Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 73

Resumo de Capítulo 73: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário

Resumo do capítulo Capítulo 73 de Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário

Neste capítulo de destaque do romance Romance Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário, GoodNovel apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

— E esta é a história por trás do Vinhedo Dourado — explicava Bianca, guiando-me por uma seção especial da adega onde garrafas mais antigas repousavam em nichos de pedra. — Começou quando meu bisavô Giuseppe Senior perdeu uma aposta para um produtor francês e, por orgulho ferido, decidiu criar um vinho que superasse os melhores Bordeaux.

Já estávamos no quarto dia de minhas "aulas" com Bianca, e diferente do que imaginei, não passávamos o tempo todo provando vinhos. Em vez disso, ela estava me introduzindo à rica história da família Bellucci, revelando detalhes que Christian nunca mencionara.

— E ele conseguiu? — perguntei, passando os dedos delicadamente pelo rótulo amarelado de uma garrafa dos anos 50.

— Seis anos depois, em uma degustação às cegas em Paris, o Vinhedo Dourado ficou em primeiro lugar. O francês teve que admitir a derrota publicamente. — Bianca sorriu com orgulho ancestral. — Desde então, reservamos as melhores encostas para esta linha específica.

Inspecionei a garrafa com interesse renovado. Na Vale do Sol, conhecíamos os aspectos técnicos da produção, mas raramente tínhamos acesso às histórias familiares por trás dos grandes vinhos.

— Fascinante como cada vinho de vocês tem uma narrativa própria — comentei. — Na Vale do Sol, focávamos mais no aspecto comercial e nos processos de produção.

Bianca me encarou com curiosidade.

— Você sabe mais sobre vinhos do que deixa transparecer para minha mãe, não é?

Dei de ombros, um sorriso travesso brincando em meus lábios.

— Digamos que é útil ser subestimada por Isabella. Prefiro guardar minhas cartas para o momento certo.

Bianca soltou uma gargalhada genuína.

— Agora entendo por que Christian se apaixonou por você.

A menção a "apaixonar" me pegou de surpresa. Antes que pudesse responder, Bianca já estava me conduzindo para outra seção da adega, onde um grande livro repousava sobre uma mesa de carvalho antigo.

— Este é o verdadeiro tesouro da família — disse ela, abrindo cuidadosamente o que parecia ser um livro de registros centenário. — O Livro dos Vinhedos. Cada safra, cada inovação, cada segredo da Bellucci está aqui.

Inclinei-me sobre as páginas amareladas, fascinada pelas anotações meticulosas feitas à mão por gerações de Belluccis. Anotações sobre condições climáticas, decisões de colheita, e até segredos de fermentação que haviam sido passados através dos séculos.

— É incrível — murmurei. — Como um livro de feitiços para vinhos perfeitos.

— Exatamente! — Bianca virou algumas páginas até chegar a seções mais recentes. — E aqui está o capítulo mais novo. O projeto que Christian vem desenvolvendo há dois anos.

As páginas revelavam esquemas detalhados de novas técnicas de cultivo orgânico, análises de solo e projeções financeiras ambiciosas.

— Vinificação Sustentável Bellucci — li em voz alta. — É um retorno às raízes?

— Mais que isso. É uma revolução. — Bianca baixou a voz. — Christian quer transformar pelo menos 30% da produção para completamente orgânica nos próximos cinco anos. Técnicas de cultivo biodinâmico, fermentação com leveduras selvagens, zero intervenção química.

Estudei os números com interesse genuíno. Minhas aulas de administração e a experiência em RP me permitiam entender as projeções financeiras.

— A margem de lucro é menor no início, mas a valorização da marca a longo prazo é substancial — observei. — Estratégia inteligente.

Bianca pareceu surpresa.

— Você realmente entende disso.

— Trabalhei com marketing e RP em uma vinícola, lembra? — respondi, sem erguer os olhos das anotações. — Estas projeções de demanda para vinhos orgânicos premium são otimistas, mas não irrealistas.

Minhas mãos folhearam mais algumas páginas, revelando um memorando recente.

— Esta é a parte complicada — explicou Bianca, apontando para notas sobre a reunião do conselho. — Alguns dos acionistas mais antigos, incluindo Lorenzo, têm resistido à ideia. Acham que é arriscado e "não é o jeito Bellucci de fazer as coisas".

— Justo quando chegamos à parte mais interessante — protestou Bianca teatralmente.

— Você terá sua aluna de volta amanhã — respondeu Christian, mas havia uma finalidade em seu tom que não admitia discussão. — Agora eu preciso da minha esposa.

Enquanto subíamos as escadas da adega, não pude deixar de perguntar:

— Você parece não gostar que Bianca esteja me contando sobre os projetos da família.

Christian hesitou, seus passos desacelerando.

— Não é isso — respondeu finalmente. — É que... o projeto é importante para mim. E ainda enfrenta resistência interna. Prefiro não discutir os detalhes até que esteja mais consolidado.

— Tem medo que eu conte a alguém? — A pergunta escapou antes que pudesse impedi-la.

Um flash de algo - culpa? - cruzou seu rosto.

— Claro que não — respondeu ele rapidamente. — É apenas... instinto de proteção. Este projeto representa anos de trabalho.

Pensei nas palavras de Elise, ecoando em minha mente: "Você nunca teve nada de especial". Era isso? Christian não me considerava importante o suficiente para compartilhar suas verdadeiras paixões?

— Entendo — respondi, mesmo sem entender completamente.

— Vamos esquecer de negócios por hoje — sugeriu ele, seu sorriso voltando enquanto pegava minha mão. — Temos um pôr do sol esperando e uma garrafa especial para provar.

Assenti, deixando-me conduzir para fora. Mas enquanto caminhávamos pela propriedade, uma pequena insegurança se instalou. Mesmo depois de tudo que havíamos compartilhado - física e emocionalmente - Christian ainda mantinha partes de si inacessíveis. E me perguntei se algum dia eu seria especial o suficiente para ultrapassar todas as barreiras que ele havia erguido ao seu redor.

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