Villa Bellucci era iluminado apenas pelo brilho prateado da lua e pelas estrelas que salpicavam o céu toscano. Nossos pés, ainda manchados de roxo do suco das uvas, deixavam marcas no caminho de pedra enquanto caminhávamos lado a lado, os ombros ocasionalmente se tocando.
— Estou arruinada — comentei, olhando para meu vestido branco agora coberto de manchas violáceas. — Não sei se isso sai.
Christian riu, o som descontraído e genuíno.
— Considere uma lembrança autêntica da Toscana — respondeu ele, seu olhar percorrendo meu corpo de uma forma que me fez corar. — Além disso, o roxo combina com você.
— É mesmo? — provoquei, girando para mostrar o estrago completo. — Acho que vou incorporar manchas de vinho em todos os meus trajes a partir de agora.
— Só não deixe Isabella saber — brincou ele, seus olhos brilhando com divertimento. — Ela teria um infarto se soubesse que a nova Senhora Bellucci apareceu em público parecendo ter rolado em um barril de Nebbiolo.
— Sua mãe teria um infarto só de saber que estou respirando — repliquei, arrancando outra risada dele.
A madrugada já estava bem avançada, o silêncio da noite completo exceto pelo canto ocasional de grilos e o suave farfalhar das videiras com a brisa. Quando nos aproximávamos da entrada da propriedade, um impulso súbito me dominou.
Em vez de seguir o caminho para a casa, puxei Christian pela mão em direção aos vinhedos. Ele arregalou os olhos em surpresa, mas deixou-se conduzir.
— Zoey? — questionou, sua voz carregada de curiosidade.
Parei entre duas fileiras de videiras, o luar criando padrões de luz e sombra no chão entre nós. Respirei fundo, reunindo coragem.
— Fiquei pensando na nossa... interrupção de ontem à noite — confessei, sentindo o calor subir pelo meu pescoço. — Na verdade, não consegui parar de pensar nisso. A lua, os vinhedos, você...
Antes que perdesse a coragem, me aproximei e puxei-o para um beijo. Christian correspondeu imediatamente, seus braços envolvendo minha cintura, puxando-me contra seu corpo. Suas mãos subiram pelas minhas costas, uma delas enredando-se em meus cabelos enquanto aprofundava o beijo.
Por vários minutos, perdemo-nos um no outro, o gosto doce do vinho ainda em nossos lábios. Quando suas mãos começaram a explorar mais ousadamente, subindo pela lateral do meu corpo, senti meu coração acelerar em antecipação.
Surpreendentemente, foi Christian quem se afastou primeiro, ofegante.
— Quero te mostrar um lugar — disse ele, sua voz rouca. — Algo especial.
— Agora? — perguntei, confusa e um pouco frustrada pela nova interrupção.
— Agora. — Ele sorriu enigmaticamente, entrelaçando nossos dedos. — Confie em mim.
Guiou-me até um pequeno galpão próximo à entrada da propriedade, de onde tirou duas bicicletas antigas com cestas de vime na frente.
— Está brincando — ri, olhando para meu vestido manchado e para a bicicleta.
— É o meio de transporte tradicional por aqui — garantiu ele, ajustando o selim de uma delas. — E o melhor jeito de chegar onde quero te levar.
Resignada e intrigada, montei na bicicleta, agradecendo mentalmente por ter optado por um vestido leve e solto. Christian liderou o caminho, pedalando lentamente por uma trilha que contornava a propriedade principal e subia suavemente por uma colina adjacente.
Fiquei sem palavras, olhando para as fileiras de videiras jovens que agora carregavam meu nome.
— Mas nosso casamento... — comecei, sem saber como completar a frase.
— É real, enquanto dura — respondeu ele, como se lesse meus pensamentos. — E essas vinhas permanecerão, independentemente do que aconteça depois.
Algo se apertou em meu peito. A ideia de que, anos depois que nosso contrato terminasse, algo com meu nome ainda estaria crescendo aqui, produzindo frutos, era estranhamente comovente.
— Escolhi esta variedade específica porque me lembra você — continuou ele, aproximando-se. — Como eu disse, azedinha no começo, mas com uma doçura escondida que se revela apenas para quem tem paciência para descobrir.
Nossos olhos se encontraram, e naquele momento, todas as complicações de nosso arranjo, todos os segredos e meias-verdades pareceram desaparecer.
— Nesse caso — respondi, dando um passo em sua direção —, acho que devemos inaugurar este lugar adequadamente, com o que parece ser outra tradição da família Bellucci.
Com uma ousadia que nem sabia que possuía, aproximei-me dele com determinação e agarrei sua camisa, puxando-o para mim com tanta força que os botões se soltaram, espalhando-se pelo chão do vinhedo.
— Ops — falei, sem um pingo de arrependimento, enquanto corria minhas mãos por seu peito agora exposto. — Provavelmente não posso pagar por isso.
Christian me olhou com uma mistura de surpresa e desejo crescente, seu peito subindo e descendo rapidamente.
— Não se preocupe — respondeu ele, sua voz dois tons mais baixa enquanto me puxava contra si. — Vou fazer você pagar de outro jeito.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...