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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 511

~ MAITÊ ~

— É — Vivianne disse, e sua voz estava estranhamente calma. Resignada. — Você tem razão. Eu sou uma vadia desgraçada. Tive que fazer muitas coisas das quais não me orgulho.

Ela deu de ombros, como se estivesse falando sobre o clima.

— Mas não sou assassina, Maitê.

Algo dentro de mim explodiu.

— É SIM! — gritei, avançando para ela. — VOCÊ MATOU MEU MARCO! EU VI! EU VI VOCÊ ATIRAR NELE!

As lágrimas voltaram com força, escorrendo pelo meu rosto, minha voz quebrando completamente.

— Você atirou e ele caiu e havia tanto sangue e ele... ele...

Não consegui terminar. Desabei, os soluços me sacudindo.

Vivianne me observou por um momento, então disse calmamente:

— Tiro no ombro. Preciso.

Levantei a cabeça bruscamente, encarando-a através da visão embaçada pelas lágrimas.

— O quê?

— Músculo trapézio superior — ela continuou, quase didaticamente. — Doloroso o suficiente para causar sangramento e fazê-lo desmaiar. O suficiente para Dominic acreditar, assistindo pelas câmeras, que eu tinha feito o que era necessário. Mas longe de qualquer órgão vital. Longe de artérias principais. Longe de qualquer coisa que pudesse realmente matá-lo.

Meu cérebro lutava para processar suas palavras.

— Ele vai ficar bem — Vivianne disse, e pela primeira vez desde que a conheci, vi algo parecido com gentileza em seus olhos. — Especialmente se for socorrido rapidamente. Como eu sabia que seria quando ele ativou aquele rastreador do carro antes de entrar no galpão.

O mundo parou.

— Marco... — sussurrei, minha voz mal saindo. — Marco está vivo?

Mas então a realidade, o medo, a desconfiança voltaram.

— Não, não — balancei a cabeça violentamente. — Eu vi. Eu vi você atirando. Vi ele cair. Havia sangue por todo lugar. Não... não acredito em você!

Vivianne suspirou, como se estivesse lidando com uma criança teimosa. Tirou o celular do bolso e desbloqueou, seus dedos deslizando pela tela rapidamente.

— O que você está fazendo? — perguntei, minha voz trêmula.

Ela não respondeu. Apenas continuou mexendo no celular, acessando algum aplicativo, provavelmente procurando algo. Adiantando. Voltando. Seus olhos fixos na tela.

— Aqui — ela disse finalmente, virando o celular para mim.

Na tela, vi a imagem de uma câmera de segurança. O galpão. E então vi um carro chegando. Pessoas saindo. Uniformes.

— O primo intrometido — Vivianne disse, e havia quase afeto em sua voz. — Vê?

A imagem mostrava Christian correndo para dentro do galpão. Paramédicos logo atrás. E então... então eu vi Marco. Sendo colocado em uma maca. Sendo carregado.

— E o resgate — Vivianne continuou. — Estão o estabilizando e colocando na ambulância. Não em um saco preto.

Minhas pernas falharam. Caí de joelhos ali mesmo, no chão do jardim, o celular ainda na minha frente mostrando aquela imagem linda, impossível, milagrosa.

Marco sendo levado na maca. Vivo.

— Marco — sussurrei, e minha voz quebrou completamente. As lágrimas voltaram, mas dessa vez eram diferentes. Não de desespero. De alívio. De alegria impossível e esmagadora. — Você está vivo... você vai ficar bem... nossa família vai ficar bem...

Cobri meu rosto com as mãos, soluçando. Marco estava vivo. Aurora estava a salvo. Nossa família ia ficar bem. Íamos ficar bem.

Vivianne guardou o celular, cortando meu momento.

— E eu também não tive nada a ver com os envenenamentos — ela disse, sua voz voltando àquele tom prático. — Eu não sabia. Dominic testou o plano em mim primeiro. Me envenenou também.

Olhei para ela, ainda tentando processar tudo.

— Quando me recuperei... tudo já tinha acontecido — ela continuou, e havia algo amargo em sua voz. — Isso é fácil de você comprovar. Os registros hospitalares. As datas. Tudo está lá.

Ela caminhou lentamente até o altar onde Dominic tinha esperado por mim apenas minutos atrás. Pegou uma pasta que estava largada ali.

Capítulo 511 1

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