O jato particular dos Bellucci pousou suavemente no aeroporto internacional de Milão. Através da janela, vi o sol da manhã italiana lançando uma luz dourada sobre a cidade que, até então, eu conhecia apenas por revistas de moda. Um calafrio de excitação percorreu minha espinha, apesar da exaustão das doze horas de voo – durante as quais Isabella Bellucci fez questão de compartilhar em detalhes seus pensamentos sobre como uma esposa adequada para um Bellucci deveria se comportar.
— Não era para irmos direto para Montepulciano? — perguntei a Christian, baixinho, enquanto coletávamos nossas malas.
— Mudança de planos — respondeu ele, com um suspiro resignado. — Mamãe insistiu em uma parada estratégica na capital da moda.
Isabella se aproximou, elegante mesmo após o voo transcontinental, nem um fio de cabelo fora do lugar.
— Queridos, já fiz reservas no Hotel Millani. O mais exclusivo de Milão. — Ela olhou diretamente para mim. — Ninguém visita a Itália sem passar por Milão. Especialmente alguém que precisa... aprimorar seu guarda-roupa.
Mordi o lábio para evitar uma resposta afiada. Christian percebeu minha tensão e apertou minha mão brevemente.
— Millani? — comentou ele, virando-se para mim com um pequeno sorriso. — Coincidência interessante.
Uma onda de nostalgia me atingiu inesperadamente. Parecia que anos haviam se passado desde aquela noite em que abordei um estranho na festa de casamento de Alex e Elise, confundindo-o com um acompanhante de luxo.
O Hotel Millani em Milão era, como esperado, a definição de opulência. O saguão de mármore, os lustres resplandecentes, os funcionários impecavelmente vestidos – tudo projetado para fazer pessoas comuns se sentirem inadequadas. E, pelo olhar no rosto de Isabella enquanto me observava absorver o ambiente, essa era exatamente a intenção.
— Tenho reservas para almoço no Giardino Secreto em uma hora — anunciou ela, consultando seu relógio de diamantes. — Tempo suficiente para refrescar-se.
Nossa suíte era maior que meu apartamento inteiro. A vista panorâmica da cidade tirava o fôlego, e a cama parecia grande o suficiente para acomodar uma família inteira.
— Sinto muito por isso — disse Christian, assim que ficamos sozinhos. — Mamãe tem um talento especial para complicar as coisas.
— Estou começando a achar que é deliberado — respondi, deixando-me cair na cama luxuosa. — Ela parece determinada a me fazer sentir como um peixe fora d'água.
— Você está lidando com ela melhor do que qualquer pessoa que já conheci — ele comentou, sentando-se ao meu lado. — Incluindo eu mesmo.
Após o almoço mais intimidador da minha vida – onde precisei decifrar não apenas um menu em italiano, mas também qual dos cinco garfos usar para cada prato – Isabella anunciou seus planos para a tarde.
— Quadrilátero da moda. Não podemos perder.
O que se seguiu foram três horas exaustivas vagando por boutiques exclusivas onde os vendedores pareciam avaliar seu valor no momento em que você entrava pela porta. Isabella comprou desenfreadamente, enquanto fazia questão de comentar como eu precisava "encontrar um estilo adequado a uma Bellucci".
Quando Lorenzo recebeu uma ligação e anunciou que ele e Christian precisavam encontrar um fornecedor importante, pensei que meu dia não poderia piorar.
— Voltamos em duas horas, no máximo — prometeu Christian, parecendo genuinamente arrependido por me abandonar com sua mãe.
— Não se preocupe, querido — Isabella sorriu docemente. — Vou cuidar bem da sua esposa.
Cinco minutos depois de ficarem sozinhas, Isabella lembrou-se de um compromisso urgente e me deixou na Via Montenapoleone, cercada por lojas de grife onde eu não ousaria entrar sozinha.
Alívio e pânico lutaram dentro de mim. Livre de Isabella, mas perdida no coração da moda internacional, sem falar uma palavra de italiano além de "grazie" e "pizza".
A vendedora olhou de um para o outro, um sorriso conhecedor em seu rosto, e disse algo em italiano. Christian respondeu com fluência, sem tirar os olhos de mim.
— O que você disse a ela? — perguntei, mortificada.
— Que minha esposa tem um gosto excelente. — Seu sorriso era quase predatório. — Respondi que levaremos este e qualquer outro conjunto que você queira.
Voltei apressadamente para o provador, meu coração martelando. Através da cortina, ouvi Christian conversando com a vendedora, sua voz baixa e melodiosa no italiano fluente.
Quando finalmente saí, vestida novamente com minhas roupas, ele aguardava com uma sacola elegante nas mãos e um sorriso que me deixou sem fôlego.
— Presente de casamento atrasado — disse ele, entregando-me a sacola. — Ou adiantado, dependendo da perspectiva.
— Obrigada, mas não precisava...
— Era o mínimo que podia fazer depois de te abandonar com minha mãe. — Sua voz baixou uma oitava. — Além disso, confesso que tenho um interesse pessoal em te ver usando isso novamente.
Senti meu rosto esquentar. Mas não era mais a antiga Zoey, facilmente intimidada. Era Zoey Bellucci agora, mesmo que temporariamente, e dois podiam jogar esse jogo.
— Talvez em Montepulciano — respondi, minha voz surpreendentemente firme. — Se você merecer.
O brilho nos olhos dele me disse tudo que eu precisava saber. Nossa lua de mel estava apenas começando.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...