O reflexo no espelho me encarava com uma mistura de fascínio e estranheza. O vestido bordô que Christian e eu havíamos escolhido em Porto Alegre caía perfeitamente sobre meu corpo, o tecido delicado acentuando curvas que eu nem sabia que possuía.
— Você está deslumbrante — disse Annelise, aparecendo atrás de mim no reflexo. Ela usava um vestido azul-marinho com um decote ousado que certamente atrairia a atenção de Marco durante toda a noite.
— Obrigada. Você também está linda. — Ajustei nervosamente um dos brincos de rubi que Christian havia insistido que eu usasse, complementos da coleção de joias da família. — Acha que estou exagerando? Os brincos parecem...
— Parecem exatamente o que são: joias de família que pertencem à esposa de Christian Bellucci. — Anne se aproximou, ajustando uma mecha do meu cabelo. — Pare de se diminuir. Você pertence a este lugar tanto quanto qualquer um deles.
Suspirei, desejando ter a confiança da minha irmã.
— Este lugar me intimida. Este evento, todas essas pessoas importantes...
— É apenas um jantar. Você já passou por coisa pior. — Anne deu de ombros. — Lembra quando teve que fazer aquela apresentação na faculdade depois de virar a noite com intoxicação alimentar?
Ri, lembrando do episódio desastroso.
— Como poderia esquecer? Achei que ia desmaiar no meio do auditório.
— E mesmo assim, você arrasou. — Anne apertou meu ombro. — Vai ser a mesma coisa hoje. Sorria, finja interesse quando algum velho entediante começar a falar sobre a safra de 1978, e fique perto de Christian. Simples assim.
Uma batida leve na porta interrompeu nossa conversa. Carmen, a governanta, apareceu com uma expressão educadamente neutra.
— Senhora Bellucci, o senhor Christian pediu para avisar que os primeiros convidados já estão chegando.
— Obrigada, Carmen. Já estamos descendo.
Quando a governanta saiu, Anne me lançou um olhar divertido.
— "Senhora Bellucci". Nunca vou me acostumar com isso.
— Nem eu — murmurei, dando uma última olhada no espelho.
A caminho do salão principal, uma onda inesperada de náusea me atingiu quando passamos pelo corredor onde os funcionários transportavam bandejas de entradas. O cheiro forte de queijos e trufas, que normalmente me atrairia, fez meu estômago revirar.
— Tudo bem? — perguntou Anne, notando minha hesitação.
— Sim, só... — Respirei fundo, tentando ignorar o mal-estar súbito. — Acho que estou mais nervosa do que imaginava.
— Christian, que prazer finalmente conhecer sua esposa — disse Antônio, seu português fluente carregado com um leve sotaque italiano. — Zoey, não é mesmo? Encantado.
Ele tomou minha mão e a beijou com um floreio teatral que parecia uma versão exagerada do gesto elegante de Christian.
— O prazer é meu — respondi educadamente. — Espero que tenham tido uma boa viagem.
— Oh, interminável como sempre — suspirou Victoria, seu sotaque consideravelmente mais forte que o do marido. — Mas valeu a pena para ver esta propriedade magnífica. Christian, você realmente fez maravilhas por aqui.
O elogio ostensivamente sincero soou falso aos meus ouvidos, um sentimento que parecia compartilhado por Christian, cujo sorriso não vacilou, mas se tornou ligeiramente mais rígido.
— Apenas seguindo os passos do meu avô. Por falar nisso, ele está ansioso para vê-los. Venham, ele está sentado perto da lareira.
Enquanto nos movíamos pela sala, Christian permanecia próximo a mim, seu braço entrelaçado a minha cintura com firmeza - um gesto que demonstrava união e parceria diante de Antônio. Giuseppe iluminou-se ao ver o grupo se aproximando, erguendo-se com ajuda de sua bengala.
— Antônio! Victoria! Quanto tempo! — exclamou ele, abrindo os braços para receber o casal. É sempre bom ter a família presente!
Exceto que sempre a família estava de Christian se reunia, alguma catástrofe parecia iminente. E de alguma forma, isso sempre me envolvia.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...