Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 478

~ MAITÊ ~

— A gente pode fazer uma pausa? — pedi de repente, sentindo meu coração disparar e minha respiração ficar irregular. — Meu Deus, preciso de uma pausa...

Passei a mão pelos cabelos nervosamente, sentindo o peso do que havia acabado de dizer me atingir completamente. Eu te amo. Havia finalmente dito as palavras em voz alta, e agora precisava lidar com todas as implicações disso.

Marina olhou para mim com preocupação, mas era profissional o suficiente para entender quando dar espaço.

— Claro, sem problema — disse gentilmente. — Vamos fazer uma pausa de vinte minutos.

Marco me ajudou a descer do carrossel, sua mão firme na minha mas seu rosto mostrando uma mistura de surpresa e algo que eu não conseguia decifrar completamente. Caminhamos em silêncio até a pequena cafeteria, e todo o trajeto minha mente girava obsessivamente sobre o que havia acabado de acontecer.

Sentamos em uma mesa afastada, e o garçom veio anotar nosso pedido. Pedi um suco de laranja natural e Marco pediu um café expresso. Quando o garçom se afastou, o silêncio entre nós era tão pesado que parecia ter substância física.

Marco foi quem falou primeiro, e para minha surpresa, havia um sorriso brincalhão em seus lábios.

— Você nem me deu tempo de responder, sabia?

O comentário me pegou desprevenida, e não pude evitar sorrir também, sentindo parte da tensão se dissipar.

— Não precisa — disse, encontrando seus olhos. — Eu sei que você me ama.

Ele sorriu, e havia algo de aliviado naquele sorriso, como se minha confiança naquilo fosse exatamente o que ele precisasse ouvir.

— Preciso me desculpar — comecei, sentindo as palavras se acumulando dentro de mim como uma represa prestes a romper. — Por nunca ter observado direito todos os gestos que você faz por mim. Desde os mais grandiosos, como alugar um parque inteiro para me fazer feliz, até os menores, no dia a dia.

Fiz uma pausa, tentando organizar meus pensamentos da forma mais honesta possível.

— Eu não era esse tipo de pessoa — continuei. — Era apaixonada, romântica, do tipo de adolescente que sonhava com o príncipe no cavalo branco. E agora que ele está diante de mim... demorei tanto para reconhecer.

— Entendo — Marco disse suavemente. — Por tudo que você passou com Dominic...

— Sim — concordei, sentindo uma tristeza familiar se instalar no peito. — Dominic me quebrou de formas que eu nem conseguia admitir para mim mesma. Fez com que eu duvidasse de tudo - das minhas percepções, dos meus sentimentos, da minha própria sanidade.

Olhei para Marco, precisando que ele entendesse completamente.

— Mas você me reconstruiu. Tijolo por tijolo, dia após dia, gesto após gesto. Mesmo quando eu não conseguia ver, mesmo quando eu resistia, você continuou ali.

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