— EQUIPES, POSICIONEM-SE! — o organizador gritou através de um megafone.

Cada equipe selecionou dezoito representantes para a prova de rafting. Três botes por equipe foram colocados na água, com seis pessoas cada. Marco comandava o primeiro bote da Bellucci junto com Mia e quatro funcionários. Luca comandava o segundo bote com Lívia, Dante e mais três membros da equipe. Christian ficou com o terceiro bote junto com outros cinco funcionários.

— A PROVA COMEÇA... AGORA!

Os botes saíram rapidamente, remos cortando a água com determinação. A competição era claramente intensa - as equipes não apenas remavam para a vitória, mas também tentavam atrapalhar umas às outras de formas criativas.

— Olha só — Zoey apontou, rindo — o pessoal da Rossini está tentando jogar água no bote da Monteiro!

A disputa era competitiva e ligeiramente violenta, com alguns botes deliberadamente tentando atingir outros com seus remos enquanto todos seguiam rio abaixo em direção à linha de chegada. Era entretenimento puro, e eu estava realmente agradecendo por não estar no meio daquela confusão gelada.

Mas então notei algo errado com o bote de Marco.

— Zoey — disse, apontando — está entrando água.

— O quê? — Zoey se levantou, forçando os olhos para ver melhor à distância.

— Eles estão afundando — insisti, meu coração começando a bater mais rápido.

Não me importei nem um pouco com a desclassificação. Só conseguia pensar em Marco sendo puxado da água, tremendo visivelmente mesmo à distância.

— Vamos — Zoey disse, já mancando na direção da área de chegada. — Eles vão trazê-lo para a margem.

Chegamos ao ponto de resgate bem quando Marco estava sendo ajudado a sair da água. Estava encharcado da cabeça aos pés, tremendo incontrolavelmente, seus lábios quase azuis de frio.

— MARCO! — gritei, correndo na direção dele.

— Ei, ei — um dos paramédicos me interceptou gentilmente mas firmemente. — Ele está molhado e com hipotermia leve. Você não pode se arriscar a pegar uma pneumonia, especialmente grávida.

— Mas ele está bem? — perguntei desesperadamente, tentando ver por cima do ombro do paramédico.

— Ele vai ficar bem — o homem me assegurou. — Mas vamos levá-lo para a ala hospitalar do complexo para aquecê-lo adequadamente e mantê-lo sob observação por algumas horas.

— Posso ir com vocês?

— Melhor não — disse gentilmente. — Pode visitá-lo mais tarde quando ele estiver estabilizado.

Observei impotente enquanto envolviam Marco em cobertores térmicos e o ajudavam a caminhar até um veículo que o levaria para receber cuidados médicos. Ele acenou fracamente para mim antes de desaparecer no veículo, tentando me tranquilizar mesmo em seu estado.

Mas era impossível não me preocupar. Cada fibra do meu ser queria estar ao lado dele, cuidando dele, garantindo pessoalmente que ficasse bem. E não poder fazer isso, não poder nem mesmo tocá-lo, era quase fisicamente doloroso.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )