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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 475

~ MARCO ~

— Se acalma — disse imediatamente, colocando minha mão sobre a dela. — Fui eu quem pediu para parar.

Maitê se virou para mim, surpresa estampada no rosto.

— Você... pediu?

Apontei para baixo, para a cidade se espalhando abaixo de nós como um mapa iluminado.

— Parece tudo tão pequeno lá embaixo, não parece?

Ela seguiu meu olhar e um pequeno sorriso começou a aparecer em seus lábios. Riu suavemente, concordando com a cabeça.

— A roda-gigante era um dos meus brinquedos favoritos na infância porque sempre me fazia sentir uma gigante.

Rimos juntos, e aproveitei o momento para continuar com o que havia planejado.

— É isso — disse. — Às vezes a gente precisa de uma mudança de perspectiva. Encarar nossos problemas como se eles fossem formiguinhas e nós fôssemos... gigantes.

Maitê franziu a testa, curiosa.

— O que você quer dizer com isso?

Tirei o envelope do bolso do meu casaco, aquele que ela havia descoberto no dia anterior e não conseguira abrir. Segurei-o entre nós, observando o reconhecimento imediato em seus olhos.

— Qualquer coisa que tenha aqui dentro pode ser simplesmente esquecida aqui, neste momento — expliquei cuidadosamente. — Ou pode voltar para casa dentro do seu coração. É você quem decide se quer que o que tenha aqui seja apenas... uma formiguinha. Mas o que é inegável é que você é uma gigante.

Vi Maitê processar minhas palavras, seus olhos alternando entre o envelope e meu rosto. Havia medo ali, mas também algo que se parecia com coragem começando a emergir.

Ela refletiu por alguns segundos que pareceram eternos, antes de confirmar com a cabeça bem de leve. Quando falou, sua voz era quase um sussurro:

— Lê para mim.

Concordei, respirando fundo antes de rasgar cuidadosamente o envelope para abrir. Desdobrei o papel com cuidado, me deparando com o que certamente era uma caligrafia de alguém que lutava contra a dor, tanto física quanto mental, enquanto tentava dizer tudo o que precisava.

Comecei a ler em voz alta, projetando minha voz o suficiente para que Maitê ouvisse claramente acima do som distante da cidade abaixo:

— "Minha querida Maitê, nunca soube como pedir desculpas. Fui moldado sabendo que homens nunca se curvavam e nunca admitiam seus erros. Mas estando tão perto da morte, só consigo pensar no quanto isso é irrelevante."

Fiz uma pausa, olhando para Maitê. Ela estava completamente imóvel, seus olhos fixos em mim mas vendo algo muito além.

— "Desculpa, minha filha. Por ter levado uma vida inteira para perceber que não fui o pai que você merecia, que não fui o marido que sua mãe merecia."

Capítulo 475 1

Capítulo 475 2

Capítulo 475 3

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