~ MAITÊ ~
— É — Vivianne disse, e sua voz estava estranhamente calma. Resignada. — Você tem razão. Eu sou uma vadia desgraçada. Tive que fazer muitas coisas das quais não me orgulho.
Ela deu de ombros, como se estivesse falando sobre o clima.
— Mas não sou assassina, Maitê.
Algo dentro de mim explodiu.
— É SIM! — gritei, avançando para ela. — VOCÊ MATOU MEU MARCO! EU VI! EU VI VOCÊ ATIRAR NELE!
As lágrimas voltaram com força, escorrendo pelo meu rosto, minha voz quebrando completamente.
— Você atirou e ele caiu e havia tanto sangue e ele... ele...
Não consegui terminar. Desabei, os soluços me sacudindo.
Vivianne me observou por um momento, então disse calmamente:
— Tiro no ombro. Preciso.
Levantei a cabeça bruscamente, encarando-a através da visão embaçada pelas lágrimas.
— O quê?
— Músculo trapézio superior — ela continuou, quase didaticamente. — Doloroso o suficiente para causar sangramento e fazê-lo desmaiar. O suficiente para Dominic acreditar, assistindo pelas câmeras, que eu tinha feito o que era necessário. Mas longe de qualquer órgão vital. Longe de artérias principais. Longe de qualquer coisa que pudesse realmente matá-lo.
Meu cérebro lutava para processar suas palavras.
— Ele vai ficar bem — Vivianne disse, e pela primeira vez desde que a conheci, vi algo parecido com gentileza em seus olhos. — Especialmente se for socorrido rapidamente. Como eu sabia que seria quando ele ativou aquele rastreador do carro antes de entrar no galpão.
O mundo parou.
— Marco... — sussurrei, minha voz mal saindo. — Marco está vivo?
Mas então a realidade, o medo, a desconfiança voltaram.
— Não, não — balancei a cabeça violentamente. — Eu vi. Eu vi você atirando. Vi ele cair. Havia sangue por todo lugar. Não... não acredito em você!
Vivianne suspirou, como se estivesse lidando com uma criança teimosa. Tirou o celular do bolso e desbloqueou, seus dedos deslizando pela tela rapidamente.
— O que você está fazendo? — perguntei, minha voz trêmula.
Ela não respondeu. Apenas continuou mexendo no celular, acessando algum aplicativo, provavelmente procurando algo. Adiantando. Voltando. Seus olhos fixos na tela.
— Aqui — ela disse finalmente, virando o celular para mim.
Na tela, vi a imagem de uma câmera de segurança. O galpão. E então vi um carro chegando. Pessoas saindo. Uniformes.
— O primo intrometido — Vivianne disse, e havia quase afeto em sua voz. — Vê?
A imagem mostrava Christian correndo para dentro do galpão. Paramédicos logo atrás. E então... então eu vi Marco. Sendo colocado em uma maca. Sendo carregado.
— E o resgate — Vivianne continuou. — Estão o estabilizando e colocando na ambulância. Não em um saco preto.
Minhas pernas falharam. Caí de joelhos ali mesmo, no chão do jardim, o celular ainda na minha frente mostrando aquela imagem linda, impossível, milagrosa.
Marco sendo levado na maca. Vivo.
— Marco — sussurrei, e minha voz quebrou completamente. As lágrimas voltaram, mas dessa vez eram diferentes. Não de desespero. De alívio. De alegria impossível e esmagadora. — Você está vivo... você vai ficar bem... nossa família vai ficar bem...
Cobri meu rosto com as mãos, soluçando. Marco estava vivo. Aurora estava a salvo. Nossa família ia ficar bem. Íamos ficar bem.
Vivianne guardou o celular, cortando meu momento.
— E eu também não tive nada a ver com os envenenamentos — ela disse, sua voz voltando àquele tom prático. — Eu não sabia. Dominic testou o plano em mim primeiro. Me envenenou também.
Olhei para ela, ainda tentando processar tudo.
— Quando me recuperei... tudo já tinha acontecido — ela continuou, e havia algo amargo em sua voz. — Isso é fácil de você comprovar. Os registros hospitalares. As datas. Tudo está lá.
Ela caminhou lentamente até o altar onde Dominic tinha esperado por mim apenas minutos atrás. Pegou uma pasta que estava largada ali.

Verifique o captcha para ler o conteúdo
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...