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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 500

~ MAITÊ ~

Marco parou o carro a alguns metros do galpão, desligando o motor e deixando o silêncio nos envolver. Ficamos ali por um momento, apenas olhando para a construção à frente.

Estávamos bem afastados da cidade. O endereço ficava numa área menos urbana, quase rural, onde casas antigas se misturavam com terrenos abandonados e vegetação crescendo sem controle. O tipo de lugar onde ninguém ouvia gritos. Onde ninguém fazia perguntas.

O galpão em si não era grande. Parecia mais um depósito de alguma propriedade abandonada — estrutura de metal enferrujado, paredes de chapas corrugadas, algumas janelas quebradas ou cobertas com tábuas.

Senti meu estômago revirar. Minha filha estava ali dentro. Ou pelo menos, informações sobre onde ela estava. Tinha que estar.

— Espera — Marco disse quando comecei a abrir a porta. Ele estava mexendo em algo no painel do carro, apertando alguns botões que fizeram uma luz vermelha piscar.

— O que você está fazendo? — perguntei, minha voz saindo mais impaciente do que pretendia.

— Rastreador do carro — ele respondeu, terminando o que estava fazendo e se virando para mim. — Está ativado agora.

Senti algo apertar no meu peito.

— Não sei se isso é uma boa ideia — disse, olhando nervosamente para o galpão. — E se eles estiverem monitorando? E se perceberem que há mais alguém envolvido?

Marco pegou minha mão, apertando com firmeza.

— Alguém precisa saber onde estamos, Maitê — ele disse, sua voz baixa mas firme. — Se algo der errado, se não dermos notícia em meia hora, Christian vai saber o que fazer. Vai trazer ajuda. A ajuda certa.

Quis argumentar. Quis dizer que isso ia estragar tudo, que Dominic ia descobrir, que íamos colocar Aurora em mais perigo. Mas estava tão cansada. Tão assustada. Tão desesperada para simplesmente encontrar minha filha que não tinha energia para discutir.

E talvez... talvez Marco tivesse razão. Talvez fosse prudente ter um plano de contingência. Porque se algo desse errado, se Dominic realmente quisesse nos matar ali dentro, pelo menos alguém saberia onde nos encontrar.

— Ok — sussurrei finalmente. — Meia hora.

Saí do carro, sentindo minhas pernas tremerem quando meus pés tocaram o chão. A tarde estava fria, o vento carregando cheiro de terra e vegetação. Não havia outros sons além do vento e dos grilos. Nenhum carro passando. Nenhuma casa com luzes acesas por perto. Estávamos completamente isolados.

Marco saiu logo atrás de mim, fechando a porta do carro suavemente. Ele veio para o meu lado, e juntos começamos a caminhar em direção ao galpão.

Cada passo parecia mais pesado que o anterior. Meu coração batia tão rápido que podia ouvi-lo nos ouvidos.

Chegamos à entrada do galpão. A porta de metal estava entreaberta, um convite sinistro para entrar. Marco empurrou-a completamente, e ela rangeu alto.

Estava vazio. Completamente vazio.

O interior do galpão era amplo mas quase desprovido de qualquer coisa. Algumas caixas de madeira empilhadas num canto. Janelas altas e sujas. E poeira. Muita poeira, flutuando no ar iluminado pela única lâmpada que pendia do teto no centro do espaço.

Mas nenhum sinal de Aurora. Nenhum sinal de Vivianne. Nenhum sinal de ninguém.

— Maitê — Marco disse ao meu lado, sua voz tensa. — Você tem certeza de que o lugar é aqui?

Peguei o celular do bolso com mãos trêmulas, verificando a mensagem pela enésima vez.

Capítulo 500 1

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