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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 472

~ MAITÊ ~

Chegamos de volta ao apartamento de Marco em São Paulo no final da tarde, o sol já começando a se pôr e tingindo o céu de tons alaranjados através das janelas amplas. Marco fechou a porta atrás de nós e se virou para mim, sua expressão carregada de preocupação genuína.

— Como você está se sentindo?

A pergunta era simples, mas carregar um peso imenso. Como eu estava me sentindo depois de enterrar meu pai? Depois de ver Dominic interpretando o papel de genro perfeito? Depois do aviso crítico de minha mãe?

— Ainda muito abalada emocionalmente — admiti, sentindo o cansaço de todo o dia pesando sobre meus ombros. — Mas só quero pensar na nossa filha agora. Não posso me estressar mais.

A lembrança da advertência da enfermeira sobre o deslocamento de placenta agravado estava constantemente presente em minha mente. Cada momento de tensão, cada pico de ansiedade, representava um risco potencial para o bebê. Para nossa filha.

Marco concordou com a cabeça e se aproximou, beijando levemente meu ombro num gesto de carinho tão natural que me fez perceber o quanto havia me acostumado com sua presença reconfortante.

— Pode contar comigo no que precisar — disse, sua voz baixa e sincera.

Fechei os olhos por um momento, absorvendo o calor de sua proximidade antes de responder.

— No momento só preciso de um banho bem quente e uma comida de conforto.

Senti Marco sorrir contra meu ombro antes de se afastar.

— Pode aproveitar quanto tempo quiser na banheira — disse. — Eu cuido da parte de pedir alguma coisa gostosa para a gente jantar.

Subi para o banheiro, agradecida pela promessa de alguns momentos de paz. Enchi a banheira com água quente, adicionei alguns sais de banho que havia encontrado no armário, e me deixei afundar na água morna com um suspiro de alívio.

Tentei relaxar, focar apenas nas sensações físicas - a água envolvendo meu corpo, o vapor subindo em pequenas nuvens, o cheiro suave dos sais aromáticos. Mas minha mente não parava de pensar, girando obsessivamente em torno dos eventos do dia.

Por que Dominic não havia falado comigo? Estava ali, a poucos metros de distância, com todas as oportunidades do mundo para se aproximar durante o enterro. Por que não tentou nada? Nenhuma ameaça, nenhuma aproximação intimidadora, nenhuma tentativa de me forçar a voltar?

Será que para ele manter o disfarce de noivo abandonado e perfeito era mais importante do que me intimidar diretamente? Era uma jogada inteligente, reconheci relutantemente. Ao se manter na posição de vítima aos olhos de todos, ele ganhava simpatia e suporte enquanto me pintava como a vilã da história.

— Uma tentativa de assassinato já é intimidador o suficiente, Maitê — murmurei baixinho para mim mesma, a voz ecoando levemente nas paredes de azulejo do banheiro. — Ele não precisa de mais.

Capítulo 472 1

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