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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 507

~ CHRISTIAN ~

Os paramédicos trabalhavam em Marco com eficiência clínica, movendo-se rapidamente, mas com precisão. Eu estava sentado ao lado dele na ambulância, observando cada movimento, cada verificação de sinais vitais, cada ajuste nos equipamentos médicos conectados ao meu primo.

Ele estava pálido. Tão pálido. E imóvel demais para alguém que geralmente não conseguia ficar quieto por cinco minutos seguidos.

Haviam conseguido estabilizá-lo no local antes de colocá-lo na maca. Controlado o sangramento. Administrado fluidos. Feito todas aquelas coisas que profissionais médicos fazem quando alguém leva um tiro. Mas eu não era médico. Tudo o que via era meu primo pálido e inconsciente, com sangue ainda manchando sua camisa rasgada.

A ambulância acelerou, a sirene ecoando pela noite. Cada solavanco da estrada fazia meu estômago apertar, imaginando a dor que Marco sentiria se estivesse acordado.

Mas então, no meio do caminho para o hospital, seus olhos se abriram.

Lentamente. Com esforço visível. Piscando várias vezes, tentando focar.

— Marco — chamei imediatamente, inclinando-me para frente. — Ei, primo. Estou aqui.

Seus olhos finalmente encontraram os meus. Confusos. Desorientados. Mas conscientes.

E a primeira palavra que saiu de sua boca foi:

— Maitê?

Senti meu peito apertar. Claro. Claro que seria isso. Mesmo ferido, mesmo depois de levar um tiro, sua primeira preocupação era ela.

— Estamos te levando para o hospital. Você vai ficar bem — disse, mantendo minha voz o mais calma e firme possível.

Mas ele não estava ouvindo. Seus olhos se moveram pelo interior da ambulância, procurando. E quando não a encontrou, a confusão em seu rosto deu lugar ao pânico.

— Maitê — repetiu, tentando se levantar.

O paramédico imediatamente colocou uma mão firme em seu ombro, impedindo o movimento.

— Senhor, precisa ficar parado. Você levou um tiro. Não pode se mover.

Mas Marco continuou tentando, e vi a dor cruzar seu rosto com o esforço.

— Aurora — ele disse agora, sua voz rouca e desesperada. — Onde está Aurora? Cadê... cadê minha filha?

Considerei mentir. Dizer que Maitê e Aurora estavam bem, estavam seguras. Que tudo tinha sido resolvido e elas estavam esperando por ele no hospital. Que ele podia relaxar e focar em se recuperar.

Seria melhor para ele, certo? Menos estresse. Menos preocupação. Deixá-lo passar pelos cuidados médicos sem o peso adicional de saber que sua filha ainda estava nas mãos de Dominic e que Maitê...

Mas não consegui.

— Você lembra o que aconteceu? — perguntei em vez disso, inclinando-me mais perto.

Marco fechou os olhos brevemente, e quando os abriu novamente, vi a memória voltando. O horror. O medo.

— Vivianne — ele sussurrou, e havia tanta dor em sua voz que não tinha nada a ver com o ferimento físico. — Ela... ela...

— Tudo bem — interrompi gentilmente. — Não precisa se esforçar muito agora. Apenas...

Mas ele me interrompeu. Sua mão apertou a minha com força surpreendente para alguém que acabara de levar um tiro.

— Tag — ele disse, a palavra saindo com esforço.

Franzi a testa.

— O quê?

Ele engoliu em seco, claramente lutando para formar as palavras.

— Maitê — conseguiu dizer finalmente. — Tag.

E então seus olhos se fecharam novamente, sua mão relaxando na minha.

— Marco! — chamei, mas o paramédico já estava ao meu lado, verificando os monitores, ajustando algo no soro intravenoso.

— Está tudo bem — o paramédico me assegurou, vendo minha expressão de pânico. — Apenas aumentei o sedativo. Ele precisa descansar. O corpo dele passou por um trauma significativo.

Respirei fundo, tentando acalmar meu coração disparado.

— Ele vai ficar bem? — perguntei, odiando como minha voz soou assutada.

O paramédico olhou para Marco, depois para mim, e assentiu.

Capítulo 507 1

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