Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 81

Resumo de Capítulo 81: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário

Resumo de Capítulo 81 – Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário por GoodNovel

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O último dia na Itália foi preenchido com despedidas. Despedida da villa, com seus afrescos no teto e janelas que emolduravam vistas de cartão postal. Despedida de Lucia, que me abraçou como se eu fosse família de longa data, sussurrando bênçãos em italiano e me entregando um pequeno pacote que continha, descobri depois, um conjunto de especiarias da Toscana "para quando sentisse saudades". Despedida de Bianca, que prometeu me visitar no Brasil em breve.

Acima de tudo, despedida da versão de nós mesmos que tínhamos sido aqui.

Porque agora o tempo estava acabando. A realidade se aproximava, implacável como as nuvens de tempestade que escureciam o horizonte durante nossa viagem para o aeroporto de Florença.

— Você acha que Lucia vai ficar bem? — perguntei, tentando preencher o silêncio que se instalara entre nós desde a conversa na noite anterior. — Ela parecia tão emocionada quando nos despedimos.

— Lucia sempre foi emotiva — respondeu Christian, os olhos fixos na estrada. — Mas ela é forte.

— Ela é incrível. Vou sentir falta dela.

— Podemos voltar — disse ele, olhando-me brevemente. — Um dia.

A promessa pairou entre nós, ambígua e frágil. Um dia, quando? Depois dos seis meses? Juntos ou separados?

O jato particular aguardava na pista, uma imagem agora familiar, mas que ainda me causava uma sensação de irrealidade. Era como se minha vida tivesse sido dividida em duas – antes e depois de conhecer Christian Bellucci.

A tripulação nos recebeu com sorrisos profissionais, ajudando com a bagagem (consideravelmente maior que na ida, graças às compras em Milão). Christian trocou algumas palavras com o piloto enquanto eu me acomodava no mesmo assento que havia ocupado duas semanas atrás, quando ainda éramos estranhos tentando definir os limites de nosso acordo.

Agora, os limites pareciam mais confusos do que nunca.

O voo de volta foi silencioso, cada um de nós mergulhado em seus próprios pensamentos. Christian trabalhou em seu laptop boa parte do tempo, respondendo e-mails e fazendo ligações – a máscara do CEO já voltando ao lugar. Eu alternava entre fingir ler um livro e observar as nuvens pela janela, tentando processar tudo que havia acontecido na Itália.

À noite, quando as luzes da cabine foram reduzidas, Christian finalmente fechou o computador e se sentou ao meu lado.

— Você está bem? — perguntou, sua voz baixa no ambiente silencioso do jato.

— Só um pouco cansada — menti, forçando um sorriso. A verdade – que estava aterrorizada com o retorno à realidade e ao que isso significaria para nosso estranho relacionamento – parecia pesada demais para verbalizar.

— Tente dormir um pouco. — Ele estendeu a mão, tocando levemente a minha. — Ainda temos algumas horas de voo.

Assenti, mas o sono não veio facilmente. Minha mente estava repleta de imagens – os vinhedos iluminados pelo luar, a pequena praça da vila durante o festival, o rosto de Christian sob as estrelas quando me mostrou constelações, o mesmo rosto se fechando quando falamos sobre morar separados.

Em algum momento, devo ter adormecido, porque acordei sobressaltada quando o piloto anunciou que estávamos iniciando a descida para o Rio de Janeiro.

Olhei pela janela, vendo a cidade familiar se espalhar abaixo – tão diferente das colinas toscanas. A vastidão da Baía de Guanabara, o contorno do Pão de Açúcar, as praias curvas de Copacabana e Ipanema. Era casa, mas de alguma forma parecia estrangeira agora.

Christian também observava a paisagem, seu perfil recortado contra a luz da manhã.

— Estranho estar de volta — comentou ele, quase para si mesmo.

— Parece que ficamos fora por muito mais que duas semanas.

Ele assentiu, entendendo o que eu queria dizer. Na Itália, parecia que tínhamos vivido em uma realidade alternativa, onde éramos apenas Zoey e Christian, sem contratos, expectativas ou prazos. Agora, voltávamos não apenas para o Brasil, mas para nossos papéis pré-determinados.

Quando finalmente pousamos, foi quase um alívio, mesmo que significasse o fim definitivo da nossa bolha italiana.

No saguão VIP, Christian fez algumas ligações rápidas enquanto eu aguardava com a bagagem de mão. Observei-o à distância, notando como sua postura já havia mudado – mais rígida, mais formal, o CEO da Bellucci de volta ao seu habitat natural.

Seu motorista nos aguardava na saída do aeroporto, carregando as malas enquanto nos dirigíamos para o carro, um SUV discreto.

A cidade que passava pela janela era tão diferente da Toscana – mais caótica, mais barulhenta, mais viva de uma forma completamente distinta. Mas era familiar. Era casa.

— Preciso ir para a Serra Gaúcha amanhã cedo — comentou Christian, quebrando o silêncio. — Há alguns problemas no projeto orgânico que exigem minha presença.

— É seu — disse simplesmente. — Isso o torna especial.

Antes que pudesse responder, o elevador chegou ao meu andar. Caminhamos pelo corredor estreito até minha porta, de onde podíamos ouvir vozes e risadas. Quando girei a chave e abri a porta, fomos recebidos por gritos entusiasmados.

— SURPRESA!

Minha família estava reunida na pequena sala – meus pais, Matheus e Annelise. Uma faixa improvisada pendurada na parede dizia "Bem-vindos da Lua de Mel!" com um enorme desenho caricaturado de abelhas voando ao redor. Só podia ser obra de Annelise, que adorava trocadilhos terríveis e não perdia a oportunidade de transformar qualquer coisa em piada.

— Minha filha! — Minha mãe avançou, envolvendo-me em um abraço apertado que cheirava a seu perfume familiar. — Sentimos tanto a sua falta!

Meu pai estava logo atrás dela, seus olhos brilhando de emoção, e então Matheus, que me ergueu do chão em um abraço de urso. Annelise foi a última, lançando-me um olhar que dizia claramente "temos muito o que conversar sobre sua ligação às quatro da manhã".

Só então percebi que Christian havia ficado para trás, observando a cena na entrada. Recuei, estendendo a mão.

— Venha, seja atacado pela avalanche Aguilar — disse com um sorriso.

Ele avançou, trocando seu sorriso CEO por um mais genuíno, embora eu não pudesse deixar de notar como ele parecia fora de lugar aqui – como um príncipe que subitamente se viu em uma festa de bairro.

— Christian! — minha mãe exclamou, abraçando-o sem cerimônia, como se ele não fosse um dos homens mais ricos do país. — Você trouxe nossa menina de volta inteira, graças a Deus!

Meu pai se aproximou, apertando a mão dele com firmeza.

— Que bom ver você novamente, filho. Espero que a Itália tenha tratado vocês bem.

E enquanto minha mãe começava a fazer mil perguntas sobre a Toscana e meu pai oferecia timidamente uma cerveja ao bilionário em minha sala, percebi que havíamos finalmente cruzado a fronteira. A lua de mel havia oficialmente terminado.

A realidade começava agora.

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