Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 474

~ MAITÊ ~

Marco estacionou o carro em frente ao Parque Salvani e por um momento simplesmente fiquei olhando pela janela, incapaz de processar completamente o que estava vendo. As luzes estavam todas acesas, iluminando cada canto do parque com um brilho mágico que fazia tudo parecer saído de um sonho de infância. Meus olhos brilhavam refletindo aquelas luzes coloridas que mostravam que o parque estava em pleno funcionamento.

— Como você conseguiu fazer isso? — perguntei, virando-me para Marco com uma mistura de surpresa e incredulidade. — Nem me lembro da última vez que o parque funcionou à noite!

Marco sorriu daquele jeito que me fazia perceber que ele estava particularmente orgulhoso de si mesmo.

— Quis fazer uma surpresa.

Olhei novamente para o parque, agora processando a magnitude do que ele havia feito. Certamente não foi uma surpresa barata. Para conseguir isso, ele provavelmente teve que contratar o parque inteiro para um evento privado, com adicional noturno, o que eu sabia muito bem que não saía barato. Os acionistas devem ter ficado felizes, refleti. Meu pai vivia reclamando que nos dias de hoje eventos particulares no parque eram cada vez mais raros, com famílias preferindo festas em buffets ou clubes.

Saímos do carro e caminhamos em direção à entrada. Não me surpreendi quando entramos e percebi que tínhamos o parque inteiro só para nós. Todos os brinquedos estavam funcionando a todo vapor, as barraquinhas de jogos tinham funcionários esperando, os restaurantes e lanchonetes estavam abertos com suas luzes néon convidativas.

Era surreal caminhar por aquele espaço que conhecia tão bem desde criança, mas vê-lo completamente vazio exceto por nós dois e os funcionários estrategicamente posicionados para manter tudo operando perfeitamente.

— Então — Marco perguntou, gesticulando para as opções infinitas ao nosso redor — em qual quer ir primeiro?

Olhei ao redor, sentindo uma onda de nostalgia me atingir. Havia tantas memórias ali. A montanha-russa onde havia gritado tanto que ficara rouca por dois dias. Os carrinhos de b**e-b**e onde costumava perseguir meu primo sem piedade. O carrossel que meu pai me levava quando eu era muito pequena para os brinquedos mais radicais.

— Os carrinhos de b**e-b**e — decidi, apontando para a arena colorida onde os pequenos veículos esperavam.

Passamos a próxima hora indo de brinquedo em brinquedo como duas crianças soltas em um parque de diversões. Marco me deixou ganhar descaradamente nos carrinhos de b**e-b**e, fingindo que minhas batidas eram devastadoras enquanto eu ria tanto que minha barriga doía.

Fomos no trem fantasma, onde me agarrei a Marco fingindo mais medo do que realmente sentia, apenas para ter uma desculpa para ficar perto dele. Experimentamos a roda de xícaras malucas, que me deixou tonta mas feliz de uma forma que não me sentia há anos.

Olhei para a roda-gigante com uma mistura de expectativa e apreensão. Tinha tantas memórias ligadas a ela - boas e ruins. Mas agora era diferente. Agora estava com Marco, e talvez pudesse criar uma nova memória que sobrescrevesse todas as outras.

Entramos na cabine e o funcionário trancou a porta de segurança. A roda começou a subir lentamente, nossa cabine balançando gentilmente conforme ganhávamos altura. A vista da cidade se expandia abaixo de nós, as luzes de São Paulo se espalhando até o horizonte como um tapete de estrelas terrestres.

Marco passou o braço ao redor dos meus ombros e me puxou para perto, e eu me aconcheguei contra ele, sentindo-me segura e feliz de uma forma que quase me assustava pela intensidade.

Estávamos quase no topo, o ponto mais alto da roda-gigante onde se podia ver a cidade inteira, quando a roda simplesmente parou.

Olhei para baixo, procurando algum funcionário, tentando entender o que havia acontecido. A cabine balançava levemente com o movimento súbito de parada, fazendo meu estômago revirar nervosamente.

— Estamos presos aqui! — exclamei, sentindo o pânico imediato me atingir.