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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 473

~ MARCO ~

Estava organizando a comida na bancada da cozinha quando ouvi os passos de Maitê descendo a escada. Virei-me para cumprimentá-la, mas as palavras morreram em minha garganta quando a vi.

Ela estava branca como papel. Completamente pálida, com uma expressão que misturava choque e medo de uma forma que me fez abandonar imediatamente o que estava fazendo.

— O que aconteceu?

Ela olhou para mim, depois para o envelope que segurava nas mãos com tanto cuidado que parecia temer que pudesse explodir a qualquer momento.

— Meu pai me deixou um recado.

Fez uma pausa, engolindo em seco antes de continuar, sua voz saindo mais frágil.

— Não consigo abrir. Não consigo ler.

Franzi a testa, tentando entender o que a estava travando. Era apenas um envelope, uma carta.

— Por quê?

Maitê olhou para o envelope novamente, como se ele contivesse algo perigoso.

— E se for algo ruim? — perguntou, sua voz quebrando ligeiramente. — E se a última coisa dele for algo ruim? Ainda pode me desencadear uma crise de ansiedade que não vai fazer bem para o bebê.

A preocupação dela fazia sentido. Depois de tudo que havia passado nas últimas horas, mais um gatilho emocional poderia realmente ser perigoso. O aviso da médica sobre o deslocamento de placenta ainda ecoava em minha mente.

Pensei por um momento antes de responder, pesando cuidadosamente minhas palavras.

— Você quer rasgar então?

Vi o pânico imediato em seus olhos conforme ela balançava a cabeça negativamente.

— Também não quero fazer isso — disse rapidamente. — São as últimas palavras do meu pai para mim.

Era um dilema impossível. Não conseguia abrir por medo do que pudesse conter, mas também não conseguia destruir porque representava a última conexão com seu pai. Estava presa entre duas escolhas igualmente dolorosas.

— Você pode guardar — sugeri gentilmente. — Manter isso em segurança para o momento em que você consiga lidar com isso. Não importa o tempo que levar. Pode ser daqui a uma semana, um mês, um ano. Quando você estiver pronta.

Maitê concordou lentamente com a cabeça, parecendo absorver a ideia. Era uma solução que não a forçava a fazer uma escolha impossível no momento, mas que também não fechava portas permanentemente.

Ela ficou ali parada por alguns segundos, olhando para o envelope, antes de claramente tentar mudar de assunto.

— O que tem para jantar?

Reconheci a tática de desvio, mas decidi seguir sua liderança. Se ela precisava de normalidade agora, eu poderia oferecer isso.

— Pedi comida caseira brasileira — respondi, gesticulando para os recipientes na bancada. — Strogonoff de frango, arroz, batata palha. Nada muito pesado, mas gostoso.

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