— Vou matar aquela vadia. Juro por Deus que vou matá-la — Annelise declarou assim que entrou no quarto, fechando a porta com força atrás de si. — Como ela teve a ousadia?
Eu estava sentada na beirada da cama, olhando desolada para o vestido agora arruinado. A mancha de vinho tinto havia se espalhado pelo corpete e parte da saia, transformando o branco imaculado em um desastre escarlate. Minhas mãos tremiam, e eu lutava para respirar normalmente.
— Precisamos focar, Anne — consegui dizer, engolindo o nó na garganta. — Não temos tempo para vingança agora.
Annelise parou de caminhar de um lado para o outro e olhou para o vestido, depois para mim, avaliando a situação.
— Qual a chance de conseguirmos outro vestido?
— Nula. — Balancei a cabeça, sentindo o pânico crescer. — Nem mesmo Vivian conseguiria um milagre desses em cima da hora.
Minha irmã mordeu o lábio, o cérebro claramente funcionando a mil por hora. Enquanto a observava tentando encontrar uma solução, algo começou a se formar em minha própria mente.
— E se, em vez de tentar esconder a mancha, nós a tornássemos... intencional? — sugeri, uma ideia repentina surgindo em minha mente.
Annelise franziu a testa, não entendendo.
— Como assim?
— Precisamos de mais vinho. E rosas vermelhas. Muitas rosas vermelhas — expliquei, sentindo um estranho entusiasmo crescer apesar da situação. — E muito vinho também já que pretendo beber boa parte dele.
— Vinho? E rosas?... Zoey, isso é uma emergência real, não hora para se embebedar! — Anne protestou.
— Confia em mim — disse, apertando seus ombros.
Annelise olhou para o relógio.
— O que temos a perder? Mas onde vou achar vinho e rosas vermelhas?
Não pude evitar um pequeno sorriso, apesar da situação.
— Anne, onde estamos?
Ela parou, piscou, então deu um tapa na própria testa.
— Numa vinícola! Claro. Isso resolve o problema do vinho. — Ela franziu a testa. — Mas e as rosas vermelhas?
— Procure Vivian.
Annelise assentiu determinada e desapareceu pela porta, me deixando sozinha com meus pensamentos agitados e o vestido arruinado.
Levantei-me e caminhei até a janela. Lá embaixo, os convidados já estavam sentados, murmurando entre si. Giuseppe estava posicionado na primeira fila, parecendo mais saudável do que nos últimos dias, conversando animadamente com meu pai. Isabella e Lorenzo estavam do outro lado, impecáveis em suas roupas formais, mas visivelmente tensos.
E no altar improvisado entre as videiras antigas, Christian aguardava. Mesmo à distância, conseguia distinguir sua postura rígida no terno feito sob medida. Ele não parecia nervoso – atrasos eram comuns para noivas, afinal. Mas Vivian havia sido enfática sobre a pontualidade. "Os Bellucci são pontuais até para morrer", ela dissera. Bem, parecia que eu quebraria essa tradição logo de cara.
Mordi o lábio, tentando controlar a ansiedade.
A porta se abriu novamente, e Annelise entrou como um furacão, carregando uma garrafa de vinho tinto e um buquê de rosas vermelhas.
A porta se abriu sem aviso, e Vivian entrou, seu rosto congelando em uma expressão de choque absoluto ao ver o vestido.
— O que você fez?! — ela sibilou, olhando do vestido para Annelise, depois para mim. — O vestido era um clássico! Uma peça de designer! Agora é... é...
— Uma obra-prima — completei, surpreendendo a mim mesma com a confiança em minha voz. — E se você falar mais alguma coisa sobre isso, eu juro que saio correndo para o mais longe possível desta vinícola.
Vivian fechou a boca, seus olhos ainda arregalados, mas assentiu lentamente.
— Os convidados estão ficando inquietos — ela finalmente disse, a voz controlada. — Seu pai está esperando na entrada do jardim.
Segui Vivian pelos corredores da mansão, tentando controlar a respiração. Cada passo parecia mais difícil que o anterior, não apenas pela ansiedade da cerimônia, mas pelo peso do que estava prestes a fazer. Um casamento falso. Um contrato. Seis meses fingindo ser algo que não éramos.
Quando chegamos à entrada do jardim, meu pai estava lá, elegante em seu terno escuro. Seus olhos se arregalaram ao ver meu vestido, mas então sua expressão suavizou em um sorriso orgulhoso.
— Você está linda — ele disse simplesmente, oferecendo seu braço.
A música começou, as portas se abriram, e todos os olhares se voltaram para mim. Conseguia ver a surpresa em cada rosto ao notarem o vestido, as sobrancelhas erguidas, os sussurros apressados. Isabella parecia ter engolido um limão inteiro. Giuseppe sorria abertamente, seus olhos brilhando com o que parecia ser genuína aprovação.
E então, meus olhos encontraram os de Christian. Ele estava completamente imóvel, seu rosto uma mistura complexa de emoções que não consegui decifrar à distância. Dei o primeiro passo no tapete vermelho, apertando o braço de meu pai para buscar apoio.
Um murmúrio percorreu a plateia enquanto eu avançava, mas eu não conseguia distinguir se os olhares eram de admiração ou pena. Mantive a cabeça erguida, concentrando-me apenas no homem que me esperava no altar. O homem com quem eu estava prestes a me casar, mesmo que fosse apenas um contrato de seis meses.
Um contrato que, estranhamente, meu coração parecia cada vez mais relutante em aceitar como temporário.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...