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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 498

~ MARCO ~

Acordei com um sobressalto, o pescoço doendo pela posição estranha. Por um momento, fiquei desorientado, sem saber onde estava ou que horas eram. Então tudo voltou de uma vez.

O hospital. Aurora. O sequestro.

Estendi a mão automaticamente para o lado, procurando por Maitê. Meus dedos encontraram apenas lençóis frios.

Abri os olhos completamente e virei a cabeça. O espaço ao meu lado na cama estava vazio, o travesseiro ainda com a marca de onde sua cabeça havia estado.

— Maitê? — chamei, minha voz ainda rouca de sono. Não houve resposta.

Talvez estivesse no banheiro. Sim, provavelmente era isso. Sentei-me na cama, sentindo cada músculo reclamar, e olhei para a porta do banheiro.

— Amor? Está aí?

Silêncio.

Caminhei meio sonolento até lá e abri a porta. O banheiro também estava vazio. Escuro.

Um frio começou a se espalhar pelo meu peito.

— Maitê? — chamei mais alto agora, verificando o pequeno armário, até atrás da cortina do box como se ela pudesse estar se escondendo ali. Nada.

Voltei para o quarto, meus olhos escaneando cada canto. Ela não estava em lugar nenhum.

Talvez tivesse ido ao corredor. Talvez precisasse de ar. Talvez...

Meu olhar caiu no chão ao lado da poltrona.

Meu blazer. Estava no chão. Tinha certeza de que tinha deixado pendurado na cadeira.

Um pressentimento terrível me atingiu.

Me abaixei e peguei o blazer, enfiando a mão no bolso interno onde sempre guardava as chaves do carro.

Nada.

— Porra, Maitê! — murmurei, a raiva e o medo se misturando num coquetel explosivo no meu peito.

Ela tinha ido. Tinha me deixado dormindo e tinha ido fazer alguma merda sozinha. Provavelmente tinha a ver com aquela mensagem que ela disse que era spam. Aquela mensagem que eu sabia que não era spam.

Por que ela não me contou? Por que não confiou em mim?

Mas mesmo enquanto pensava isso, eu sabia a resposta. Ela estava protegendo nossa filha. Do jeito dela. Do único jeito que achava que funcionaria.

E isso significava que ela estava em perigo.

Peguei meu celular e saí correndo do quarto, discando o número dela enquanto corria pelo corredor. Caiu direto na caixa postal. Disquei de novo. Caixa postal de novo.

— Merda! — gritei, fazendo uma enfermeira pular de susto ao passar por mim.

Corri para os elevadores, apertando o botão repetidamente como se isso fosse fazer ele chegar mais rápido. Cada segundo que passava era um segundo a mais que Maitê tinha de distância. Um segundo a mais que ela estava sozinha, vulnerável, caminhando direto para alguma armadilha que Dominic tinha preparado.

Capítulo 498 1

Capítulo 498 2

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