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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 501

~ MAITÊ ~

— NÃO!

O grito saiu de mim antes mesmo que conseguisse processar completamente o que tinha acontecido. Vi Marco cambalear. Vi sua expressão de surpresa e dor. Vi ele levar a mão ao corpo instintivamente.

— NÃO, NÃO, NÃO!

Corri para ele, meus joelhos atingindo o chão de concreto no mesmo momento em que ele desabou. Segurei-o antes que sua cabeça batesse no chão, puxando-o para o meu colo.

— Marco, não, por favor, não — chorava, minha voz quebrando completamente. — Fica comigo, amor, por favor, fica comigo!

Seus olhos encontraram os meus. Azuis. Aqueles olhos azuis que Aurora tinha herdado. Mas estavam turvos agora, a dor neles me partindo em pedaços.

Ele tentou falar, sua boca se abrindo, mas apenas um som estrangulado saiu. Tentou de novo, forçando as palavras para fora com esforço visível.

— Salva... — ele sussurrou, tão baixo que quase não ouvi. — Salva... nossa filha...

— Não! — gritei, apertando-o mais contra mim. — Não me deixa! Marco, não me deixa! Eu preciso de você! Aurora precisa de você! Não pode nos deixar!

Mas seus olhos já estavam se fechando. O corpo ficando mais pesado nos meus braços. A respiração tornando-se superficial, irregular.

— MARCO! — gritei seu nome tão alto que minha garganta doeu. — MARCO, ACORDA! POR FAVOR! NÃO FAZ ISSO COMIGO!

A dor era tão intensa que me cegava para tudo. Não via mais o galpão. Não via mais Vivianne. Não via mais nada exceto Marco nos meus braços, desvanecendo, me deixando.

Era como se o mundo tivesse se reduzido a apenas nós dois. Eu e ele. E ele me escapando pelos dedos.

— Não, não, não, não — repetia como um mantra quebrado, balançando para frente e para trás com ele nos meus braços. — Você não pode morrer. Não pode. Eu te amo. Eu te amo tanto. Por favor, não me deixa. Por favor...

Lágrimas escorriam pelo meu rosto. Meu peito doía tanto que mal conseguia respirar. Era como se alguém tivesse arrancado meu coração e o esmagado bem na minha frente. Como se cada pedaço de mim estivesse sendo dilacerado.

O universo não podia ser tão cruel. Não podia tirar ele de mim. Não assim. Não agora. Não quando finalmente tínhamos tudo. Uma família. Uma filha. Um futuro.

— Marco, por favor — sussurrei contra seu cabelo, beijando sua testa, seu rosto, qualquer parte dele que conseguisse alcançar. — Não me deixa sozinha. Não nos deixa. Eu não sei fazer isso sem você. Não sei ser forte sem você. Preciso de você. Aurora precisa de você.

Mas ele não respondeu. Não se mexeu. Apenas continuou ali, pesado e imóvel nos meus braços.

E foi essa imobilidade, esse silêncio, que finalmente me quebrou completamente. Soluços rasgaram minha garganta, tão violentos que meu corpo inteiro sacudiu. A dor era física, visceral, insuportável.

E então lembrei.

Vivianne.

A dor se transformou em raiva. Raiva tão intensa e ardente que queimou através do desespero, através da agonia, através do medo. Me deu força quando não deveria ter nenhuma.

Coloquei Marco cuidadosamente no chão e me levantei, meus movimentos mecânicos, automáticos, como se meu corpo estivesse funcionando sem que meu cérebro estivesse realmente conectado.

Capítulo 501 1

Capítulo 501 2

Capítulo 501 3

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