O som do chuveiro vinha do banheiro enquanto eu contemplava o teto ornamentado do quarto. Christian havia comentado que tomaria um banho demorado antes de dormir. Algo sobre "precisar pensar" depois de nosso passeio sob as estrelas.
A conversa sobre filhos e futuro ainda me incomodava. Seu tom casual ao falar sobre não ter herdeiros, sobre como negócios e família não se misturavam bem... tantas certezas para alguém tão jovem.
Peguei meu celular e, sem pensar muito, disquei o número que conhecia de cor. Três toques depois, a voz sonolenta da minha irmã veio do outro lado da linha.
— Alô? — resmungou Annelise em um tom que sugeria que acabara de despertar.
— Anne? Sou eu, Zoey.
— Zoey? — Sua voz imediatamente ficou mais alerta. — Você tem noção de que horas são aqui?
Arregalei os olhos, imediatamente calculando a diferença de fuso horário.
— Ai meu Deus, desculpa! São... cinco da manhã aí?
— Quatro e quarenta e dois, mas quem está contando? — Ela bocejou audivelmente. — Espero que esteja ligando porque fugiu com um conde italiano e precisa de dinheiro para passagens.
Ri, e só então percebi o quanto sentia falta dela.
— Não exatamente. Ainda estou com o mesmo bilionário de antes.
— Que decepção. — Ouvi o som de Annelise ajeitando-se na cama. — Então, como está a terra das massas e da máfia?
— Anne! Não é assim.
— Claro que é. Assisti O Poderoso Chefão pelo menos três vezes. — Ela fez uma pausa. — Sério, como está sendo? Mamãe diz que você só manda mensagens genéricas sobre "estar aproveitando a viagem". Preciso de detalhes, mulher! Quantos italianos já tentaram te seduzir? O sotaque é tão sexy quanto nos filmes?
A velocidade com que Anne passava de sonolenta para extremamente curiosa sempre me impressionava.
— Na verdade, não tive muito contato com italianos além dos funcionários da villa.
— Espera, você está numa villa? Tipo, uma mansão italiana antiga?
— Mais ou menos isso. — Sorri para mim mesma. — Tem até afresco no teto do quarto.
— Ok, agora você está só se exibindo.
Soltei uma risada baixa.
— É lindo aqui, Anne. Sério. Como um cartão postal. Vinhedos até onde a vista alcança, colinas ondulantes, vilas medievais...
— Adorável, mas quero saber da parte importante: como estão as coisas com o Sr. Gostoso Ricaço? Vocês já... você sabe...
— Anne!
— O quê? É uma pergunta válida! Você está em lua de mel na Itália! Se não estiverem quebrando a cama, você está fazendo algo errado.
Senti o rubor subir pelo meu rosto, grata que ela não podia me ver.
— As coisas estão... complicadas.
Algo em meu tom deve ter alertado seu radar de irmã, porque sua voz imediatamente ficou séria.
— O que houve? Ele fez algo? Porque eu posso pegar um avião e chutar aquele traseiro bilionário dele se precisar.
— Se você está pensando em alguém absolutamente delicioso, então sim, provavelmente é — Ela riu. — Relaxa, maninha. Não estou buscando um marido.
— Eu também não estava! — Mas eu não sou trouxa de confundir um bilionário com gigolô.
Revirei os olhos tentando conter a risada.
— Só tenha cuidado, ok? Não quero que você se machuque.
— Aww, você está preocupada comigo enquanto eu deveria estar preocupada com você. — Sua voz ficou mais suave. — Zoey, só... seja honesta consigo mesma, ok? Se você está apaixonada por ele, admita. Não finja que é só negócios.
— Não é tão simples. — Mantive a voz baixa, consciente do chuveiro que ainda estava ligado. — Ele vive em um mundo muito diferente do meu, Anne. A família dele é... complicada.
— Todas as famílias são complicadas. A nossa é o retrato do caos.
— Não como a dele. — Pensei em Isabella, em Lorenzo, em Francesca. — E tem mais...
Contei a ela sobre nossa conversa sob as estrelas, sobre como Christian havia praticamente descartado a ideia de ter filhos, sobre como parecia ver a vinícola como seu único legado.
— Hmm. — Anne ficou pensativa por um momento. — Então ele disse diretamente que não quer filhos?
— Não exatamente. Ele disse que não quer criar uma criança só para "cumprir alguma expectativa dinástica" e que não tem certeza se quer "arriscar passar isso adiante".
— Isso não é um "não" definitivo, Zoey. Parece mais um cara com problemas familiares não processados do que alguém que detesta crianças.
— Talvez. — Não estava convencida. — De qualquer forma, não é como se importasse. Nosso acordo tem data para terminar.
— A menos que vocês decidam que não tem.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...