Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 59

Resumo de Capítulo 59: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário

Resumo de Capítulo 59 – Uma virada em Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário de GoodNovel

Capítulo 59 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário, escrito por GoodNovel. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Acordei com os primeiros raios de sol infiltrando-se pelas cortinas entreabertas, minha cabeça ainda pesada pelo vinho da noite anterior. Demorei alguns segundos para registrar onde estava – e mais importante, com quem. Christian dormia profundamente ao meu lado, um braço ainda frouxamente ao redor da minha cintura. Observei seu rosto relaxado no sono, tão diferente da expressão controlada que mantinha quando acordado.

Cuidadosamente, me desvencilhei de seu abraço e levantei. Tínhamos um voo para pegar – para a Itália. A ideia ainda parecia surreal, quase cômica. Eu, que nunca havia sequer saído do Brasil, agora embarcaria para uma lua de mel em Montepulciano.

Por sorte, eu tinha um passaporte válido. Eduardo havia insistido que toda a equipe de RP da Vale do Sol tivesse documentação internacional em ordem, alegando possíveis viagens a feiras de vinho no exterior. Uma das poucas coisas úteis que ele havia feito por mim, afinal.

Enquanto me vestia, Christian acordou, seus olhos encontrando os meus com aquela intensidade que sempre me desestabilizava.

— Bom dia, esposa — murmurou ele, a voz ainda rouca de sono.

— Bom dia, marido — respondi, surpresa com a naturalidade da palavra em meus lábios.

— Preparada para a Itália? — perguntou ele, sentando-se na cama.

— Tanto quanto alguém que nunca saiu do país pode estar — respondi com um sorriso nervoso. — Espero que meu português com sotaque de novela italiana seja suficiente.

Christian riu, levantando-se.

— Não se preocupe. Entre meu italiano e os funcionários que português, você ficará bem. Além disso, há algo na linguagem do vinho que transcende barreiras.

Durante o café da manhã, minha família e Giuseppe juntaram-se a nós. Annelise parecia especialmente animada, seus olhos brilhando com malícia enquanto cutucava seu croissant.

— Então, Itália, hein? — Ela se inclinou em minha direção, baixando a voz. — A capital da moda mundial! Você deveria aproveitar para fazer algumas compras, principalmente lingeries.

— Anne! — sibilei, sentindo o rosto esquentar.

— O quê? Você vendeu todas as que Christian te deu, lembra? — Ela deu de ombros, inocentemente. — É uma lua de mel, afinal. E você tem um marido que é... — ela lançou um olhar apreciativo na direção de Christian, que conversava com meu pai — digamos, um excelente motivo para investir em algumas peças italianas de qualidade.

— Não estou indo para fazer compras — respondi, embora a ideia não fosse de todo ruim. Depois de vender quase todas as roupas caras que Christian havia me dado, meu guarda-roupa estava consideravelmente mais modesto.

— Se não for para as compras, vá para o romance! — insistiu Annelise, sua voz carregada de insinuações. — Lua de mel italiana, vinhos, a Toscana... até eu ficaria romântica num cenário desses.

Giuseppe aproximou-se, interrompendo os conselhos inadequados de minha irmã.

— Minha querida, você vai adorar Montepulciano — disse ele, segurando minhas mãos entre as suas. — A propriedade está na família há gerações. Foi onde conheci minha Sophia.

Seus olhos adquiriram aquele brilho nostálgico que aparecia sempre que mencionava a falecida esposa.

— Há uma varanda com vista para os vinhedos... — Ele suspirou. — Nas noites quentes de verão, sentávamos lá por horas, apenas conversando e bebendo o vinho da colheita. Espero que vocês encontrem o mesmo tipo de paz que nós encontramos.

— Obrigada, Giuseppe — respondi, genuinamente tocada. — Por tudo, não só pela lua de mel.

Seus olhos brilharam com emoção.

— Você trouxe luz de volta para esta família, Zoey. Você é o presente aqui.

A despedida foi mais emocionante do que esperava. Minha mãe me abraçou como se eu estivesse partindo para sempre, em vez de apenas duas semanas.

— Aproveite cada minuto — ela sussurrou, ajeitando meu cabelo como fazia quando eu era criança. — E tire muitas fotos, quero ver tudo!

Meu pai apertou minha mão com força, aquela expressão significativa que eu conhecia bem – ele confiava em mim, mas queria que eu soubesse que sempre teria um lugar para voltar.

— Ah, aí estão vocês! — Isabella exclamou, com aquele sorriso que nunca alcançava seus olhos. — Esperamos que não se importem com a companhia. Aproveitamos a oportunidade para uma carona até Milão.

Christian ficou visivelmente tenso ao meu lado.

— Não fomos informados que vocês viriam — disse ele, sua voz controlada, mas fria.

— Foi uma decisão de última hora, querido — Isabella explicou, agitando a mão displicentemente. — Temos alguns compromissos na Itália, e seu pai decidiu que seria prático.

Prático. Claro. Arruinar nossa lua de mel era apenas um bônus conveniente.

— Que... surpresa adorável — consegui dizer, meu sorriso tão falso quanto o dela.

Depois que nos acomodamos – o mais longe possível dos pais de Christian – virei-me para ele e sussurrei:

— Pela primeira vez, estou realmente feliz que você seja herdeiro de uma vinícola. — Meu tom era leve, mas meus olhos deixavam claro meu desgosto pela situação. — Vou fazer muito bom proveito das próximas doze horas bebendo de graça para aguentar sua mãe.

Ao meu espanto, Christian soltou uma risada genuína.

— Zoey Bellucci — ele disse baixinho, seus olhos encontrando os meus — você é realmente a pessoa mais improvável e incrível que já conheci.

E por algum motivo, aquele elogio sincero fez as próximas doze horas presas em um jato com Isabella parecerem quase suportáveis.

Quase.

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