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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 497

~ MAITÊ ~

— Spam — respondi rápido demais, guardando o celular de volta no bolso do roupão antes que Marco pudesse ver a tela. — Só spam.

Mas vi a forma como seus olhos se estreitaram levemente. A forma como sua mandíbula se apertou. Marco me conhecia bem demais. Sabia quando eu estava mentindo.

Mas não disse nada. Não naquele momento. Apenas assentiu lentamente e voltou sua atenção para o segurança que estava nos mostrando mais imagens das câmeras.

As próximas horas se passaram em um borrão.

Policiais chegaram. Muitos policiais. Fizeram perguntas. Tantas perguntas. Quando foi a última vez que vimos Aurora? Por que ela estava no berçário? Quem sabia que estávamos no hospital? Tínhamos inimigos? Alguém tinha feito ameaças recentes?

Respondi tudo mecanicamente. Sim, tínhamos um inimigo. Dominic Sforza. Não, ele não tinha feito ameaças diretas recentemente, mas toda sua existência era uma ameaça. Sim, ele era capaz disso. Ele era capaz de qualquer coisa.

Marco estava ao meu lado durante todo o interrogatório, segurando minha mão, respondendo quando eu não conseguia encontrar palavras. Mas sentia seus olhos em mim de vez em quando. Estudando-me. Tentando descobrir o que eu estava escondendo.

Um dos policiais assegurou que estavam fazendo tudo que podiam. Bloqueios nas estradas. Alerta em aeroportos. Investigação completa do histórico de Dominic Sforza. Mas enquanto ele falava, via Marco ficando cada vez mais tenso ao meu lado.

Eventualmente, após o que pareceram horas, os policiais saíram para "seguir com as investigações". Disseram que voltariam com atualizações. Disseram que não nos preocupássemos.

Não nos preocupássemos. Como se fosse possível.

Ficamos sozinhos no corredor por um momento. Apenas nós dois, o silêncio pesado entre nós, quebrado apenas pelos sons distantes do hospital acordando com o amanhecer.

— Marco — comecei, mantendo minha voz baixa. — Você acha que podemos confiar nesses policiais?

Ele me olhou, surpresa piscando em seus olhos por um segundo antes de ser substituída por algo mais sombrio.

— Por que pergunta isso?

— Porque — respirei fundo, organizando meus pensamentos. — Porque quando se trata de Dominic... ele sempre está um passo à frente. Sempre tem um plano. Você não acha que ele estaria preparado para quando descobríssemos tudo? Que talvez tenha colocado gente dele esperando justamente para cuidar do caso? Para controlar a narrativa?

Vi a mandíbula de Marco se apertar. Ele passou a mão pelo rosto, exausto, e quando me olhou novamente, havia uma honestidade brutal em seus olhos.

— Quando se trata de Dominic — ele disse com cuidado, sua voz baixa e grave — nós não podemos confiar em ninguém. Em ninguém além de nós mesmos e da nossa família. Ele tem dinheiro, conexões, poder. Se ele quisesse colocar alguém dentro da polícia para controlar a investigação... — ele não terminou, mas não precisava.

Assenti lentamente, sentindo algo pesado se instalar no meu peito.

— Então o que fazemos?

— Deixamos a polícia fazer o trabalho deles — Marco respondeu. — Mas nós também fazemos o nosso. Temos nossos próprios recursos, nossos próprios contatos. Vamos encontrá-la, Maitê. Com ou sem a polícia.

Quis acreditar nele. Quis me agarrar àquela certeza em sua voz. Mas enquanto assentia, minha mão inconscientemente foi até o bolso onde estava o celular.

Venha sozinha.

Talvez Marco estivesse certo. Talvez não pudesse confiar em ninguém. Nem na polícia. Nem na família.

Talvez a melhor opção... fosse exatamente o que dizia a mensagem.

Capítulo 497 1

Capítulo 497 2

Capítulo 497 3

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